domingo, 20 de dezembro de 2015

Workshop de Avaliação...

Mais um semestre que se encerra, mais uma apresentação do workshop que apresento e não fica boa... Não consigo me compreender por qual razão fico assim tão nervosa, se tudo que tenho que falar é o que estudei, pesquisei e entendi.
Quero nesse meu relato ser mais sucinta possível e coerente com que sinto em relação às interdisciplinas e como deveria ter apresentado minha reflexão. Síntese palavra complicada para quem tem muita ansiedade e fala pelos cotovelos, mas estou tentando escutar mais do que falar, então é um exercício diário. Estudamos muitos conceitos referentes à infância e sobre a educação.
A educação que temos nos moldes atuais nem sempre foi assim, na verdade infância não existia, a criança era basicamente vista como um adulto em miniatura que poderia fazer e participar de toda a vida adulta sem nenhuma distinção. Estudamos um texto intitulado de “A maquinaria escolar” (VARELA; ALVAREZ-URIA) que mostra como e por qual motivo se iniciou esse processo de escolarização e tiveram que fazer algumas normas, leis, para que a ideia desse certo. Nesse mesmo texto coloca que a educação nos moldes que encontramos hoje é muito nova, mas ao mesmo tempo está obsoleto, pois estamos no século XXI, nossa infância é totalmente diferente da infância daquele tempo.
Como podemos ver nessa interdisciplina que o eixo pertinente das mudanças foca as crianças, e consegui visualizar isso nas outras interdisciplinas, quando em infâncias de zero a dez anos nos trás muitos conceitos e reflexões a cerca dessa infância que estamos construindo, em psicologia I estudamos Freud e um pouco da sua vida  e descobrimos que ele foi um estudante e pesquisador. Na descoberta da psicoanálise ele observa que muitos distúrbios que ocorrem nos adultos teve início na infância. Com isso ele estuda e intitula sua nova descoberta como o “Desenvolvimento psicossexual” começa observar a “criança” e as fases do seu nascimento até a fase adulta. Segundo KUPFER “pode-se dizer que Freud foi um mestre da Educação porque abriu caminho para a reflexão sobre o que é ensinar e o que é aprender.” (KUPFER; p 9). Com essa frase resumo o que estudei e entendi de Freud e com certeza sem seus estudos ficaria meio complicado todos os seres humanos se entenderem, e nós como educadoras entender nossos alunos e fazer da nossa prática o melhor possível para que essa criança consiga se desenvolver plenamente tanto no seu lado cognitivo como motor.
Em fundamentos da alfabetização vejo que  tem tudo haver com o que estudamos em psicologia, temos que entender que cada criança é um ser único, não existe outro igual geneticamente como ele, sendo assim cada criança possui um tempo de aprender, de ler, e somente ela vai decidir quando ocorrerá esse aprendizado. Não só o professor alfabetizador deve se preocupar em ter uma sala agradável, aconchegante, um ambiente de estudo, que aguce a curiosidade dessa criança. Todos os níveis de ensino devem refletir como esta sendo inserido seu conteúdo, como é sua sala de aula, se o aluno está disposto e aberto para esse aprendizado, se ele realmente quer aprender.  E o nosso objetivo é fazer com que ele queira isso como nós queremos. Acreditar que essa criança consiga aprender e o mais importante nós temos que acreditar em nós mesmos, se isso não acontece à mágica não se inicia.
Com isso que vimos vejo que o seminário integrador busca essa reflexão entre as interdisciplinas e faz com que nós pensamos em tudo separado e ao mesmo tempo junto. Quando se trata de seres humanos em desenvolvimento não podemos pensar em pastas compartimentadas, pois somos complexos, misturados, não sabemos onde começa e onde termina. Um conteúdo depende do outro para podermos entender, aprimorar e pensar como devemos fazer nossas práticas mediante a tudo que estamos aprendendo dentro do PEAD. Sei que nunca mais serei a mesma, e mesmo não estando atuando vejo mudanças enormes que estão acontecendo dentro de mim, e com certeza são modificações que irão melhorar e muito minha prática em sala de aula, não importando o nível que vou estar, pode ser na educação infantil ou mesmo lecionando para o ensino médio. Uma coisa boa que aconteceu comigo este semestre é que morria de medo de ter que pegar um primeiro ano para alfabetizar, vejo que hoje temos três anos para isso, mas não pelo tempo que digo isso, pois sei que é a criança estimulada, num ambiente propício para essa alfabetização que vai ajudar meu aluno aprender.
Agradeço a professora Darli Colares, de fundamentos da alfabetização, que me proporcionou a perder o medo de alfabetizar, agora estou pronta e sei que vou fazer o meu melhor para que isso aconteça. Como dizem para nós mães calma, vai cair a ficha, e ele vai ler. Então minha ficha caiu. 




quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Uma palestra edificante sobre educação

Na atividade final da interdisciplina  Escolarização, Espaço e Tempo na Perspectiva Histórica fiz uma  pesquisa sobre experiências escolares alternativas.  buscando mais informações a respeito sobre "Projeto Âncora" me deparei num seminário que o palestrante era o professor José Pacheco (Brasil e Portugal), no "6º Seminário Prazer em Ler", digo uma ótima palestra para qualquer educador rever e refletir sobre sua maneira de "dar aula", que na fala do professor José é a pior coisa que um professor faz, durante a palestra ele explica o motivo. 
Vale a pena conferir, apesar de ser meio longa, mas bem esclarecedora.



segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Levando puxão de orelha nessa idade...

Bom, eu mereci! Sabemos que temos que postar uma vez por semana, e nem sei direito que me perdi no mês de outubro e acabei deixando de postar. Pois é tão fácil!
Fui chamada pelo meu querido anjo, que perguntou qual foi o motivo da minha falha no mês que estava terminando "outubro"? 
 Na hora pensei em vários motivos, mas o único e verdadeiro motivo é que a graduanda aqui é um tanto desorganizada. Sabem, esse curso em EAD é demais, pois além da formação que estamos recebendo para sermos Pedagogos (as), ele também ensina a ler os artigos, buscar no dicionário palavras que normalmente não usamos no cotidiano, refletir sobre o que foi lido, ensina escrever, aumenta nossa autocritica e a crítica sobre o mundo que nos cerca, na raça e coragem a gente aprende a mexer com as tecnologias da informação e ainda se não bastasse ele transforma pessoas desorganizadas como eu e meio lentas por natureza a ficar mais aceleradas.
E agora estou vendo o quanto é importante sermos organizados e ter um planejamento e seguir esse planejamento diário. Digo um planejamento de tudo que temos que fazer no dia, com horários pré definidos. A nossa tabela do tempo, onde todo semestre temos que preenche-las mostra no plano físico o tempo que temos, então a partir do próximo dia 1º/01/2016, estarei com minha agenda e com certeza já aprendendo administrar e planejar melhor meu tempo.
Claro seguindo com as leituras, relendo o que ficou meio/meio. E revendo o que postei no blog, pois ele é o espelho para o mundo do que realizo dentro do meu curso na universidade, que digo não é qualquer uma por ai é um título da UFRGS, que vou ter para me orgulhar para o resto da minha vida. 
Ah! Isso não é promessa de ano novo! kkkk
Amo tudo isso!

