terça-feira, 31 de dezembro de 2019

Compreendo a escola


 

Lendo a postagem do ano passado sobre setembro e recordando minha primeira tentativa de estágio que não consegui realizar, fiquei muito frustrada.

E quando fui nomeada esse ano, assumi uma turma de terceiro ano na mesma escola. E consegui compreender que a escola no final de agosto já inicia com o projeto chamado de Querência Farroupilha, e com isso toda a escola participa ate final de setembro e a turma que ganha a competição recebe premiações. Tudo muito lindo e organizado, onde vivenciei muitas coisas boas que fazia tempo que não via.

A minha turma notei que os pais não são tão engajados com as atividades da escola, e às vezes a gente perdia muita pontuação. Eu mesma não tinha entendido a verdadeira mensagem desse projeto.

No entanto participamos de tudo ativamente, mesmo com a ausência e a pouca inspiração de muitos. O importante que consegui conversar com minha turma para que eles se dediquem mais nos próximos anos, pois quando chegarem ao nono ano quero os vereles ganhando vários elogios e muitos passeios.

Ainda tenho muito para aprender com os outros professores, mas em 2020 vou fazer melhor que em 2019. Agora sou macaca velha e já sei como tudo funciona.

Além disso que me chamou atenção é que os alunos da EJA não gostam muito de participar, pois no ano passado meu estagio era na EJA Etapa II e III. Os alunos eram muito desunidos, e andei observando algumas aulas da professora, e num desses dias aplicou uma prova onde o resultado foi muito negativo para a grande maioria. Os poucos que conseguiram usaram calculadora em contas básicas de somar.

Sei que o processo é avaliativo e deve promover o aluno, mas em um dado momento temos que saber se esse aluno sabe ou não o conteúdo. Eu faria diferente sem eles usar tabuada ou calculadora, e com isso estimularia o aluno a raciocinar, pois é isso que eles devem fazer. Calcular, pensar, montar a conta e saber como faz aquela operação.

Faria muitos outros trabalhos envolvendo essas quatro operações. Sei o quanto é difícil a gente atender alunos tão distintos e com níveis diferentes, mas temos que planejar os meios que vamos construir essas o aprendizado com os alunos. Percebo hoje que podemos trabalhar parecido com que trabalhamos nos anos iniciais, porem não devemos infantilizar os exercícios que vamos passar para os alunos da EJA, a não ser que esse aluno (a) esteja com laudo e comprovadamente tenha idade mental menor do que podemos saber.

Foi uma ótima experiência poder trabalhar com uma turma de EJA, o aluno que volta em busca do certificado e do diploma ele tem pressa. Ele custa a se adequar dentro da escola de hoje. Eles estavam acostumados a receber tudo pronto, ou copiar, e copiar. A escola de hoje tem um didática diferente, onde temos que nos apropriar das tecnologias, do mundo digital, da reflexão com pensamento crítico, revendo conceitos anteriores de outrem. Esse aluno custa se adequar aos moldes da educação atual. E muitos chegam a escola se achando e se chamando de burro, e isso me deixava muito triste, pois em algum momento eles eram muito depressivos. E cabe ao professor fazer com que esse aluno erga a cabeça e comece a levantar sua alta estima. Espero que o pouco que tenha ficado com essa turma eu tenha deixado um pouco da essência de ser um professor que tenha atenção.

 

Primeiras reflexões sobre as observações da EJA etapas II e III.  Disponível em: https://andreiamanoelgodinho.blogspot.com/2018/10/primeiras-reflexoes-sobre-as.html Acesso em: 31/12/2019.

A arte de ensinar


Em didática foi apresentado pelo professor Prof. Johannes Doll o pai da didática Iohannes Amos Comenius, João Amos Komensky, mais conhecido como Comenius, e o significado de didática é “A Arte de Ensinar”. Sempre escutei nos corredores das escolas falarem que tal professor tem o dom de ensinar, ou tem didática. Eu pensava que aquilo tinha nascido com a pessoa e ao longo dos anos foi se aprimorando. E agora sei que para se ter a arte de ensinar em primeiro lugar tem que gostar de criança, fazer como cientista e parar para observar como cada criança aprende. E quando digo gostar é também ter empatia pelos nossos alunos, pois somos seres distintos e devido a essa especificidade construímos nosso aprendizado de maneiras distintas.
Voltando ao pai da didática como é conhecido, esse pesquisador, tinha uma visão grandiosa mesmo naquele tempo. Na didática Magna: Tratado da Arte Universal de Ensinar Tudo a Todos” ou “Processo seguro e excelente de instituir, em todas as comunidades de qualquer Reino cristão, cidades e aldeias, escolas tais que toda a juventude de um e de outro sexo, sem exceptuar ninguém em parte alguma, possa ser formada nos estudos, educada nos bons costumes, impregnada de piedade e, desta maneira, possa ser, nos anos da puberdade, instruída em tudo o que diz respeito à vida presente e à futura, com economia de tempo e fadiga, com agrado e com solidez”. Em outras palavras ensinar e educar uma criança ou adulto para se transformar num cidadão apto a refletir e saber seus direitos e deveres diante da sociedade.
Nas minhas aulas sempre pensei assim, pois todos nós somos iguais sem distinção de etnia, crenças, e muitas vezes temos que combater esse mal da sociedade que encontramos em crianças em tão pouca idade. Para ensinar temos que nos apaixonar, conhecer, ter empatia, saber escutar, ter um ambiente alfabetizador claro, prazeroso onde nossos alunos queiram voltar. Todos os alunos na sala de aula e escola devem-se sentir acolhido, saber que ele é importante para que aquele ambiente seja bom. Assim facilitará o ensino-aprendizagem de todos os dias. E voltando a didática hoje entendo que temos que ter sensibilidade o suficiente para cada dia aprender a lecionar, pois a arte de ensinar é fundamentada a cada dia dentro da sala de aula junto com os nossos alunos, e que todo o momento que paramos para planejar o que vamos ensinar e para quem vamos ensinar. Pensando sempre em cada aluno que estamos formando. E não se frustrar quando algo planejado não da certo.

Disponível em: Pai da Didática “Iohannis Amos Comenius”, João Amos Komensky

 Disponível em: https://andreiamanoelgodinho.blogspot.com/search/label/DID%C3%81TICA

Acesso em: 31/12/2019


Até quando vamos ter medo do novo


 

A postagem realizada sobre as TICs aborda duas escolas com referencial bem distinto, uma particular onde encontramos todo o material pedagógico e infra-estrutura completa para podermos trabalhar com os alunos. E esses alunos por possuírem uma classe social mais abonada têm uma realidade diferente das crianças das escolas públicas, e aqui trago em especial as escolas estaduais onde estão muito sucateadas.

Na primeira escola os professores devem estar capacitados e nos laboratórios de informática existe um profissional que cuida da sala e do equipamento e também dá suporte para os professores, e laboratório de matemática mais usado pelas turmas de séries iniciais também encontramos uma professora de matemática que trabalha com jogos, jogos que se usa a informatização. Os laboratórios de ciências, química e física, esses são os professores de cada disciplina que planeja e usa o ambiente, onde ele mesmo cuida da organização junto como os alunos.

