terça-feira, 25 de setembro de 2018

Iniciando o estágio na EJA etapa II e III


Depois de toda a ansiedade que estava sobre o estágio, quem seria meu professor orientador, e meu tutor ou tutora, no dia 13 de setembro descobri e logo recebi e-mail da tutora Vanessa e do professor Rafael. Nas minhas reflexões e sentimentos que agora não me encontrava mais sozinha nessa caminhada teria alguém para poder me responder pontualmente sobre meus questionamentos. E o anseio de iniciar o quanto antes já tinha data para entrar na sala de aula, dia 17 de setembro, ia me apresentar como professora estagiária da turma da EJA etapa II e III.
Fui à escola na sexta-feira dia 14 de setembro avisar que meu estágio ia começar na segunda, dia 17, a minha supervisora Viviane ficou contente dizendo seja finalmente bem vinda, a professora esta a sua espera. Fiquei feliz em escutar aquelas palavras da vice-diretora Viviane, assim vou me sentindo mais de “casa”, apesar de que a escola já não é tão estranha para mim.
Esse estágio teria que ter iniciado no máximo na segunda semana de agosto, mas infelizmente me atrapalhei um pouco em terminar o primeiro semestre, e acreditei que teria que terminar para poder dar andamento no estágio e nos documentos, assim entregando toda a documentação para análise da UFRGS somente no dia 23 de agosto. Estou um pouco apreensiva com relação ao tempo, pois terei pouco tempo para realização das minhas práticas, que no meu caso como estou fazendo no turno da noite, e as quartas-feiras temos aulas presenciais ficará um dia a menos de aula acrescentando no final mais nove dias.
Na semana do dia 17 à 21 de setembro fiquei sabendo que as aulas terminaram provavelmente antes do dia 14, pois a principio as formaturas acontecerão dia 14 de dezembro. E outra vez começa minha preocupação com vou conseguir realizar todos os dias do estágio?
Em fim tirando todas essas preocupações e acontecimentos da primeira semana de observando a turma e a maneira que a professora se relaciona com os alunos, e logo depois com a conversa que tivemos ao longo do primeiro dia na sala de aula vejo que ela sente que os alunos são seus, e por isso poderá sentir um pouco de ciúmes da turma comigo, mas logo deixei claro que estou ali naquele momento para aprender com ela, acrescentar na aprendizagem da turma, e quando coloquei que a gente faça uma docência compartilhada, mesmo que eu tenha que ser a professora por algumas semanas, eu gostaria que ela ficasse em sala de aula comigo, que ela possa interagir junto, dando um apoio ou até mesmo fazendo inserções quando necessário, ou mesmo querendo explicar algum conteúdo, ela respondeu que não ia mesmo me deixar sozinha com os alunos na sala, que não era do feitio dela fazer isso. Nesse momento me pareceu que desceu de volta dela uma armadura, e seus olhos sorriram, pois fui bem pontual com ela.
Em um dado momento conversando sobre os planos de aula, ela me disse assim “ tu sabes que todo teu planejamento, e o que for dar para os alunos deverá passar por mim?!” Sorri carinhosamente de volta respondendo que sim, e que gostaria de planejar junto com ela, pois não quero fazer nada incoerente que venha prejudicar a aprendizagem e o crescimento dos alunos.
Conversando com a Ângela na segunda-feira dia 24 de setembro ela me disse que o meu projeto pedagógico deverá trazer o lúcido para sala de aula, mas cuidando para não infantilizar os conteúdos, a maneira de dar as aulas, pois devemos respeitar a idade dos alunos. Fiquei feliz em ter tido aulas maravilhosas com os professores de todas interdisciplinas, pois me lembrei deles, principalmente da interdisciplina da EJA com  a professora Aline, nos dizendo em muitos momentos sobre esse “respeito” a idade que os jovens e adultos têm, do respeito a sua vivencia que tem, pois estão em busca da alfabetização formal, mas essas pessoas trabalham e trazem consigo muitas experiências de vida.
Não tem como não se emocionar dentro de uma turma da EJA, e o querido mestre não sai dos meus pensamentos Paulo Freire, onde conseguiu fazer da educação de jovens e adultos ser algo muito significativo. Essa pessoas que voltaram aos bancos escolares em busca de conhecimento, da leitura, de aprender a calcular, em fim, estão em busca do conhecimento formal eu espero sinceramente que consiga ajudar eles a construir esses conceitos e conhecimentos, pois vou me sentir uma pessoa melhor, onde vou devolver um pouco do que toda a sociedade me deu, pois se hoje estou estudando e quase realizando meu sonho que um diploma universitário é devido a muitas pessoas como essas das turma de EJA, assim como meu avô que não pode estudar, e aprender a ler, e que trabalhou nesse Brasil muito, com isso  contribuindo bastante para que eu tivesse um ensino gratuito. Esse foi um dos motivos que me levou a escolher a EJA para fazer minha prática docente final.