Constituindo uma criança


No título do texto podemos imaginar várias hipóteses referentes a ele, mas ao ler o artigo de Jenks, observamos que ele coloca um conceito para cada criança, dentro desses conceitos retiramos três tipos de criança: selvagem, natural e a social.


A criança selvagem é aquela criança diferente das demais, hábitos, modos de comer com as mãos, modo de se relacionar com as demais crianças e com os adultos, aquela que não gosta de pentear os cabelos, briga para tomar um banho, não gosta de escovar os dentes. É um caso selvagem e merecedor de olhar diferente e de estudo.
Uma criança apesar de todo uma estrutura em sua volta ela é desnutrida, por isso não se desenvolve normalmente ficando menos que as demais. Levando uma necessidade de investigação para verificar por qual motivo ela é dessa forma. Assim se cria uma expectativa de reinventada para poder ter uma investigação e descobrir o motivo que levou ela ficar dessa forma. 


A criança natural para o autor essa criança tem comportamento, e pensamento articulando de acordo com o esperado comum a sua faixa etária. Ligada à metáfora do crescimento, pessoal, mental e físico. 


A criança social é vista como algo que vai ser  (que está em desenvolvimento), necessitando de uma preparação ou moldagem do indivíduo. As teorias da socialização apresentam características do mundo adulto como variável.


Em minha reflexão, como podemos escolher trabalhar somente com  que julgamos prefeita, não tem como, somos seres humanos em desenvolvimento, ninguém é perfeito. Não nascemos com um dispositivo que possa ser trocado quando bem quiser, como por exemplo  hoje quero ser natural, selvagem ou social.
A criança possuí em sua amplitude as três identidades, sendo que uma é mais visível que a outra. Na escola com a convivência social entre outras crianças as etapas vão se aprimorando e com isso nós educadoras somos mediadora entre essas crianças, onde aquela que tem um comportamento mais selvagem, seja trazida e aos poucos vai visualizando e refletindo os seus atos, e melhorando suas atitudes comportamentais.
Nessa integração entre as três características dessas crianças um vai trocando aprendizado com as outras, e assim as marcas mais fortes vão sendo amenizadas e essa criança vai se desenvolvendo e aprendendo a ser mais criança. Sempre aprendemos e evoluímos com as trocas e ninguém consegue viver nos extremos, muito menos as crianças.


JENKS, Chris. Constituindo a criança. Revista Educação, Sociedade e Culturas, n. 17, 2002.


Programa: Infâncias étnico-raciais

Como lidar na sala de aula com as diferenças  étnico-raciais? Muitas crianças por escutarem em casa ou de algum amiguinho falas racistas e preconceituosas, mesmo sem saber o que estão fazendo. 
Ao chegarem em na escola fazem trazem consigo esse mal entendido, e nos professoras temos que fazer todo um trabalho para que eles vejam que todos são iguais e diferentes ao mesmo tempo. Mostrando como é linda a nossa cultura com diversas etnias, crenças e valores.
Com isso estudamos um autor que faz essa abordagem entre tendências e como podemos trabalhar através da literatura infantil essa diversidade, o respeito e outros valores que muitas vezes a criança acaba recebendo é na escola. Além disso existe uma gama de atividades onde as crianças vão gostar de fazer e entender ludicamente que ser diferente não precisa ser tratado com diferença, que no fundo pertencemos a uma única raça, quer é a "raça humana".


De acordo com os autores do artigo podemos verificar o que significa cada uma das tendências:


Como lidar com o preconceito – primeira tendência
O autor coloca os personagens em situações variadas onde ocorre um caso que o personagem deve instigar o leitor ter uma posição e observa em sua leitura que tudo pode ser resolvido sem o uso do abuso e sem discriminação.

Outra trama com personagens negros – segunda tendência
Em uma segunda tendência, os personagens retratam os assuntos levantados.
Possuem uma concepção do ser diferente valorizando suas origens. Onde o problema maior não é a questão da negritude que deve ser superada.

Uma diferença a mais? – terceira tendência
Na terceira tendência, trás de volta o escutar os mais velhos, dando valor na sua cultura, entendendo as diferenças e as igualdades entre as mais variadas etnias. 

Programa: Pedagogias da mídia – erotização infantil


Complicada a situação que nos deparamos quando nos aprofundamos nesse contexto. Buscando um comercial, achei um título que me deixou intrigada e resolvi verificar do que se tratava “Desaparecimento da Infância”. Quando comecei assistir o vídeo consegui visualizar o que havia lido no artigo de (FELIPE e GUIZZO, 2003). Boa parte da infância e adolescência essas crianças passam dentro das instituições de ensino, portanto, nós educadores (as) temos que compreender e examinar como a educação está sendo produzida e em outros locais de veiculação, já que fora da escola essa mesma criança tem acesso facilitado com a televisão sendo o principal local de distração e aprendizado chamado até de ‘babá eletrônica’.
Muitas vezes não é tão confiável quanto parece, as propagandas e a moda estão usando a infância para distorcer e modificar a real natureza do que é ser “criança” na sua simplicidade e inocência, mudando hábitos. Nesses clipes tem muito mais meninas do que meninos, elas usam roupas ousadas mostrando boa parte de seu corpo, maquiadas e com bijuterias e deixando-as com ares mais adultos. Propagando de celular com criança dando a intenção que é prudente estar vestida, maquiada e falando de sentimento de uma forma adulta para idade aparente. Crianças imitando adultos, em quase todos os detalhes, assim fica complicada termos uma infância e adolescência mais saudável.
Na última frase do texto onde é posto por “Walkerdine (1999, p.82) faz uma interessante provocação: até que ponto “poderíamos concluir que as representações populares de garotas pequenas erotizadas constituem a teoria e o abuso sexual de crianças, a prática”?”. Respondendo essa questão como entendi, nós adultos temos uma parcela de culpa quando deixamos nossas crianças em tão tenra idade usar, comprar ou até mesmo presentear com roupas ousadas, sapatos de saltos, e deixando essa criança usar maquiagem no seu cotidiano. Elas são lindas por natureza, e já chamam muito a atenção, não é necessário estimular esse crescimento precoce. Em vista disso estamos ajudando as mentes doentias a desejar essas crianças. Tudo tem seu tempo e hora, deixamos nossos pequenos sonharem em seus mundos encantados de conto de fadas e super-heróis. , e vamos proteger auxiliando sejam abusadas, sem querer abusamos dos corpos delas quando agimos sem pensar lhes ofertando adornos que não é próprio para sua idade e seu uso cotidiano.