E nada melhor que sair da sala de aula e ir fazer experimentações nos laboratórios, usar as tecnologias para melhorar a exemplificação de dentro da sala de aula.

Como Fernando Becker coloca em uma de suas palestras, que as escolas deveriam ter mais laboratórios e menos salas de aula. A criança esta com muita energia e precisa extravasar, e confesso que eu com quase 43 anos entrei pela primeira vez num laboratório de biotecnologia e observei uma célula de uma cebola conseguindo ver tudo dentro dela e foi para mim a melhor aula que tive. Foi mágico ver que aquilo que estava nos livros era verdadeiro, pois eu mesmo preparei a lamina no laboratório. E foi tudo muito simples. Só ter um microscópio bom, e as laminas para poder preparar tudo e observar logo após.

Mas aqui venho falar mesmo é dos laboratórios de informática em algumas escolas estaduais que são precários, eu mesmo no meu estagio não consegui usar nenhuma tecnologia, nem mesmo meu telefone, porque bem no inicio do estagio havia perdido ele. Não consegui passar nenhum filme, não escutamos nada de música, bom digo que meu estagio foi péssimo. Eu mesmo queria ligar os computadores e ver o que havia neles, e a escola também não possuía internet.

Agora desde que iniciei no Município temos aula nas salas de mídias com os tablet. Podemos olhar vídeo, tem internet onde podemos olhar online vídeos do Youtub  para ilustrar alguma atividade que estamos trabalhando em sala de aula. A partir de agosto o iniciamos com a aula digital onde o Município assinou um contrato com a VIVO telefônica e cada escola recebeu a maleta digital, essa maleta vem equipada com tudo que possamos dar uma aula digital para os alunos. Mas é um sistema fechado que somente podemos usar inserindo aulas no sistema, e o sistema já pré preparado com muitas aulas de vários assuntos e conteúdos. Cada aluno tem um tablet e ele deve inserir nome e senha para fazer o login. Mesmo sendo um programa fechado onde não podemos acessar a internet e pesquisar fora daquele ambiente, acredito que já é alguma mudança dentro do sistema, pois muitos dos nossos alunos não possuem e nunca pegaram um celular para trabalhar, olhar desenho ou simplesmente jogar.

A única coisa que temos que fazer é administra muito bem o tempo, os alunos aos poucos vão se acostumando com as novidades, e vamos aos poucos inserindo de alguma forma o mundo tecnológico em nossos alunos.

Mas nisso tudo percebi que existem ainda muita resistência dentro das escolas por parte de professores “tradicionais” se adequarem a essas novidades. Colocando mil empecilhos para não trabalhar uma novidade tão prazerosa para as crianças. Claro no início é bem complicado tudo, mas os alunos aprendem rapidamente tudo. E o que observo é a postura dos professores que trabalham em escola particular e na municipal onde mesmo sendo uma novidade se mostra bem acessível, e se não sabe essa professora não sente vergonha em perguntar e aprender usar as novidades. Acho muito comodismo nas pessoas, e por que ser assim, como vai fazer com que nossos alunos progridam e saiam do ensino fundamental melhor para seguir seus estudos como pessoas questionadoras, sabendo usar um pouco do que o mundo vai lhe cobrar logo.

Gostei muito de tudo que estou vendo acontecer dentro do município de
Viamão, mas ainda esse crescimento deve partir de cada um dos educadores, levar cada gestão a pensar melhor nesses parâmetros. E ainda quero escutar nas conferências, reuniões que as escolas estaduais também estão melhorando. Que elas também estão melhorando e fazendo mais laboratórios de diversas aprendizagens para que os alunos sintam vontade e prazer de aprender.

 

Refletindo um pouco mais sobre Tics na educação. Disponível em: https://andreiamanoelgodinho.blogspot.com/2018/04/refletindo-um-pouco-mais-sobre-tics-na.html Acesso em: 29/12/2019

Educação e Tecnologias da Comunicação e da Informação - 2018_1


domingo, 29 de dezembro de 2019

Por qual motivo algumas escolas possuem laboratório de informática e outras não?


 

A postagem realizada sobre as TICs  aborda duas escolas com referencial bem distinto, uma particular onde encontramos todo o material pedagógico e infra-estrutura completa para podermos trabalhar com os alunos. E esses alunos por possuírem uma classe social mais abonada têm uma realidade diferente das crianças das escolas públicas, e aqui trago em especial as escolas estaduais onde estão muito sucateadas.

Na primeira escola os professores devem estar capacitados e nos laboratórios de informática existe um profissional que cuida da sala e do equipamento e também dá suporte para os professores, e laboratório de matemática mais usado pelas turmas de séries iniciais também encontramos uma professora de matemática que trabalha com jogos, jogos que se usa a informatização. Os laboratórios de ciências, química e física, esses são os professores de cada disciplina que planeja e usa o ambiente, onde ele mesmo cuida da organização junto como os alunos.

E nada melhor que sair da sala de aula e ir fazer experimentações nos laboratórios, usar as tecnologias para melhorar a exemplificação de dentro da sala de aula.

Como Fernando Becker coloca em uma de suas palestras, que as escolas deveriam ter mais laboratórios e menos salas de aula. A criança esta com muita energia e precisa extravasar, e confesso que eu com quase 43 anos entrei pela primeira vez num laboratório de biotecnologia e observei uma célula de uma cebola conseguindo ver tudo dentro dela e foi para mim a melhor aula que tive. Foi mágico ver que aquilo que estava nos livros era verdadeiro, pois eu mesmo preparei a lamina no laboratório. E foi tudo muito simples. Só ter um microscópio bom, e as laminas para poder preparar tudo e observar logo após.

Mas aqui venho falar mesmo é dos laboratórios de informática em algumas escolas estaduais que são precários, eu mesmo no meu estagio não consegui usar nenhuma tecnologia, nem mesmo meu telefone, porque bem no inicio do estagio havia perdido ele. Não consegui passar nenhum filme, não escutamos nada de música, bom digo que meu estagio foi péssimo. Eu mesmo queria ligar os computadores e ver o que havia neles, e a escola também não possuía internet.

Agora desde que iniciei no Município temos aula nas salas de mídias com os tablete. Podemos olhar vídeo, tem internet onde podemos olhar online vídeos do Youtube  para ilustrar alguma atividade que estamos trabalhando em sala de aula. A partir de agosto o iniciamos com a aula digital onde o Município assinou um contrato com a VIVO telefônica e cada escola recebeu a maleta digital, essa maleta vem equipada com tudo que possamos dar uma aula digital para os alunos. Mas é um sistema fechado que somente podemos usar inserindo aulas no sistema, e o sistema já pré preparado com muitas aulas de vários assuntos e conteúdos. Cada aluno tem um tablete e ele deve inserir nome e senha para fazer o login. Mesmo sendo um programa fechado onde não podemos acessar a internet e pesquisar fora daquele ambiente, acredito que já é alguma mudança dentro do sistema, pois muitos dos nossos alunos não possuem e nunca pegaram um celular para trabalhar, olhar desenho ou simplesmente jogar. A única coisa que temos que fazer é administra muito bem o tempo, os alunos aos poucos vão se acostumando com as novidades, e vamos aos poucos inserindo de alguma forma o mundo tecnológico em nossos alunos.

