terça-feira, 31 de dezembro de 2019

Compreendo a escola


 

Lendo a postagem do ano passado sobre setembro e recordando minha primeira tentativa de estágio que não consegui realizar, fiquei muito frustrada.

E quando fui nomeada esse ano, assumi uma turma de terceiro ano na mesma escola. E consegui compreender que a escola no final de agosto já inicia com o projeto chamado de Querência Farroupilha, e com isso toda a escola participa ate final de setembro e a turma que ganha a competição recebe premiações. Tudo muito lindo e organizado, onde vivenciei muitas coisas boas que fazia tempo que não via.

A minha turma notei que os pais não são tão engajados com as atividades da escola, e às vezes a gente perdia muita pontuação. Eu mesma não tinha entendido a verdadeira mensagem desse projeto.

No entanto participamos de tudo ativamente, mesmo com a ausência e a pouca inspiração de muitos. O importante que consegui conversar com minha turma para que eles se dediquem mais nos próximos anos, pois quando chegarem ao nono ano quero os vereles ganhando vários elogios e muitos passeios.

Ainda tenho muito para aprender com os outros professores, mas em 2020 vou fazer melhor que em 2019. Agora sou macaca velha e já sei como tudo funciona.

Além disso que me chamou atenção é que os alunos da EJA não gostam muito de participar, pois no ano passado meu estagio era na EJA Etapa II e III. Os alunos eram muito desunidos, e andei observando algumas aulas da professora, e num desses dias aplicou uma prova onde o resultado foi muito negativo para a grande maioria. Os poucos que conseguiram usaram calculadora em contas básicas de somar.

Sei que o processo é avaliativo e deve promover o aluno, mas em um dado momento temos que saber se esse aluno sabe ou não o conteúdo. Eu faria diferente sem eles usar tabuada ou calculadora, e com isso estimularia o aluno a raciocinar, pois é isso que eles devem fazer. Calcular, pensar, montar a conta e saber como faz aquela operação.

Faria muitos outros trabalhos envolvendo essas quatro operações. Sei o quanto é difícil a gente atender alunos tão distintos e com níveis diferentes, mas temos que planejar os meios que vamos construir essas o aprendizado com os alunos. Percebo hoje que podemos trabalhar parecido com que trabalhamos nos anos iniciais, porem não devemos infantilizar os exercícios que vamos passar para os alunos da EJA, a não ser que esse aluno (a) esteja com laudo e comprovadamente tenha idade mental menor do que podemos saber.

Foi uma ótima experiência poder trabalhar com uma turma de EJA, o aluno que volta em busca do certificado e do diploma ele tem pressa. Ele custa a se adequar dentro da escola de hoje. Eles estavam acostumados a receber tudo pronto, ou copiar, e copiar. A escola de hoje tem um didática diferente, onde temos que nos apropriar das tecnologias, do mundo digital, da reflexão com pensamento crítico, revendo conceitos anteriores de outrem. Esse aluno custa se adequar aos moldes da educação atual. E muitos chegam a escola se achando e se chamando de burro, e isso me deixava muito triste, pois em algum momento eles eram muito depressivos. E cabe ao professor fazer com que esse aluno erga a cabeça e comece a levantar sua alta estima. Espero que o pouco que tenha ficado com essa turma eu tenha deixado um pouco da essência de ser um professor que tenha atenção.

 

Primeiras reflexões sobre as observações da EJA etapas II e III.  Disponível em: https://andreiamanoelgodinho.blogspot.com/2018/10/primeiras-reflexoes-sobre-as.html Acesso em: 31/12/2019.

A arte de ensinar


Em didática foi apresentado pelo professor Prof. Johannes Doll o pai da didática Iohannes Amos Comenius, João Amos Komensky, mais conhecido como Comenius, e o significado de didática é “A Arte de Ensinar”. Sempre escutei nos corredores das escolas falarem que tal professor tem o dom de ensinar, ou tem didática. Eu pensava que aquilo tinha nascido com a pessoa e ao longo dos anos foi se aprimorando. E agora sei que para se ter a arte de ensinar em primeiro lugar tem que gostar de criança, fazer como cientista e parar para observar como cada criança aprende. E quando digo gostar é também ter empatia pelos nossos alunos, pois somos seres distintos e devido a essa especificidade construímos nosso aprendizado de maneiras distintas.
Voltando ao pai da didática como é conhecido, esse pesquisador, tinha uma visão grandiosa mesmo naquele tempo. Na didática Magna: Tratado da Arte Universal de Ensinar Tudo a Todos” ou “Processo seguro e excelente de instituir, em todas as comunidades de qualquer Reino cristão, cidades e aldeias, escolas tais que toda a juventude de um e de outro sexo, sem exceptuar ninguém em parte alguma, possa ser formada nos estudos, educada nos bons costumes, impregnada de piedade e, desta maneira, possa ser, nos anos da puberdade, instruída em tudo o que diz respeito à vida presente e à futura, com economia de tempo e fadiga, com agrado e com solidez”. Em outras palavras ensinar e educar uma criança ou adulto para se transformar num cidadão apto a refletir e saber seus direitos e deveres diante da sociedade.
Nas minhas aulas sempre pensei assim, pois todos nós somos iguais sem distinção de etnia, crenças, e muitas vezes temos que combater esse mal da sociedade que encontramos em crianças em tão pouca idade. Para ensinar temos que nos apaixonar, conhecer, ter empatia, saber escutar, ter um ambiente alfabetizador claro, prazeroso onde nossos alunos queiram voltar. Todos os alunos na sala de aula e escola devem-se sentir acolhido, saber que ele é importante para que aquele ambiente seja bom. Assim facilitará o ensino-aprendizagem de todos os dias. E voltando a didática hoje entendo que temos que ter sensibilidade o suficiente para cada dia aprender a lecionar, pois a arte de ensinar é fundamentada a cada dia dentro da sala de aula junto com os nossos alunos, e que todo o momento que paramos para planejar o que vamos ensinar e para quem vamos ensinar. Pensando sempre em cada aluno que estamos formando. E não se frustrar quando algo planejado não da certo.