Bibliografia:
FELIPE, Jane; GUIZZO, Bianca. Erotização dos corpos infantis nas sociedade do consumo. Pro-posições, vol. 14, n. 13.(42), set./dez., 2003.



O Desaparecimento da Infância” 4min e 7s propagando direto da Claro.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=0UeSHe19PIo, acesso em: 08/11/2015. 


Depois podemos verificar em alguns lugares as músicas de funk e as crianças dançando e fazendo gesticulações eróticas. Nessa músicas muitas vezes possui uma letras que desrespeitam as mulheres vulgarizando-as. A batida do funk, quero dizer musica sem letra é um som que pede para gingar, dançar, creio que seja essa melodia que chama atenção das crianças, pois eles gostam de barulho, sons que mexem, mas estraga tudo quando vem a letra da música e a coreografia que aos poucos vai dizendo como devem dançar.
Quero que fique claro aqui eu gosto de todos os tipos de musicas e estilos musicais ate mesmo o funk, pois tem alguns compositores que falam como venceram, como sairão das drogas, coisas desse patamar. 
Temos que pensar que música é cultura e a cultura do brasileiro pobre já esta vulgarizada, então não podemos descer mais ainda esse nível.


Imagem disponível em: http://mrazous21.blogspot.com.br/2015/01/a-midia-que-esmaga.html
 Acesso em: 07/12/2015



A infância e a mídia

Como estamos criando nossa infância? 


Praticamente a criança moderna fica na frente da televisão muito mais tempo que o necessário. Vivendo no mundo virtual, com a televisão sendo sua companheira de muitas horas. 
Na televisão temos muitas propagandas de vários tipos onde as crianças são induzidas a quererem buscar aquilo que acham que é bom para elas, se tronando alvo fácil para as grandes marcas  de brinquedos, comidas, roupas e calçados. Na charge abaixo venho ilustrar o que a infância de hoje vem considerar o que seguir. Engraçado, mas ao mesmo tempo fico com medo com o que pode acontecer com nossas crianças.

Disponível em: http://rebrinc.com.br/wp-content/uploads/2014/12/foto_blog_menostelas_arman.jpg 
Acesso em: 07/12/2015

Infâncias e pós-modernidade




Questões
Teu entendimento a partir do texto

Caracterize três marcas do que se entende por
“pós-moderno”.
Para Lyotarde, “condição pós-moderna”, o termo criado para expressar a incredulidade diante das metanarrativas constituídas pela modernidade, sendo o fim da era explicativa onde as tecnologias da comunicação afetam como o conhecimento é produzido e a forma como ele circula desestabilizando os grandes sistemas explicativos.
Segundo Lipovetsky (2004), o termo “pós-moderno” iniciou no final dos anos setenta Uma das características é o individualismo, e quase tudo resolvemos adotar a palavra “hiper” na frente de muitas outras formando tudo maior que era tradicionalmente. E um exemplo seria a nossa própria aparência como símbolo dessa sociedade hiper a obesidade.

Lemert (2000) considera que esse novo período se introduz para fazer o que não foi realizado ainda, e as pessoas não depositam esperanças em um mundo melhor onde as crenças no progresso estão abaladas.

O que significa pensar o tempo atual com base no binômio solidez/liquidez?

Solidez significa que no tempo tudo era mais duradouro, os bens de consumo e empregos eram confiáveis, com uma garantia de um mundo previsível e consequentemente administrável. “Não encontramos na atual situação”.
Liquidez significa que não tem lugar fixo para nada e tudo muda rapidamente, nada mais mantém a mesma forma, fixada em um espaço durante ao longo. Bastam termos nas mãos, celular, not boock, e trabalhar onde desejar. Está em constante mudança. Tempo que esta em constante mudança.
 Explique a frase: “a mídia tem sido uma das principais produtoras das representações que compartilhamos” (p. 79). Para construir sua resposta, utilize-se do exemplo da “representação do corpo”, oferecido pela autora (p. 79-80)
 Através da mídia as pessoas se espelham e valorizam muito a aparência fazendo qualquer tipo de intervenção para ficar com a imagem desejada. Ter uma aparência jovem e cuidar da beleza é muito mais importante que mostrar que tem dinheiro. Então a mídia faz com que a sociedade seja transparente, de espetáculos, onde os relacionamentos são mais virtuais e com isso tudo seja compartilhado esquecendo-se do lado privado. Por meio da mídia, das formas de representação e dos discursos colocados em circulação, criamos parâmetros para, por exemplo, avaliar e produzir nosso próprio Corpo. 
Considerando as discussões que o texto oferece, como as crianças se veem hoje implicadas numa sociedade do consumo?


Não importa se possuem ou não poder aquisitivo, elas são produtos da real atualidade midiática. Consumidoras em potencial e não perdem tempo em trocar de estilo, mudando o tempo todo. Quando não conseguem adquirir algum produto ficam tristes, parecem sempre estarem atrás de algo ou alguma coisa.
 Tais crianças parecem nunca atingir a linha de chegada e estar em constante estado de insatisfação. Nesse modo de viver que se caracteriza pela urgência, a única opção parece ser a obtenção de “tudo, ao mesmo tempo, agora”! (MOMO, 2008, p. 7)

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

A maquinaria escolar Julia Varela Fernando Alvarez-Uria

Atividade Realizada em outubro, postando hoje...
Participantes do grupo:
Ana Paula Brasil Gimenez
Andreia Antonia Manoel Godinho
Gimena Barbosa Gimenez
Géssica Daiana Sielichow de Oliveira
Vanessa da Silva Rocha de Quadros


Como você avalia a institucionalização propriamente dita da escola: “a imposição da obrigatoriedade escolar decretada pelos poderes públicos e sancionada pelas leis”?

Acreditamos que foi positiva, pois antes não existia a distinção entre criança e adultos, com o passar do tempo às pessoas foram se preocupando com isso. A falta de um lugar para deixar essas “crianças” até ter a idade que pudessem frequentar a sociedade, fez com que procurassem lugar para deixar elas onde pudessem ser educadas, ensinadas e preparadas para vida adulta. As igrejas, os mosteiros e os conventos foram às primeiras instituições para dar essa educação, claro que era uma educação bem rígida onde eles usavam vários castigos para quem era desobediente. E com isso os filhos da rua, de mães solteiras, dos pobres essa igreja também resolveu fazer uma “boa” ação dando um pouco de ensinamento em troca de trabalho.
Com a imposição e obrigatoriedade, aos poucos foram formando as escolas, claro que aqui no Brasil as coisas foram mudando muito lentamente, mas acreditamos que foi para melhor, mas ainda tem que melhorar muito
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Síntese do texto Maquinaria Escolar 