Mas nisso tudo percebi que existem ainda muita resistência dentro das escolas por parte de professores “tradicionais” se adequarem a essas novidades. Colocando mil empecilhos para não trabalhar uma novidade tão prazerosa para as crianças. Claro no início é bem complicado tudo, mas os alunos aprendem rapidamente tudo. E o que observo é a postura dos professores que trabalham em escola particular e na municipal onde mesmo sendo uma novidade se mostra bem acessível, e se não sabe essa professora não sente vergonha em perguntar e aprender usar as novidades. Acho muito comodismo nas pessoas, e por que ser assim, como vamos fazer com que nossos alunos progridam e saiam do ensino fundamental melhor para seguir seus estudos como pessoas questionadoras, sabendo usar um pouco do que o mundo vai lhe cobrar logo.

Gostei muito de tudo que estou vendo acontecer dentro do município de Viamão, mas ainda esse crescimento deve partir de cada um dos educadores, levar cada gestão a pensar melhor nesses parâmetros. E ainda quero escutar nas conferências, reuniões que as escolas estaduais também estão melhorando. Que elas também estão melhorando e fazendo mais laboratórios de diversas aprendizagens para que os alunos sintam vontade e prazer de aprender.

 

Refletindo um pouco mais sobre Tics na educação. Disponível em: https://andreiamanoelgodinho.blogspot.com/2018/04/refletindo-um-pouco-mais-sobre-tics-na.html Acesso em: 29/12/2019

Educação e Tecnologias da Comunicação e da Informação - 2018_1


Pensamento: Dogmático e Crítico


 

Essa atividade esta sendo muito mais reflexiva em cada postagem que leio e percebo o quanto a minha caminhada foi e esta sendo importante para mim. E o PEAD trazendo esse novo modo de ensinar e fazer com que a gente repense tudo que estamos aprendendo, e registrando para agora podermos observar os nossos pensamentos naquele tempo.   

Compreender conceitos novos e colocar eles em prática é uma tarefa bastante complicada, mas verificar que a mesmo antes de saber a definição/conceito sobre pensamento crítico e dogmático eu já usava muito ambos na minha pouca experiência como professora. E na minha vida pessoal usava muito o pensamento dogmático com meus filhos e marido. Aos poucos fui percebendo que esse pensamento dogmático usado por mim não era muito bom, e comecei a mudar meu modo de ser em casa. Pois uma pessoa não pode ser duas coisas, ou seja, não podemos ser críticos e dogmáticos.

Mesmo antes de estar no PEAD eu já fazia com que meus alunos fossem questionadores, e que defendessem o seu ponto e vista. Que procurassem ser verdadeiro, autêntico referente a assuntos que a gente trazia para pesquisar e compreender. Pois como disse na postagem é dever do professor instigar os alunos a serem críticos, e não aceitar uma resposta pronta, saber ter posicionamento e defender suas ideias.

Tenho certeza que eles foram para o quarto ano em situação muito diferente e como essa turma muito difícil, onde a professora do quarto ano que já foi professora deles do segundo vai estranhar muito, pois eu já sentia diferença de quando comecei lecionar em março, e como estavam na última semana.

Pensando crítico e dogmático Disponível em: <https://andreiamanoelgodinho.blogspot.com/2017/10/pensando-critico-e-dogmatico.html> Acesso em: 29/12/2019 Marcadores: Filosofia da Educação


Trabalhando Questões étnico-raciais na educação Relações Etnica

Após ler e refletir sobre minha postagem e perceber que minha prática em relação às Questões étnico-raciais na educação: Sociologia e História, aos poucos vêm sendo trabalhada durante o ano letivo, mesmo que fica ainda ficou somente na aula dispositiva dialogada a partir de alguns livros que trabalhamos no programa integrado da editora Alfa e Beto. Atuei em 2019 com um terceiro ano, e aos poucos que fui conhecendo a turma percebi que alguns alunos discriminavam outros pela cor da pele. Percebendo isso sempre que podia conversava com eles e lhes fazia questionamentos a cerca dos temas que temos que trabalhar com os alunos e que deveriam de estar inserido dentro do currículo, e infelizmente não observei isso dentro da escola onde atuo. Eu converso, falo, chamo atenção, insiro o assunto sempre que necessário.
A turma começou a mudar seu modo de agir e pensar. Ao entregar a primeira avaliação para os responsáveis dos alunos, e fazer meu segundo contato com esses pais e responsáveis, descobri que tinham alunos naquela turma que desde o primeiro ano vem acontecendo Bullying com algumas crianças, e partindo de outras cinco em especifico. E por isso consegui entender o motivo que tenho uma aluna que não conseguir se desenvolver cognitivamente, e muito menos socialmente. E esses gestos e pequenas falas dos outros vem agredindo outros três alunos quase que diariamente durante o primeiro semestre tive que em muitos momentos parar com a aula e conversar com eles fazendo cada um refletir sobre o comportamento que estavam tendo uns com os outros.  
E quando comecei trabalhar com eles dessa forma percebi o quanto foram melhorando a forma de uns tratarem os outros. Falei com eles sobre os africanos que foram trazidos à força para o Brasil e para outros lugares do mundo muitos eram reis, rainhas e pessoas importantes em suas tribos, que separavam as crianças de sua família, e nunca mais esses iam poder se reencontrar. Refletiram e falaram que isso é muito triste separar as famílias. Dentro das minhas falas trazia a religião e os costumes que cada povo tem. No caso fiz analogia com os costumes de comida aqui do Sul e com a comida do Nordeste, e eles conseguiram entender e fazer reflexões em cima das nossas aulas dialogadas.
Essa forma foi a única maneira de abordar essas temáticas dentro das minhas aulas, pois não esta escrito como devemos fazer. Na semana da consciência negra levei um amigo meu para dar uma palestra sobre identidade negra, e capoeira, pois ele é professor de capoeira e a partir da capoeira ele trabalha a identidade e ancestralidade africana. Foi muito interessante assistir a aula desse professor de história, pois ele foi fazer licenciatura em história para poder ter fundamentação e poder trabalhar melhor essas questões que temos que trazer para os alunos. Gostaria de ter feito mais atividades com meus alunos sobre essa temática e outras, mas como disse não temos muito tempo para trabalhar outras atividades com eles.
E aos poucos vou melhorando minha maneira de ministrar as aulas, mas sempre trazendo a reflexão, dando o espaço para que os alunos consigam se colocar diante dos assuntos, escutarem os colegas, respeitar o outro, e tudo que falam, pois um dos nossos papéis na educação é fazer com que os alunos consigam aprender de várias maneiras. E além dos conteúdos conseguirem ter um bom relacionamento entre eles de respeito e de comprometimento, conseguindo se ajudar e crescer como um grupo.  
Iniciando o semestre com muitas perspectivas em 30/08/2017. Disponível em: https://andreiamanoelgodinho.blogspot.com/2017/09/iniciando-o-semestre-com-muitas.html Acesso em: 28/12/2019 Marcadores: Questões étnico-raciais na educação: Sociologia e História. Eixo VI

sábado, 28 de dezembro de 2019

Revisando o aprendizado com Jean Piaget

           Como disse em outros momentos esse ano foi muito importante para mim, pois finalmente estou com minha turma. Recebi uma turma de terceiro ano com trinta e dois alunos. A maioria deles estava com oito anos, mas tinha uma aluna que tinha quatorze anos, aluna com laudo de retardo mental entre outros diagnósticos.
A os poucos fui compreendendo essa minha aluna, e percebi no decorrer do tempo que sua fala e sua maneira de pensar eram de criança de no máximo sete anos de idade, e fui buscar dentro da minha pouca bagagem de estudos para ver melhor meio de chegar até ela onde conseguisse ajudar ela construir um pouco da aprendizagem de onde ela sabia. Conversando um pouco mais sobre ela com a sua mãe, a mesma me confirmou que segundo os médicos ela tem cinco anos. E com isso fica um pouco difícil ajudar ela construir a sua alfabetização e a matemática.
Percebi muitas vezes nos testes de leitura onde ela não conseguia juntar as letras, formando as sílabas e posteriormente as palavras. Conseguia reconhecer algumas letras do alfabeto, como as vogais, as letras que compunha seu nome. Os números até nove com as quantidades, às vezes, esquecia o desenho dos mesmos.
Realizei atividades diversificadas, e com isso melhorou um pouco, percebi que a atenção que tinha com ela, e com os demais alunos fez com que tivesse liberdade de realizar atividades orais de interpretação. E assim percebendo um pouco de sua melhora dentro das aulas onde já não tinha tanta vergonha em participar. Por causa dessa aluna voltei a dar uma olhadinha pra verificar que o estágio que esta é o pré-operatório onde a lógica está se formando. E o mais triste que essa minha aluna não vai conseguir evoluir muito, além disso. Percebia até na sua fala uma criança de cinco anos conversando. Claro devido a sua idade e o convívio social aprendeu muitas coisas, e não possui filtro e fala tudo que vê ou escuta em voz alta para todos os alunos escutarem. Aos poucos fui conversando com ela, para que me chamasse para conversar em particular, pois seria melhor de resolver as situações. Ela entendeu e aos poucos algumas coisas foram sendo esclarecidas. Como ela esta nesse período ainda não se dá conta de que coisas certas ou erradas, e quando falava de uma colega, ela não sabia que estaria magoando a mesma.
Com essa pouca experiência percebo o quanto é importante a gente aprender direitinho tudo que nos é ensinado dentro do curso. O quanto temos que ser calmos e compreender os alunos, se eles têm laudo médicos antes de começar a lecionar, ler tudo com atenção, conversar com os responsáveis para analisar como é esse nosso aluno. E aqueles que não possuem laudo, também devemos ficar atentos ao seu comportamento, pois todos os alunos são distintos uns dos outros, e muitos mesmo sem laudo podem apresentar algumas características que temos que cuidar para nunca perder esse aluno.

Jean Piaget, texto e apresentação de Yves de La Taille. Disponível em: < https://andreiamanoelgodinho.blogspot.com/2017/12/jean-piaget-texto-e-apresentacao-de.html>. Marcadores:  DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM SOB O ENFOQUE DA PSICOLOGIA II Data da postagem: 08/12/2017



Disciplina...


Como não consigo dizer não ainda, abraço muitos compromissos e com isso este semestre ficou bem complicado. Pois me convidaram para assumir uma turma de primeiro ano em setembro, relutei negando e explicando os meus motivos, mas como sempre aceitei achando que conseguiria dar conta. Então aqui estou fazendo minhas atividades no final do tempo máximo previsto. Realmente tenho que aplaudir em pé os professores que fizeram esse curso em tempo correto, com todas as tarefas postadas em dia, e que assim já estão formados e muitos fazendo pós ou mestrado. Tenho que justificar meus atrasos, mas não ausenta a minha falta de organização, zelo, disciplina e força para deixar meu cansaço diário e fazer tudo no tempo correto.
Relendo meu Blog de Aprendizagens hoje entendo os objetivos que foram bons, porque registrar nossos pensamentos no período das nossas praticas. Nessa postagem que escolhi trás a reflexão de uma atividade que no inicio achei muito chata, mas depois gostei, pois pude perceber que mesmo sendo uma escrita realizada por outra pessoa, a essência, como me referi naquela postagem é a mesma. E hoje relendo mais uma vez o que escrevi consigo observar muitos erros de concordância nas frases, meu vocabulário continua muito pobre. Cresci muito como pessoa e profissional, pois logo que iniciei o PEAD, não consegui escrever. Tinha um bloqueio forte,
Naquele tempo somente dava aulas particulares e fazia um pouco de tudo para conseguir dinheiro para ajudar no orçamento doméstico. E mesmo sem ter terminado o PEAD, já estou a nove meses lecionando como professora, concursada e nomeada. E logo que comecei a lecionar para minha tão esperada turma, a minha essência de fazer diferente estava aqui dentro de mim. E verifiquei em cada momento o quanto é importante termos uma auto-avaliação critica e se reflexivo, fazendo a turma refletir, questionar, expor seus pensamentos e sentimentos.
Esses tipos de exercício podem fazer com os nossos alunos. Para que o comessem a refletir e construir feedback positivo/negativo do trabalho do colega. Em resposta esse poderá defender o que escreveu e colocar suas intenções. E acredito que aos poucos os alunos começam a se relacionar e perceber que a gente aprende com os colegas.

Refletindo sobre atividades propostas... Disponível em: <https://andreiamanoelgodinho.blogspot.com/2017/05/refletindo-sobre-atividades-propostas.html> Marcadores: Seminário Integrador V Turma B data da postagem: 8/05/2019


terça-feira, 24 de dezembro de 2019

Novas aprendizagens


Revendo essa postagem percebo que em qualquer ambiente de trabalho hoje prevalece aquele trabalhador que sabe trabalhar em equipe. E isso não é diferente dentro da educação, pois fazer trabalho em conjunto com professores de outras áreas do conhecimento deixa nossa prática muito mais valorosa. Os alunos com isso conseguem perceber o quanto podemos crescer com o que fazemos. E ele aprende com a gente, pois com a troca dos saberes é que adquirimos a nossa aprendizagem.
E olhando essa postagem onde confesso em ter problemas de trabalhar em grupo percebo o quanto eu cresci nesse aspecto, pois na escola consegui trabalhar junto a outros professores trocando aprendizagens, tive que em muitas vezes respirar para não ser grossa, e por ver que o modo que a colega estava fazendo errado, mas como faço com meus alunos os deixo seguir o que acham, e aos poucos vão percebendo que deveriam fazer de outra forma. Complicado dividir as experiências com pessoas que não gostam de fazer o mesmo.
Também fui agraciada em ter uma estagiária que pensava que tudo iria se perder, em partes se perdeu porque os alunos voltaram a ser o que eram comigo nos primeiros dois meses de aula. Muitas vezes tive que intervir diante da turma fazendo com que eles a respeitassem, pois ela era professora e logo estaria dando aula para eles como titular. Aos poucos eles foram acostumando com o modo da estagiaria ministrar suas aulas. E nós compartilhamos momentos muito importantes junto à turma de terceiro ano. Espero que ela nunca perca o brilho no olhar, e eu acho que estou começando a melhorar meu trabalho em grupo, pois muitas vezes fizemos grupo nas aulas. E as crianças puderam sentar em vários formatos.
Fizemos um bom trabalho de duplas com a turma, e ela se saiu melhor que encomenda, foi pegando o jeitinho dos alunos, e também teve um olhar bem cuidadoso com cada aluno. Percebi isso quando solicitei para que ela me desse um pequeno parecer de cada um dos alunos. Ela deixou um pouco em haver os alunos de inclusão. Não teve muita paciência e não conseguiu os entender. Mas isso eu aprendi na faculdade e também na prática quando fui estagiária de inclusão na escola Rainha, e isso hoje como professora agradeço muito pela grande oportunidade que tive, pois sem essa prática não sei se conseguiria ser o que sou hoje.