Conforme a leitura realizada do texto “A maquinaria escolar”, pudemos fazer alguns apontamentos acerca da institucionalização da escola obrigatória e o controle social, propriamente dito. A escola primária, enquanto forma de socialização privilegiada e lugar de passagem obrigatório para as crianças das classes populares. Sendo uma instituição recente cujas bases administrativas e legislativas contam com pouco mais do que um século de existência.
Uma série de medidas destinadas ao controle das classes populares, assim especialmente a partir da restauração, como completo à ação da escola como tais: sociedade mútua, cooperativas, fundação de berçários, asilos, consultórios e nascimentos de assistência social, dentre outras formas tomadas.
Que a escola emerge como um espaço novo de tratamento moral no interior dos antagonismos de classe. Onde a imagem da infância que os reformadores sociais do século XIX tentaram impor a tais classes apresentará traços específicos e será, pois diferente da cunhada e assimilada antes pelas classes altas. Não se produz uma relação de igualdade entre todos, de entendimento e reforço entre famílias e escola, mas, ao invés disso, a escola põe-se em ação para suplantar essas ações socializadoras destas necessidades classes consideradas de um ponto de vista negativo.
Com isso a educação passa a ocupar um papel primordial na sociedade. Os programas políticos, com uma falsa preocupação com o proletariado, vêm munidos de ideologias a resolver a questão social, a luta de classes. Com o surgimento da Escola Nacional destinada a classe operária, visando teoricamente integrá-las, na verdade foi apenas uma forma de manter a ordem social.
Esboça as condições sociais de aparecimento de uma série de instâncias no nosso entender fundamentais que, ao se amalgamar em princípios deste século, permitiram o aparecimento da chamada escola nacional:
1) A definição de um estatuto da infância
2) A emergência de um espaço específico destinado à educação das crianças.
3) O aparecimento de um corpo de especialistas da infância dotados de tecnologias específicas e de “elaborados” códigos teóricos.
4) A destruição de outros modos de educação.
5) A institucionalização propriamente dita da escola; a imposição da obrigatoriedade escolar decretada pelos poderes públicos e sancionada pelas leis.
A definição de um estatuto da infância
 Assim como a escola, a criança tal como a percebemos atualmente, não é eterna nem natural; é uma instituição social de aparição recente ligada a práticas familiares, modos de educação, consequentemente, a classes sociais.
A emergência de um espaço específico destinado à educação das crianças
 A criança foi separada dos adultos e mantida à distância numa espécie de quarentena, antes de ser solta no mundo. Essa quarentena foi à escola, ou seja, o colégio. Começou então um longo processo de enclausuramento, de isolamento das crianças que se estenderia até nossos dias, e ao qual se dá o nome de escolarização. Formação de um corpo de especialistas.
   O aparecimento de um corpo de especialistas da infância dotados de tecnologias específicas e de “elaborados” códigos teórico
Será nos colégios que se ensaiarão formas concretas de transmissão de conhecimentos e de modelação de comportamentos que, mediante ajustes, transformações e modificações ao longo de pelo menos dois séculos, suporão a aquisição de todo um acúmulo de saberes codificado acerca de como pode resultar mais eficaz a ação educativa. Somente assim poderá fazer seu aparecimento a pedagogia e seus especialistas.
A destruição de outros modos de educação.
 A escola, além de ser um local de isolamento, é também uma instituição social que emerge enfrentando outras formas de socialização e de transmissão de saberes, as quais se verão relegadas e desqualificadas por sua instauração.

 A institucionalização propriamente dita da escola; a imposição da obrigatoriedade escolar decretada pelos poderes públicos e sancionada pelas leis.
Uma série multiforme de medidas destinadas ao controle das classes populares começa a se aplicar, especialmente a partir da Restauração, como complemento à ação da escola:
- Regulamentação do trabalho de mulheres e crianças.
- Criação de caixas econômicas, sociedades mútuas, cooperativas.
- Fundação de berçários, asilos, lactários e consultórios.
- Inauguração de dispensários contra a tuberculose, antialcoólicos.
- Remodelação de bairros e ampliação da vigilância e da política
- Construção de cárceres e manicômios.
- Nascimento da assistência social.
- Criação de escolas dominicais e para adultos.
 Todos estes dispositivos têm por finalidade tutelar ao operário, moralizá-lo, convertê-lo em “honrado produtor”, procuram igualmente neutralizar e impedir que a luta social transborde, pondo em perigo a estabilidade política.
     A escola emerge como um espaço novo de tratamento moral no interior dos antagonismos de classe. Nessa perspectiva, a criança era vista como um capital em potencial, devendo ser protegido, educado e cuidado para que no futuro trouxesse benefícios econômicos e sociais. Essa escola institucionalizada e obrigatória, pouco levava em consideração as culturas e saberes do proletariado, trabalhando de maneira desconectada com a realidade daqueles que a frequentavam. Reproduziam relações capitalistas de produção, hierarquização e divisão das classes populares. Ofereciam uma amostra de saber e poder, de modo que classe trabalhadora dificilmente chegaria aos postos de decisão política. Atualmente, muitas escolas ainda trabalham nessa lógica de domesticação de corpos e mentes, perpetuando uma lógica reprodutora de saberes da cultura dominante. Poucos dizem ou falam sobre seus alunos e suas vivências, criando um distanciamento do saber. O resultado disso é uma geração de sujeitos estagnados, desinteressados pelo saber, pouco participativos e autores de seu próprio pensamento.




Como é feita a seleção e permanência hoje dos alunos no sistema educativo?

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Pensando ainda em alfabetização...

          Interessante quando a gente se interessa por um determinado assunto encontramos e vamos tendo mais curiosidades sobre ele, e instigando cada vez mais a vontade de estar diante de uma turma repassando e observando tudo que vamos aprendendo nas teorias. Emília Ferreiro com suas pesquisas realmente fizeram a diferença dentro da educação. Tendo agora essa compreensão buscarei aprofundar esses meus estudos que estão somente querendo engatinhar.
          E assim vejo o quanto é importante saber ler, escrever e compreender o que está escrito, conseguindo interpretar o que leu. Muitos educadores ainda hoje se deparam com com idade avançada, em níveis onde já deveriam de entender toda essa questão de leitura e escrita. Como podemos ajudar esse aluno? Com isso procurando entender melhor encontrei um canal no youtube com diversas reportagens onde podemos ver como podemos ajudar esse nosso aluno, não deixando ele seguir para outra série sem saber ler, escrever e interpretar. 
          Se tiverem um tempinho são pequenas reportagens que trazem um apanhado de tudo que estudamos durante o semestre. Olhando uns consegui perceber o quanto somos importantes dentro da escola, e o quanto um ambiente alfabetizador tem de significado para nossos pequenos.