Reflexões do método clínico



Nesse meu pequeno texto reflexivo vou citar “MC” para Método Clinico, para não ter que repetir várias vezes o mesmo, de maneira a abreviar, mas nem sei se isso é correto ou não, mas como esse Blog de Aprendizagem é de minha autoria, para avaliar a autoria das minhas reflexões diante as interdisciplinas estudadas no curso do PEAD, vou tomar essa liberdade.
Analisando a postagem que fiz, e refletindo sobre ela, nota-se o quanto mudou minha vida. Hoje já sou professora da rede pública do Município de Viamão, e percebo agora em loco o quanto é importante esses estudos de Piaget sobre o método clinico para compreender melhor sobre o processo de aprendizagem dos nossos alunos, e saber como e por onde fazer as intervenções pedagógicas.
 Na postagem comentei que queria me apropriar melhor para poder realizar o MC dentro da minha turma, mas infelizmente ainda não tive tempo para isso. Mas após tudo que estudamos dentro do PEAD, e mesmo antes de eu entrar na pedagogia, eu já observava e me fazia muitos questionamentos referentes a essas questões. Agora que sou professora tenho um papel fundamental que é ajudar meu aluno nessa construção. Conseguir compreender o que se passa nessas crianças é muito importante, pois muitas vezes esse aluno precisa muito mais do olhar do professor para que consiga aprender.
Saber compreender esse processo e dar a atenção devida pode salvar muitos alunos do anonimato, ou da simples fala “ele não aprende porque não quer, ou pior porque é burro mesmo”. O saber olhar para criança com essa delicadeza de observar, e perceber que mesmo que ela tenha amadurecido pouco o seu processo de aprendizagem, posso dizer que ela teve um crescimento, que ela não esta mais no mesmo patamar de quando iniciou o ano.
Infelizmente ainda não tive tempo para me aprofundar nos estudos de Piaget sobre o MC, mas logo que surgir um tempinho vou aprender, e assim fazer com os meus alunos, pois considero de suma importância o educador saber sobre o nível de aprendizado encontra-se aquele aluno que esta iniciando o ano letivo.
Reflexão da postagem original disponível em:  https://andreiamanoelgodinho.blogspot.com/2017/ Marcadores: DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM SOB O ENFOQUE DA PSICOLOGIA II Acesso em 23/12/2019.

terça-feira, 13 de agosto de 2019

Por onde começar...


Totalmente atrasada e atrapalhada, nem sei por onde começar, e nem sei se terei chances de terminar o que comecei. Embora esteja me sentindo dentro de um olho de furacão, estou feliz, pois consegui realizar o tão enigmático estágio docente, e as nove semanas passaram com a velocidade da luz.
Fui nomeada pela prefeitura de Viamão, e hoje sou professora, me sentindo professora com todas as responsabilidades possíveis e impossíveis que um educador carrega consigo o amor pela profissão que escolheu ou será que fui escolhida, ainda não decidi esse detalhe. Para minha surpresa após o recesso recebi na minha turma a aluna estagiária Cristiane ela veio do Instituto Estadual Isabel de Espanha, instituição que me formei em 2005/1 também no magistério.
Jamais imaginei que iria receber tantos presentes assim, e que seria avaliada de tantas formas, e esse medo que carrego comigo de não conseguir dar conta de tudo, e acabo me enrolando mais que o normal. Dentro dessa profissão já ganhei tanto de tantas formas, e sempre sou grata a tudo e a todos.
Realmente a UFRGS possui um pó mágico onde olham meu currículo, ou comento que sou aluna dessa grande instituição as pessoas me olham como se eu fosse um gênio, e eu não me sinto assim. Uma pessoa inteligente não deixa suas atividades atrasadas logo no momento que deveria ter tudo em dia, fazer tudo para ontem. Acho que se conseguisse falar sobre os meus sentimentos com Freud, ele diria que meu subconsciente esta me boicotando para não seguir adiante como deveria ser. Isso por eu estar sempre achando que não sou capaz ou não merece tudo que acontece comigo. Eu seria uma paciente impaciente de Freud. Acho que nem ele iria conseguir entender o motivo que faço isso comigo.
Mas tenho muitas postagens para fazer, e acho que vou continuar usando o blog/ portfólio, pois é uma maneira de expor o que sinto, pois acho que essa relação de escrever sobre o cotidiano, aprendizagens e teorias é de suma importância para um educador.
Ter um meio de registrar todos nossos sentimentos, e depois de algum tempo reler, e achar os erros de gramática e ortografia é algo que ajuda muito dentro da aprendizagem.
Logo que der tenho muito que postar sobre o meu estágio, sobre o inicio da minha docência como regente concursada e nomeada. Muito assunto para tão pouco tempo. Sei que ando muito cansada e sem tempo.

Como destravar e começar a ver a Arte com outros olhos


Lendo sobre arte, percebi o quanto não sei sobre arte. Mas ao mesmo tempo a arte contemporânea esta em toda parte, e se quisermos também podemos fazer um pouco de arte. Mas seria uma arte de brincar de arte, pois existem muitos critérios para a gente se transformar num artista plástico conceituado, e no meu caso que não compreendo e nem mesmo sei sobre as cores terciárias seria muito interessante de o nada virar uma artista.
Questiono-me o motivo que nós pessoas da classe média baixa ficamos tão longe dessa cultura artística como museus, obras expostas, e eventos musicais. O motivo que não valorizamos vem desde berço, pois há anos que existem apresentações que tem ingressos grátis, ou outras formas em conta como eu tenho carteira da faculdade tenho meio ingresso em tudo, e nesse tempo todo estudando nunca aproveitei para apreciar algumas apresentações, exposições.
Minha família nunca valorizou esse tipo de educação, mal via meus avós lendo. Então me acostumei a não apreciar essa modalidade de educação. Depois de adulta só venho reproduzindo o que aprendi, mas agora como educadora acredito que tenho que mudar meu modo de ver a educação no modo geral e em arte não é diferente. Dar tempo para apreciar e passear um museu. Tentar compreender as obras de artes, e valorizar o que meus alunos constroem em casa, melhor fazer aula de arte na escola, pois como eu muitas vezes a única forma de muitos alunos verem, fazer arte.
Agora é bem mais complicado aprender a arte depois de grande, assim como dançar, e estudar uma língua estrangeira, mas nada é impossível.
Na verdade acho que na minha vida toda senti muita preguiça de sair e conhecer esse mundo novo, pois resido na região metropolitana de Porto Alegre, e me deslocar nos finais de semana com filhos e marido para alguns eventos não me sentia muito animada. Hoje não tenho filhos pequenos, e marido se não que ir, então vamos começar ir sozinha ver esse mundo novo. Bem complicado, mas temos que recomeçar a viver, e sentir o que tantas pessoas sentem quando vão em alguma exposição.