         

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Além da sala de aula

Indico esse filme, pois quando o vi pela primeira vez me trouxe muito o que muitos professores passam aqui mesmo na grande Porto Alegre. Um pouco triste em saber que é assim mesmo o que somos para o governo um número, e no período eleitoral também não passamos de um mero número. Vi nesse filme eu querendo mudar o mundo, e ao mesmo tempo querendo desistir, somente não desisto para não fazer feio para meus filhos, para que eles não deixem de sonhar e lutar pelos seus sonhos.
E quando começamos estudar os conceitos de Freud, nesse filme perfeitamente conseguimos observar vários deles tanto nos alunos quanto na professora. Um deles que é fundamental para que nosso aluno consiga aprender é o da transferência e contratransferência que é a relação aluno-professor-aluno.  
Também lembrando da interdisciplina fundamentos da Alfabetização, a escola era somente uma sala, suja, com rato saindo do assoalho, e não parecia com uma sala de aula. Ela com ajuda dos moradores do local transformaram a sala de aula em um ambiente alfabetizador, isso tirando dinheiro do seu bolso, e ai me visualizei, que quando tinha alguma atividade diferente comprava com meu dinheiro, mesmo sendo pouco, mas pra ver aquelas carinhas felizes pagava e enchia meu coração de alegria.
Também trás a vontade dela ensinar em uma que tinha alunos de primeiro ao sexto ano. Ela diz que estava preparada para ensinar, mas não para aquele tipo de realidade, e quantas de nós se prepara e quando chega na escola encontra uma realidade totalmente diferente do que sonhava.
Complicado! Mas deixo minha dica para que vocês consigam analisar esse filme, que em particular mexeu muito comigo.





Pensando no ambiente alfabetizador...

Uma citação referente à alfabetização com a qual me identifiquei foi bem no primeiro dia de aula que a professora levou aqueles exercícios para fazermos, me senti como os alunos se sentem quando se deparam com algo que não sabem fazer. Trazem para aula seus conhecimentos prévios e usam o que sabem para poder identificar ou tentar fazer a atividade, e quando não conseguem ficam dispersos e não dão atenção para a atividade, foi assim que aconteceu comigo. Mas logo perguntando para as colegas fui me situando e entendi e fiz a atividade. Então posso dizer que aprendi muito com essa interdisciplina e consegui relatar parte da minha alfabetização que nunca tinha falado para ninguém. Com todo aprendizado e com as leituras dos artigos hoje me sinto bem mais confiante, se tiver que lecionar para um jardim ou para um primeiro ano, todo aquele medo e insegurança agora é coisa do passado. Entendo que tenho que estudar muito ainda, mas agora estou começando a me sentir mais professora. 
Algo bem interessante que vimos é que temos que acreditar em nós e que possamos ensinar, e também acreditar que nossos alunos conseguem aprender. Jamais esquecer que somos diferentes, por isso cada indivíduo tem seu próprio tempo de aprender. Um dos nossos objetivos é nunca deixar que o aluno perca o entusiasmo em aprender,  não deixar ele perder a curiosidade, pois essa é fundamental para todos seres humanos na busca do novo e como esse novo se constitui. Assim o educando não se sentirá angustiado, oprimido e sem vontade de ir para escola, ao contrário, ele saberá que lá poderá questionar investigar e colocar em prática muitas atividades onde será auxiliado pela professora.  
 Outra coisa bem importante que nos diz muito é sobre o ambiente alfabetizador, esse deve ser um "santuário do querer aprender", não estou desvalorizando outros ambiente que também aprendemos e ensinamos, mas a sala de aula de todo dia deve ter uma organização, ser limpa, sem poeira, com materiais que os alunos possam pegar, rasgar, imagens, quadro branco ou verde  para escrever com canetas coloridas ou giz colorido, alfabeto exposto na parede onde eles possam observar. Ter alfabeto móvel onde podem tocar nas letras, essas letras devem ser confeccionados de vários tipos de materiais, importante o aluno sentir a textura, nessa fase eles adoram olhar com as mãos. Fazer muitos trabalhos manuais e nunca se esquecer das atividades corporais, eles tem muita energia e que devem ser liberadas diariamente para uma melhor concentração na sala de aula. Na sala devemos ter jogos didáticos, fazer brincadeiras, leituras, dinâmicas onde eles se sintam a vontade em participar. Expor as atividades para que uns possam olhar as dos outros, e os que fizeram podem falar sobre seus desenhos e obras de artes.

Agora o que tenho que realmente me aprofundar é nas pesquisas realizadas pela Emília Ferreiro e sobre as teorias de Piaget. Como já havia falado um bom educador nunca para de pesquisar e estudar.

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Manifesto da Educação

Após ler o manifesto e olhar o vídeo sobre quem foi Anísio Teixeira e o que ele fez pela educação e todo seu propósito, resolvi fazer esse vídeo onde peguei algumas imagens do google e fui montando a escola dos nossos sonhos.
Até hoje não consigo entender por qual motivo ainda o Brasil não possui uma infraestrutura boa o suficiente para ter melhores escolas para todos os alunos, escolas de turno integral dando uma formação de qualidade para seu povo.
Até quando vamos continuar votando em pessoas que não se preocupam com seu povo. As pessoas são iludidas ainda hoje, e nunca sabemos em quem votamos para depois poder cobrar...Mas uma pergunta fica, se lembramos e vamos cobrar nossas reivindicações será que eles irão nos atender em seus gabinetes?
Situação complicada essa nossa, mas não deixamos nossos sonhos se perderem ao vento.









domingo, 15 de novembro de 2015

Refletindo...

Hoje, quase no final do segundo semestre me peguei pensando o quanto é importante termos amizades em um curso em EAD, onde possamos trocar ideias, discutir conteúdos, desabafar nossas frustrações, nossos desesperos. Pessoas que compartilham de quase tudo que a gente passa.
Não sei acho que estou começando a gostar do curso nessa modalidade. Complicado as vezes é a internet da GVT, que do nada cai, e dai ficamos no meio de uma discussão.
Então aqui deixo meus agradecimentos as minhas novas amizades proporcionadas pelo PEAD, e a muitas outras que vou ainda fazer.
Isso se chama tecnologia, onde podemos estar conversando com várias pessoas ao mesmo tempo, mesmo sem sair de casa. A única coisa que me deixa meio chateada é que gostaria de compartilhar as guloseimas que todas comem e não podemos dividir com as colegas. 
Novos tempos, novos instrumentos, mas o ser humano ainda necessita do contato nem que seja escrito em uma caixinha de diálogo.


sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Vantagens de compreender mecanismos de defesa

Além da escola agora empresários que aprendem a lidar com mecanismos de defesa aumentam os lucros e desenvolvem uma comunicação empresarial muito melhor, segundo Luiz Fernando Garcia. Eles evitam, entre outras coisas, transferir problemas de casa para o trabalho e vice-versa. 

Gostei de ver esse vídeo, esclarecedor.







Mecanismos de defesa...