segunda-feira, 12 de agosto de 2019

Pensando em Arte


Quando abordamos e pensamos em arte, logo vem a ideia de grandes obras em museus, e esquecemos como essa arte foi construída dentro de nós.
Minha família é pobre e com isso não tive grandes exemplos de artistas plásticos, e muito menos de ler, e visitar museus ou exposições como a da Bienal que muitas vezes esteve em Porto Alegre. A pouca vivencia que tive com o mundo da arte como home é denominada foi na escola. Durante as aulas nas séries iniciais a gente somente pintava imagens dadas mimeografadas pela professora, onde a gente pintava com lápis de cor e no máximo com tinta guache. Nas séries finais do primeiro grau, no sexto ano tive geometria plana, e como repeti pude visitar o teatro da OSPA com a escola e vi o primeiro e único concerto até hoje de uma orquestra que me emocionou muito mesmo, onde me apaixonei por música clássica, mas mesmo assim não escuto muito. Educação artística nesse ano foi totalmente voltado para educação musical.
Nos outros dois anos fui fazer sétimo e oitava ano numa escola estadual na Mathias Velho em canoas, onde tivemos em lugar de artes técnicas agrícolas, e comerciais. Poucos desenhos, pouca pintura, mas meus rabiscos sempre me levaram a desenhar vestidos, e casas de todos os tipos com amplos jardins, e muito verdes.
Quando fiz o magistério a gente aprendeu algumas técnicas para trabalhar com os alunos, fazer atividades como teatro, pinturas, mascaras. Mesmo assim me sinto meio travada para trabalhar com artes com minha turma. Tão travada que tenho medo de mexer com tintas com eles, e de usar a criatividade que e bem latente nas crianças.
Então percebendo e estudando um pouquinho percebo que a arte contemporânea e mais fácil de trabalhar com os alunos, e sei que não vou conseguir contemplar tudo sobre arte para eles, mas o pouco que conseguir trabalhar para instigar mais ainda a curiosidade que eles têm nessa fase tenho certeza que estarei colaborando com eles e na sua aprendizagem, pois vejo neles eu na infância em minhas aulas. E sei que se não fosse pela escola eu não saberia nada mesmo sobre Arte, pois na minha família assim como muitas famílias dos meus alunos não possuem e não contemplam a Arte como deveria.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Pensando em música e desenvolvimento infantil...

          O texto estudado e toda a interdisciplina mexeu muito comigo, pois sempre gostei de música. E hoje estudando sobre o assunto descobri que tem certos tipos de músicas que podemos escutar desde a gestação onde favorece os desenvolvimento cognitivo das crianças. 
          E nada mais produtivo colocar uma musica calma quando estamos trabalhando com os alunos, onde eles consigam ir se acalmando com a melodia. 
          Mostrar para nossos alunos os vários tipos de música, instigando o senso comum e mostrando que existem músicas boas para poder acalmar, e músicas para fazer brincadeiras mais agitadas. A grande maioria dos nossos alunos somente conhecem o funk, e as vezes não aceitam escutar outras variedades, então podemos começar escutando um funk educativo, e aos poucos ir introduzindo as melodias mais clássicas. E ate fazer um projeto sobre músicas, onde eles possam pesquisar e perguntar em casa outros tipos de musica para seus pais, avós, tios, visinhos e também buscar o modo que dançavam essas músicas.
Assim como a matemática é importante, a musica na escola também se faz necessária, pois quanto mais agradável seja o ambiente escolar, mais vontade nossos pequenos gostam de estar lá.

Mapa conceitual sobre Emília Ferreiro


Estudar Emília Ferreiro foi bem interessante, pois desde o magistério escutei falar sobre ela, e no ensino normal temos que fazer o teste da psicogênese e verificar em qual nível está o aluno. E assim mais tarde realizar novamente e verificar a evolução dessa criança dentro da aprendizagem.
Pois bem, desde aquele tempo me questionava se esse teste da psicogênese  poderíamos aplicar em adultos na etapa de alfabetização, e se a construção do conhecimento cognitivo possuía a mesma base. Não sei se possui a mesma base, mas nesse semestre iniciei meu estágio na EJA etapa II e III, e verifiquei que alguns alunos não liam, e escreviam com muita dificuldade.
Fiquei muito entusiasmada em fazer a verificação aplicando o teste nos alunos e fui vetada pela coordenadora pedagógica da escola, e ela disse que a professora sabia em qual etapa esses alunos estavam, e não era necessária essa sondagem. Fiquei muito triste, pois seria uma forma de investigar e poder planejar para aqueles alunos tendo como base uma ajuda direta onde eles estavam precisando para poder desenvolver a leitura, interpretação, e construir o que tinham por objetivo desde que voltaram a estudar.
Então minha pergunta ficou sem resposta quando fiz a professora: “Qual é o nível que se encontra tais alunos? Ela respondeu que sabiam ou não sabiam ler ainda, isso eu já sabia.” Quero dizer não consegui prosseguir realizando meu estágio, pois depois desse dia tanto a professora como a coordenadora não me aceitaram mais na escola e fizeram de tudo pra eu jogar a toalha. E infelizmente elas conseguiram, e garanto se chegar hoje para aquelas mesmas pessoas e dar um texto mínimo ainda estão no mesmo patamar.
Claro eu deixei na reta com meus planejamentos atrasados e tal, mas acredito que esse não era o verdadeiro motivo para não me querer mais dentro da sala de aula, cujo sua regência iria somente até dia 30/11, onde que voltaria assumir a turma era a professora da turma.

Refletindo sobre os textos e a historia da educação...