          Usamos a todo instante sem mesmo nos dar de conta. Um mecanismo que o cérebro usa para fugir de situações ou mascarar algo que não estamos muito a fim de ver, fazer ou confrontar.
Para ilustrar esse um desses mecanismos coloco o vídeo abaixo, muito engraçado. Esperam que gostem.

          Senhor jogando Xadrez - mecanismo de defesa


Publicado em 11 de set de 2013
Um velhinho joga xadrez consigo, assumindo a posição dos dois competidores. Uma fábula sobre nós mesmos, nossos conflitos internos e sobre as regras do jogo. Elas muitas vezes são mudadas em nosso próprio benefício; somos anjo e demônio. Um show da Pixar.

Podemos também verificar os mais importantes  "mecanismos de defesa" . Bem interessante ler.



Ego - Id - Superego???

            Freud descobriu que dentro de nós existe três forças, por nós termos essas forças a gente consegue pensar nas atividades "corretas" ou "incorretas". Segundo Sigmund Freud, o pai da psicanálise, nosso psiquismo é composto do: ID, EGO e SUPEREGO.
Podemos verificar isso nas crianças pequenas até mais ou menos quatro anos a cinco de idade, onde estão constituindo viver socialmente e dividindo principalmente seus brinquedos dentro da escola, onde é um lugar social. A criança nasce, sente vontade de mamar e chora até essa vontade ser saciada pelo aleitamento materno ou pela mamadeira.

O id é conduzido pelo principio do prazer, onde fica a pulsão de vida, um deposito de toda nossa energia psíquica e embora seus fundamentos sejam inconscientes, influenciam nosso psiquismo.

EGO se desenvolve a partir do ID é a parte que lida com a realidade externa. O EGO fica entre o ID e o Superego. Ele é que faz a mediação entre os dois extremos.  O Ego possuí funções inconscientes, como é o caso dos mecanismos de defesa.

O SUPEREGO é a última porção de nossa personalidade a se constituir e se forma a partir do EGO. O SUPEREGO é o depositário de nossos valores morais, das regras de conduta, se forma da educação ensinada e cobrado dos pais e pela sociedade. O SUPEREGO atua como um juiz sobre nossos pensamentos e ações, nos alertando acerca do que é certo ou errado, do que podemos ou não fazer. Segundo Freud, o SUPEREGO se forma a partir dos cinco anos de idade aproximadamente.
Formado a partir do Ego o Superego é o que ordena os valores morais, da nossa conduta, muitos dizem que é a índole da pessoa, de boa família teve uma ótima educação, que é passado dos pais para os filhos. Atua como um juiz ditando as regras e cobrando, muitas vezes alertando o certo e o errado. Segundo Freud, o Superego se forma a partir dos cinco anos de idade aproximadamente. Para termos uma personalidade saudável temos que ter equilíbrio entre essas três forças psíquicas.


Imagem disponível e acesso em: 






terça-feira, 10 de novembro de 2015

Refletindo sobre primeiros anos dentro da escola

Fazendo as atividades dessa interdisciplina, faz com que aflorem antigos questionamentos sobre alguns  relatos de amigas, pais de alunos, e até mesmo de algumas colegas que exercem  a profissão há mais tempo que eu. Por qual motivo ao entrarem na escola os alunos logo perdem o interesse pela mesma? O que estamos proporcionando para essas crianças continuarem gostando do ambiente alfabetizador, da escola, do professor e que a cada dia queira voltar espontaneamente?  
Uma vez escutei de um professor que "temos que todos os dias conquistar nosso aluno", fazendo  com que sinta prazer em estar naquele lugar, e ficar aberto para construir seu conhecimento através das trocas diárias entre seus pares e com os educadores. Parece simples, mas não é!
Educadores do jardim e das séries iniciais devem estar cientes que esse primeiro nível de aprendizagem, interação com colegas é a estrutura para as demais séries. Aqui na educação infantil e nas séries iniciais podemos desencadear uma verdadeira explosão de sentimentos positivos ou negativos  a respeito do é aprender, e o que eles vão sentir a respeito da escola.
Complicada e muito importante nosso papel diante dos novos integrantes da escola. Nessa fase não podemos deixar eles perderem os sonhos, as fantasias e suas ilusões. A instituição disciplina e vai moldando esse futuro cidadão.
O professor tem que observar como esse aluno é constituído e como ele adquire seus conhecimentos. O aluno somente vai construir o seu conhecimento em cima das suas práticas e esse aprendizado deve ter significado, se não logo perderá a vontade de aprender. sempre fazer de sua práticas algo que esteja dentro do contexto de suas necessidades e lincando com seu cotidiano. Toda essa prática deverá tem logica com a vida do aluno para ter um significo mais importante.

"Não podemos  podar a criatividade dos educandos... precisamos dar liberdade para poder construir o aprendizado de forma significativa"




quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Freud


Sigmund Freud

Quando iniciei minha caminhada no magistério, eu tinha uma colega que quando falava de alguns assuntos particulares ela sempre dizia que Freud explicava tudo sobre os meus sentimentos e questionamentos. Com tempo parei de falar com ela e comecei a observá-la achando que ela era um pouco fora da casinha, mas tudo bem, de médico e de louco todo mundo tem um pouco. 
Ao decorrer daquele ano letivo tivemos aula de psicologia do desenvolvimento não achei que Freud era o 'cara' como ela falava com tanto entusiasmo. Como todo aluno só aprende e entende o que tem interesse, eu não estava no momento com esse entusiasmo todo. Li o que tinha de mais importante para aquele momento, e mais tarde retornei a ter aula sobre Freud na faculdade de Ciências da Natureza, outra vez passou todos seu conteúdo meio despercebido.
Quem diria que iria encontrar novamente esse ilustre homem, pela terceira vez na minha vida, mas hoje diferentes das outras vezes estou com mais interessante, curiosa para ler suas obras, suas pesquisas. Acho que com tempo amadureci, ou seja Freud, explica!
Com pouco que estudei sobre ele e suas teorias, percebo que muitas vezes me vejo observando meus alunos e quase todos ao meu redor. Estou achando fascinante como ele conseguiu estudar sua vida toda sem cansar.
Então aos poucos vou compartilhando o que estou aprendendo sobre ele, espero que um dia possa ajudar alguém. 


Considerado como o pai da psicanálise, Freud nasceu no dia 06 de maio de 1856, em Freiberg, pequena cidade da Morávia, que, na época, pertencia à Áustria e hoje está anexada à Tchecoslováquia. Seus pais eram judeus, e foi com essa identidade cultural que Freud costumou se reconhecer ao longo de seus 83 anos de vida. Quando tinha 4 anos, sua família mudou-se para Viena, onde Freud viveu quase todo o resto de sua vida. De lá saiu aos 82 anos, para morar em Londres, onde morreu, a 23 de setembro de 1939.
Proveniente de uma família numerosa, Freud era o mais velho dos oito filhos nascidos do segundo casamento de seu pai. Embora, ao vir ao mundo, já contasse com dois meios-irmãos, era, de fato, o primeiro filho de sua mãe - e o mais querido. “Mein goldener Sigi” (“meu Sigi de ouro”), era domo costumava chamá-lo, mesmo quando ambos estavam entrados em anos.


Refletindo sobre os textos e a historia da educação...

Desde o primeiro dia de aula nessa interdisciplina comecei a pensar no passado, nas minhas lembranças que ficaram na memória e como tudo isso é importante para o nosso desenvolvimento.
Sempre achei muito interessante quando meus avós contavam histórias de sua infância, acontecimentos na área política, quando aconteceu o regime militar, o modo que meu avô idolatrava o presidente Getúlio Vargas.
Claro pra mim parecia tudo um conto, mas na verdade muitas dúvidas ficaram pairando em minha cabeça. Hoje olhando a atividade da semana oito, com o túnel do tempo, veio de novo aquela curiosidade de como foi viver naquela época. Curiosidade que não sei se é por causa que temos uma vida corrida ou por falta de hábito de pesquisar, mas acho que agora estou tendo mais uma oportunidade de procurar tirar minhas dúvidas e ler mais sobre aquela época.
Com os textos estudados pude perceber que nem tudo foi conquistado até hoje com facilidade, imagina ter uma época que não existia infância, e que as crianças eram tratadas iguais a um adulto, nem quero pensar as maldades que faziam com elas. Desde trabalho escravo até outros tipos de violência.
Não existiam escolas, e muito menos professores, tempo que somente os filhos homens de ricos eram ensinados dentro de seus lares, meninas nem pensar em querer saber algo a cerca de livros e números. Muito chocante! Imaginem os pobres que tinham que trabalhar muito para poder ter o que comer. Seus filhos eram ensinados pelos adultos, e desde muito cedo eram levados para roça.
Com tempo quem tinha dinheiro claro, começaram a pensar o que fariam com as crianças, que deu para perceber que naquele momento bem sabiam que eram pequenas e não serviam para muita coisa, então inventaram a infância e como a igreja era no momento a única instituição que poderia abrigar e educar, então foram levadas para saírem de lá somente depois de grandes e educados.
Os filhos de prostitutas, pessoas sem posses também eram levadas, mas essas a igreja dizia fazer caridade com elas, mas colocavam elas para trabalhar dentro dos estabelecimentos para pagar sua comida e guarita. 
Com o tempo as coisas vão melhorando, mas ainda a igreja quem comandava tudo.
Podemos verificar ainda hoje que apesar de tantos seculos se passarem isso não mudou muito. Aqui no Brasil ainda encontramos crianças sem escolarização, a educação não é valorizada com baixos salários e as escolas com estruturas física danificadas. 
Em locais onde encontramos pessoas com baixa renda, dentro de algumas conversas observamos que eles acham que escola e aprender é perca de tempo. Preferem que os filhos vão para o trabalho cedo em vez de estudar para conseguir melhor emprego depois.
Sei que temos muitas pessoas que são contra as cotas, bolsas de ajuda do governo, mas são por causa dessas bolsa escola, família, que as famílias de baixa renda obrigam e mantêm seus filhos ainda dentro da sala de aula. Claro que essas crianças tem um rendimento muito baixo, assim como sua auto estima, mas o pouco que ali aprendem vamos pensar que alguns séculos atrás isso não acontecia. Por isso mesmo com uma baita contradição dentro de mim ainda vejo como um recurso bom para com elas. 
E nós professores (as) temos que nos dedicar muito para chamar atenção e tentar fazer com que esse pensamento que esta inculcado dentro de cada criança se quebre e ela reconheça que estudar é o melhor negócio para seu futuro. 

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Mapa Conceitual de Emília Ferreiro


        A partir de alguns estudos na interdisciplina Fundamentos da Alfabetização sobre Emília Ferreiro tentei montar meu primeiro mapa conceitual. 
           Tenho que aperfeiçoar a técnica e os conceitos. Assim como as crianças vão aprendendo aos poucos nós também.





domingo, 27 de setembro de 2015

Refletindo sobre alfabetização segundo Emilia Ferreiro

Lendo os artigos e olhando os vídeos da interdisciplina sobre alfabetização com Emília
Ferreiro, olhei um vídeo que aborda as Reflexões sobre Alfabetização - Emilia Ferreiro. Gostei e fiquei mais curiosa para estudar mais sobre suas pesquisas.
Segue o vídeo:



quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Concepção de criança, infância...


Hoje lendo as postagens do fórum fiquei curiosa e fui buscar o significado de infância, então abri um artigo sobre "Concepção de criança" li e gostei, mas tenho que me aprofundar mais nos teóricos da área para saciar minha curiosidade. Deixo o link para quem quiser dar uma lida, eu gostei, fica a dica:

Concepção de criança: uma inteseccção entre Piaget, Vygotsky e Wallon


Acesso em 17/09/2015.

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Motivos que me levaram a ser educadora

Lendo uma notícia do Yahoo hoje lembrei de um fator que ficou guardado na minha infância, ou  seja tinha onze para doze anos então como não havia o termo "pré-adolescente ou adolescência", me considera criança ainda. Criada pelos meus avós, num tempo que não havia leis que seguravam pelas crianças e adolescentes, reprovei no sexto ano, e minha avó me tirou da escola e colocou a trabalhar como ajudante de uma senhora onde posso dizer que aprendi muito com ela, mas minha vontade de estar na escola era muita, e ainda tinha vontade de brincar e ir à escola.
Então ao ler essa reportagem fiquei feliz e vejo como as politicas educacionais melhoraram o Brasil, e temos que levar mais a sério quando se trata de educação, criança e saúde.
Deixo aqui o link para que possam ler e refletir como eram criados nossos avós, pais, e qual era a importância para eles que seus filhos tivessem uma educação.
https://br.noticias.yahoo.com/proibida-de-ir-à-escola-na-infância--aposentada-aprende-a-ler-aos-74-anos-150951245.html

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Refletindo sobre a primeira aula...

A importância do olhar do professor!


Primeira aula da interdisciplina Fundamentos da Alfabetização foi bem instigante, a professora trouxe atividades que estavam escritas em outra língua, e como nossos alunos conseguimos analisar alguns códigos que sabíamos que já havíamos visto em outros lugares. Então aos poucos com a ajuda da professora fomos conseguindo visualizar e fazer as atividades propostas. 
Na pele senti o que meu aluno que ainda não sabe ler ou aquele que esta quase aprendendo. No nosso caso somos professoras adultas, e mesmo assim sofri uma inquietação enorme, em um momento senti que não ia conseguir decifrar a leitura daquela escrita diferente, e quando entendi como fazer, foi um alívio enorme, imagino que eles muitas vezes se sentiram ou sentem dessa forma. Por isso temos que ter paciência, carinho e ter muita atenção quando estamos lhes mostrando coisas novas. E com essas atividades da professora compreendi que não adianta muito a colega falar, nós temos que elaborar toda a situação dentro de nós.
A outra atividade que julgo boa de postar aqui foi o relembrar como foi minha alfabetização que não foi tranquila, devido a isso muitas vezes acabo fugindo de trabalhar com os pequenos que estão nessa fase. Esperem que gostem da minha história e deixem seus comentários! 