O Brasil infelizmente não mudou muito, pois ainda encontramos muitas crianças sem escola, precisando de um lar, de cuidado, com trabalho escravo e até mesmo na prostituição, onde homens horrendos não respeitam o pequeno corpo infantil, desnutrido e ainda em desenvolvimento, que é vendido como se fosse um pedaço de carne, uma mercadoria como qualquer outra qualquer.
Triste ver a impunidade dos governantes que tiram do povo, das escolas, da merenda escolar, para suprir sua ganância, uma falta de ética e de respeito com todos nós brasileiras (os).
Quando teremos uma escola legal para nossas crianças, quando os professores serão valorizados, quando todo cidadão brasileiro terá um emprego digno que possa sustentar sua família, quando vamos parar de ver crianças nas ruas vendendo, mendigando sendo exploradas até mesmo pelos seus familiares?
Não vejo que uma imposição de fora como a ditadura militar hoje possa resolver a situação que o Brasil se encontra, os políticos e a polícia sabe como resolver toda a bagunça e quem realmente esta por trás dessa loucura que estamos vivendo, agora falo sobre o grande mal da nossa sociedade atual, falo sobre as drogas. Essa maldição esta arruinando e faz tempo muitas famílias, pais de família, gente que era do bem, e trabalhadora. Como tirar o Brasil da UTI que se encontra? Dizem que o nosso país esta no fundo do poço, que não tem dinheiro para pagar sua divida externa, que não tem dinheiro para nada. Mas por qual motivo alguns órgãos recebem salários altíssimos? Essa verba será que poderia ser distribuída e pagar pela educação, para ter melhor saúde para todos, moradia, e abrir mais vagas de emprego, fazer a população estudar e trabalhar. Construir mais escolas, e valorizar nossas crianças, que realmente são o futuro do Brasil. Mas se isso não acontecer, o futuro do Brasil estará nas mãos dos idosos, pois nossas crianças estão morrendo, por conta da fome, do tráfico.
Acredito que todos nós temos uma parcela de culpa em tudo que acontece a nossa volta, principalmente quando se trata desse caos que está nosso país. Temos que ajudar mais e pensar menos em nós mesmos, e saber dizer não a tudo que prejudique os outros, ter mais ética e autenticidade para tudo melhorar, fazer a nossa parte.


A maquinaria escolar Julia Varela Fernando Alvarez-Uria


Essa postagem foi retirada de um trabalho da interdisciplina Espaço e Tempo na Perspectiva Histórica, onde ainda não sabia que tínhamos que postar reflexões referente o que estamos estudando.
Então hoje relendo o trabalho percebo o quanto é importante à escola pública e para todos, pois houve um tempo que nem todos tinham esse direito. E quando escuto falar em privatização e um dia escutei que iriam realizar isso com as escolas, logo veio uma enorme tristeza, pois querem que o mundo volte no tempo, onde somente quem tem direito de estudar é quem tem dinheiro para pagar. Um absurdo! Triste pensar que nossos governantes não pensam na população, e quando chegam à estado não pensam em nada e a ganância toma conta.
O texto nos mostra uma época em que emerge muitas mudanças dentro da sociedade, a criação da escola, onde todos teriam direito, e dando sentido as obrigatoriedades e deveres a serem cumpridos, até chegar os dias atuais com as leis que temos hoje.

Teia de aprendizagens


Foi bem interessante realizar a dinâmica da Rede de Aprendizagens, e hoje depois de muito tempo consegui compreender que o objetivo era mostrar que todas nós de certa forma fazemos parte da construção da aprendizagem uma das outras. Pois na vivencia mesmo sendo em EAD tivemos muitos encontros presenciais, e encontros virtuais diários, em vários ambientes virtuais, até mesmo pelo Faceboock , chat do gmail, Wathasap, pouco deixei recado nas mensagem do Moodle, mas nos comunicamos para resolver dúvidas, fazer questionamentos, para pedir apoio psicológico, em fim foram muitas comunicações, uma rede de aprendizagem. Tem colegas que conversei online e que presencialmente somente boa noite, tudo bem corrido, mas tudo funciona.
E para finalizar o que é um pensamento dogmático e um pensamento crítico fui ao dicionário para ter a plena certeza que compreendi ambos.
O PEAD abriu muito minha mente, consegui reconstruir meus pensamentos críticos pouco construtivos sobre faculdades em EAD.

Corporeidade como conceito diferenciado nas interações e aprendizagens no cotidiano.


Lendo o que escrevi sobre a corporeidade  a criança desde o ventre responde a estímulos, com isso vai se desenvolvendo. Após o nascimento reconhece a voz da mãe, do pai, se tiver irmãos maiores também. Segue com os olhos em poucos dias de vida as imagens mais coloridas e grandes, claro somente vultos, mas assim vai reconhecendo o mundo exterior.
Quando o bebê nasce os médicos fazem muitos testes com eles antes de dar alta, esses testes realizados servem para mostrar que o bebê está apto e reage bem aos exercícios e estímulos. A corporeidade nos mostra o quanto é importante para todos os seres humanos e somente nos conseguimos desenvolver muitas habilidades ao longo de nossa vida. Ninguém consegue sobreviver e se desenvolver sem o outro, e sem esse contato, pois aprendemos com o nosso semelhante através do tempo.
As crianças na educação infantil, os alunos do fundamental 1 e 2, e os alunos do ensino médio precisam da troca com o outro, do carinho, da atenção, pois as vezes não encontram isso em casa com sua família, e acaba a escola tendo que suprir essa carência. Um aluno muito agitado que bate nos outros sendo até um desafiador dentro da sala para a professora, e essa não o compreende e o castiga e quando mais o castiga, pede para ele parar mais ele faz, e as vezes temos que parar e se perguntar por qual motivo ele esta agindo daquela maneira?
Durante o segundo semestre desse ano observei um aluno que era muito brigão, e a professora solicitou várias vezes intervenção da disciplina, e ate mesmo no recreio ele encrencava com os colegas, muitos colegas não queriam brincar com ele, foi onde comecei a conversar com ele, já que tinha que cuidar o recreio e ficar de olho no aluno o qual era monitora. Comecei a conversar com ele, pedir abraço, dizer que eu era amiga dele e ele é uma pessoa muito importante para mim. No recreio tudo que faziam para ele era para me procurar ou falar com qualquer monitora que estivesse no pátio, e não agredir ninguém, foi um acordo entre nós, aos poucos foi fluindo, ele ficou mais calmo, pois comecei a perceber que os colegas o provocavam e comecei a chamar atenção deles e até levar eles para disciplina. Foi bem interessante, mas surtiu efeito, no fim do ano até beijo da professora ele recebeu essa que também não via o que os outros faziam, ou fingia não ver, não sei dizer. Acredito que as doses de carinho e as conversas surtiram uma grande melhora na criança. A turma começou tratar ele de outra maneira e conseguimos reverter o quadro do menino mal educado que batia nos colegas, para o “Paulo” vamos jogar bola? (nome fictício)
 Antes de sair abraçando os alunos, temos que ter certeza que esse aluno quer nosso abraço, pois muitos gostam outros não, e ainda podem ter aversão ao toque de outras pessoas.
O que entendi que a corporeidade é necessária para todo desenvolvimento do ser humano desde o ventre até a terceira idade eles precisam tocar, como digo olhar com as mãos para poder ver, sentir, e isso é importante para o desenvolvimento afetivo e cognitivo desse aluno. Fazer atividades diversas para desenvolver os sentidos sensórios motor fino e amplo, locomotor, auditivo, visão. E por isso, quanto menores são as crianças, mais eles querem correr, se testar, subir, descer, pular, etc. E na escola que temos que promover e colocar obstáculos, provocar todos esses sentidos, claro sempre tendo o cuidado para não se machucarem, pois nessa fase é onde as crianças mais sofrem pequenos acidentes.