Minha experiência e inquietação no início da alfabetização


Como toda criança que é criada sozinha sem outras crianças querem logo entrar na escola com sonho de fazer amizades, aprender a ler, desenhar, pintar, levar lanches, enfim ir para um mundo novo. Eu não era diferente, da minha casa, na janela do meu quarto avista de longe a escola que um dia ia frequentar, e às vezes dependendo da direção do vento escutava a sineta.
Todos os dias quando via as crianças passando com suas pastas e uniformes indo para a escola, não via a hora de também ir também. Então chegou o grande dia, minha avó mandou fazer todo meu uniforme na costureira me achei bonita com o uniforme. Fui para a escola e minha turma era boa com muitas crianças para poder brincar e conversar, mas logo chegaram às atividades e não conseguia fazer o que era solicitado e quando fazia ficava feio, então ficava conversando com a colega ao lado.
Foi difícil minha alfabetização ficando várias vezes de castigo e nunca copiava do quadro. Resumindo hoje me lembrando desses dias fiquei com pena da minha professora Eloa, ela teve muita paciência e teve que me disciplinar para eu poder aos poucos aprender. Por causa da minha conversa lembro que ela fez com que sentasse com todos da turma, mas sem sucesso, por que amava conversar, com as meninas falava sobre bonecas, com os meninos o assunto era bicicleta, futebol, bolitas e figurinhas, e até levava para trocar com eles falava com todos. Até ela me colocar com a Karla com “K”, essa não abriu a boca o ano todo. Os testes de leitura eram feito ela e a professora, ela tinha cabelo ruivo, sardas no rosto e olhos bem azuis, parecia uma boneca, sentada com ela eu falava por ela e por mim. E as atividades que era bom, nada!
Muitos bilhetes foram entregues para minha avó, o castigo pegava, tomava surras de chinelo da minha avó, eu chorava, mas de volta na escola seguia o mesmo percurso. Nem lembro quando comecei a ler, sei que foi traumático, pois não lembro. Quando menos a minha avó esperava estava lendo as placas de transito, nome dos ônibus, e tudo que via, lembro que ela ficou tão feliz que me deu minha primeira boneca da estrela, ela tomava chá e fazia xixi .Foi o meio dela dizer parabéns pelo meu esforço, já que não era costume a gente ganhar brinquedos, pois a crise estava sempre pegando.
Depois de muitos anos em Porto Alegre, fui pagar uma conta no centro e vi minha professora de longe e cheguei nela em seguida quando falei com ela recordou de mim imediatamente, e ainda completou: “Andreia, não mudaste em nada” amei que ela se lembrou de mim, tenho certeza que naquele ano fui seu pesadelo.
Logo no início do ano letivo lembro que a professora trabalhou muito a coordenação motora fina, pois muitos alunos não tinham passado pelo jardim, e não sabiam nem pegar no lápis direito, eu conseguia, mas minhas pinturas eram feitas em todas as direções. Fizemos muitos trabalhos como rasgar papéis com as mãos, fazer bolinhas de papel com crepom e colar nas figuras, modelar massinhas, ligar os pontos e passar por cima, desenhar traços geométricos e pintar dentro dos limites dos desenhos, recortes e colagens diversas para dar início em seguida nas letras e começar a alfabetizar.
Todas as aulas eram muito tradicionais, a turma tinha que fazer tudo em silêncio, e falar somente quando solicitado, as atividades com as letras e demais com sílabas e posteriormente com palavras era copiadas do quadro e também tínhamos duas cartilhas uma de matemática outras com pequenos textos de português e atividades para fazer. Todos os dias tinha tema de casa no caderninho de tema, onde lembro que muitas vezes minha avó pegava na minha mão para me ajudar a fazer as letras. O preenchimento das linhas com letras script, cursivas, maiúsculas e minúsculas, muito caderno de caligrafia para deixar a letra uniforme. Copiar do quadro isso quase nunca conseguia, pois conversava e não consegui fazer direito, ficava tudo feio, meus primeiros cadernos pareciam de menino eram totalmente rabiscados e com muitas orelhas.
Mas pra mim era tudo difícil e os trabalhinhos dos colegas sempre foram mais bonitos do que os meus. Tive que treinar tudo muito para ficar bom, no meu ponto de vista. Uma coisa que marcou muito em mim foi que a maioria dos colegas tinha canetinhas coloridas eu não. E eles não emprestavam, pois suas mães não deixavam e isso me deixava triste, era uma criança muito tímida, apesar de falar muito.
E assim foi minha primeira experiência dentro da escola, mas apesar de tudo era muito bom estar dentro da sala de aula.
Hoje como educadora não sei se podemos descartar totalmente a educação tradicional, pois naquele tempo apesar de ser um pouco rígido e traumático a educação funcionava um pouco melhor, a gente via que as crianças pareciam estudar mais e suas famílias se preocupavam mais. As reuniões com os pais eram realizadas no sábado pela manhã eram lotadas, nós quando aprontávamos na escola e os pais eram chamados eles compareciam e de alguma forma a criança não fazia novamente aquela arte. Muitos conteúdos tipo a tabuada eram verdadeiras decorebas com provas orais, mas com o tempo a gente descobria como era construída. A gente tinha que ler e falar sobre o que tinha lido e isso fazia com que procurávamos a biblioteca semanalmente, coisa que hoje muitas escolas nem tem esse espaço para seus alunos pegarem livros.
No meu entendimento devemos mesclar com ponderação o modo de ensinar, fazendo com que nossos alunos queiram aprender e que a escola seja acolhedora, como o diz o ditado “a escola é nosso segundo lar”. Tudo mudou e temos que seguir as mudanças e usar toda a tecnologia a nosso favor e não deixar ela fora da sala de aula, isso estamos vendo nas nossas aulas pelo PEAD, que esta abrindo minha mente a cada dia, revendo alguns conceitos que já estavam solidificados e agora estou revendo cada um deles.
Sem que a gente queira, nossos alunos mesmo não estando letrados e alfabetizados na língua materna, que é o português, eles tem uma desenvoltura enorme com as tecnologias, então podemos sim adaptar essa questão para nossas aulas.
Fico totalmente triste quando não consigo completar meu objetivo como professora alfabetizadora já que hoje temos três anos para poder concretizar essa tarefa, e realmente não sei como agir diante uma criança que se fecha para a sua evolução do seu conhecimento. Como abrir esse bloqueio que se arma em sua volta? Quero aprender como poderei ajudar crianças com essas dificuldades.