Neurociências


Quando comecei a lecionar em NOV/2013 e fiquei sabendo que iria dar aula numa quarta-série onde havia uma aluna que não conseguia ler, e já estava com doze anos, fiquei muito preocupada. E visitando o site da UFRGS obserei que tinha um curso de extensão sobre: “neurociências e a educação”, me interessei, fiz o curso, adorei muito o curso, e fiquei com muita curiosidade em fazer outros cursos nessa linha.
Mas infelizmente não foi o suficiente para conseguir ajudar a aluna em questão ler, mas com a ajuda da diretora que pediu para uma amiga ir avaliar os alunos indicados pelos professores ela foi encaminhada para uma psicopedagoga e para um psicólogo, mas a família não fez nada.
Ela tinha um bloqueio muito grande, mas ao longo do ano estava quase lendo. Infelizmente o ano terminou e no conselho acharam melhor reter ela de novo, ao entregar a avaliação para sua avó, quase chorei por ver ela tão triste, pois era uma excelente aluna, somente não sabia ler, mas sabia todo o alfabeto, as demais atividades ela realizava. Quando não sabia o que fazer me perguntava e logo fazia principalmente as atividades de matemática.
E dentro da interdisciplina Corporeidade o professor trouxe novamente esse assunto e podemos ver que tudo envolvido com o nosso cérebro. E trabalhar os movimentos, a afetividade na primeira infância, a alimentação, os traumas, tudo faz parte e dependendo podem prejudicar ou ajudar o desenvolvimento do ser humano. E que muitas coisas ficam registradas em nossa memória, e se a criança sofreu algum trauma na região da leitura e compreensão vai ficar bem difícil para essa aprender a ler, a juntar as silabas e formar as palavras. Minha tristeza foi que em 2015 onde estava montando um projeto para poder trabalhar com essa menina na escola, o governo do estado me demitiu para poder nomear os professores aprovados no concurso, isso para não sair como o “ruim” da história.
Fui até a escola e fiquei sabendo que seus avós haviam se mudado para as Ilhas, e transferido as crianças. E nunca mais ficaram sabendo dela e de suas irmãs.
E até hoje me questiono, será que conseguiria ajudar ela construir sua leitura?
Ou será que algo aconteceu que afetou de vez com a parte do cérebro que é responsável pela leitura? Nunca saberei essas respostas.

Memórias


A postagem realizada fala sobre as memórias,  minha história de ontem, e a de hoje muitas acontecimentos mudaram meu modo de ver quase tudo, a chegada da Anna Luíza, minha neta fez eu querer mais que nunca estudar para ter um bom emprego para dar algumas coisas boas para ela, como uma boa educação, matricular ela numa escola onde valorize o conhecimento prévio do aluno e faça ele construir o seu aprendizado, esse é o melhor presente que os pais devem dar aos filhos, e isso vou ficar devendo para meus filhos. Do relato das minhas memórias fica evidente que hoje estou com mais idade, uns cabelos brancos, estou mais cansada, mais peso, e muitas vezes pega o desânimo.
E falando de PPP a escola onde atuei em 2014 esse documento não foi elaborado por todos os seguimentos, pelo que observei a comunidade escolar tinha seu representante, mas esse era pouco chamado, pois ouvindo uma pessoa do corpo docente dizer que esse participante não entendia de nada e chamavam somente para assinar os documentos, atas etc.
Sei que a verba é pouca para o tamanho da escola, mas valeria a pena se a gestão pudesse angariar algum projeto para conseguir ir arrumando a escola aos poucos. A merenda também era sempre as mesmas coisas, as vezes era so lanche direto, e outras vezes somente comida, sendo que a comunidade era umbandista e muitos não comiam arroz com galinha, e ficavam com fome.
E muito importante a instituição de ensino conhecer a comunidade onde esta inserida, e fazer com que essa participe de tudo dentro da escola. Essas pessoas são importantes e tem força de conseguir buscar junto com a gestão alguns meios de melhorar esse espaço onde as crianças ficam quatro horas diárias durante 200 dias letivos.
Havia na escola uma sala com muitos materiais que poderia fazer um mini museu dentro da escola, junto da biblioteca, onde os alunos pudessem ver como era antes, e os professores mostrar como eram as aulas, tem até arquivos com fotografias. Daria um bom fim para todo o material que esta se deteriorando com o tempo.
 Em 2016 tive a oportunidade de ir lecionar em Novo Hamburgo no bairro Canudos numa escola que tinha somente até o quinto ano. Uma escola onde a pedagogia era tradicional, mas a gestão era perfeitamente boa, com integrantes participativos de todos os seguimentos, com reuniões mensais onde a direção dava satisfação de tudo que gastava as verbas dessa escola. O espaço físico era amplo, higienizado, pintado, com salas de aula com ar condicionado e todo material que a gente precisasse para fazer as atividades com os alunos. A merenda escolar era maravilhosa e variada, a cozinha limpa como nunca vi em outras escolas estaduais que passei.
Logo que cheguei na escola a supervisora pedagógica me mostrou o PPP, onde li por cima, mas percebi que foi elaborado pela escola como dever ser feito, pensando em sua comunidade escolar. E no fim do ano voltaram a mexer no PPP, para mudar o modo de avaliação que era bimestre e passou para trimestre. Daí nesse momento eu participei, e expliquei como faziam nas escolas que já havia esse tipo de avaliação. Complicado foi ver a dificuldade que as colegas sentiram em somar até chegar a 100, e verificar qual era a média por cada trimestre, mas conseguiram.
Nessa escola aprendi que temos que ter um posicionamento e uma boa fundamentação teórica para apoiar o modo que estamos ensinando. A única coisa que não gostei que lá os alunos não decidiam nada, muito menos refletir, fui muito criticada quanto a isso, mas sempre que dava fazia eles pensar sobre o assunto e falar sobre suas concepções prévias sobre os conceitos estudados. E isso me doía  muito mesmo, mas sempre que podia fazia eles pensar, principalmente na área das ciências e matemática. para cada aula que formos dar, pois ali muitos pais participam direto da educação dos alunos, diferente da outra escola onde trabalhei. Os pais nessa escola tinham que agendar horário para falar com os professores, e no interior, muitos pais queriam saber quem eu era de onde vim etc. Por um momento quase mudei de vez para a cidade que me acolheu tão bem, somente para continuar trabalhando por lá.
A educação dos alunos era muito boa, onde a gente podia deixar a bolsa em cima da cadeira sem se preocupar que alguém pudesse mexer ou subtrair algo nosso. Atuei lá somente por quatro meses, quando chegou o fim de ano a despedida foi muito triste. Muitos pais na festa de Natal quiseram saber por qual motivo seus filhos foram chorando para casa.
Foi nessa escola que obtive a certeza que uma gestão democrática com todos os seguimentos sendo respeitados e participantes, tudo funciona muito bem, o único problema é que isso dá muito trabalho, mas quando a comunidade se sente parte integrante da instituição fazendo de tudo para ajudar a escola melhorar para ver seus filhos bem atendidos e com uma escola equipada com tudo funcionando. Percebi o respeito e o prestígio que a comunidade escolar tem pela equipe diretiva, principalmente pela diretora.