Disponível em: Pai da Didática “Iohannis Amos Comenius”, João Amos Komensky

 Disponível em: https://andreiamanoelgodinho.blogspot.com/search/label/DID%C3%81TICA

Acesso em: 31/12/2019


Até quando vamos ter medo do novo


 

A postagem realizada sobre as TICs aborda duas escolas com referencial bem distinto, uma particular onde encontramos todo o material pedagógico e infra-estrutura completa para podermos trabalhar com os alunos. E esses alunos por possuírem uma classe social mais abonada têm uma realidade diferente das crianças das escolas públicas, e aqui trago em especial as escolas estaduais onde estão muito sucateadas.

Na primeira escola os professores devem estar capacitados e nos laboratórios de informática existe um profissional que cuida da sala e do equipamento e também dá suporte para os professores, e laboratório de matemática mais usado pelas turmas de séries iniciais também encontramos uma professora de matemática que trabalha com jogos, jogos que se usa a informatização. Os laboratórios de ciências, química e física, esses são os professores de cada disciplina que planeja e usa o ambiente, onde ele mesmo cuida da organização junto como os alunos.

E nada melhor que sair da sala de aula e ir fazer experimentações nos laboratórios, usar as tecnologias para melhorar a exemplificação de dentro da sala de aula.

Como Fernando Becker coloca em uma de suas palestras, que as escolas deveriam ter mais laboratórios e menos salas de aula. A criança esta com muita energia e precisa extravasar, e confesso que eu com quase 43 anos entrei pela primeira vez num laboratório de biotecnologia e observei uma célula de uma cebola conseguindo ver tudo dentro dela e foi para mim a melhor aula que tive. Foi mágico ver que aquilo que estava nos livros era verdadeiro, pois eu mesmo preparei a lamina no laboratório. E foi tudo muito simples. Só ter um microscópio bom, e as laminas para poder preparar tudo e observar logo após.

Mas aqui venho falar mesmo é dos laboratórios de informática em algumas escolas estaduais que são precários, eu mesmo no meu estagio não consegui usar nenhuma tecnologia, nem mesmo meu telefone, porque bem no inicio do estagio havia perdido ele. Não consegui passar nenhum filme, não escutamos nada de música, bom digo que meu estagio foi péssimo. Eu mesmo queria ligar os computadores e ver o que havia neles, e a escola também não possuía internet.

Agora desde que iniciei no Município temos aula nas salas de mídias com os tablet. Podemos olhar vídeo, tem internet onde podemos olhar online vídeos do Youtub  para ilustrar alguma atividade que estamos trabalhando em sala de aula. A partir de agosto o iniciamos com a aula digital onde o Município assinou um contrato com a VIVO telefônica e cada escola recebeu a maleta digital, essa maleta vem equipada com tudo que possamos dar uma aula digital para os alunos. Mas é um sistema fechado que somente podemos usar inserindo aulas no sistema, e o sistema já pré preparado com muitas aulas de vários assuntos e conteúdos. Cada aluno tem um tablet e ele deve inserir nome e senha para fazer o login. Mesmo sendo um programa fechado onde não podemos acessar a internet e pesquisar fora daquele ambiente, acredito que já é alguma mudança dentro do sistema, pois muitos dos nossos alunos não possuem e nunca pegaram um celular para trabalhar, olhar desenho ou simplesmente jogar.

A única coisa que temos que fazer é administra muito bem o tempo, os alunos aos poucos vão se acostumando com as novidades, e vamos aos poucos inserindo de alguma forma o mundo tecnológico em nossos alunos.

Mas nisso tudo percebi que existem ainda muita resistência dentro das escolas por parte de professores “tradicionais” se adequarem a essas novidades. Colocando mil empecilhos para não trabalhar uma novidade tão prazerosa para as crianças. Claro no início é bem complicado tudo, mas os alunos aprendem rapidamente tudo. E o que observo é a postura dos professores que trabalham em escola particular e na municipal onde mesmo sendo uma novidade se mostra bem acessível, e se não sabe essa professora não sente vergonha em perguntar e aprender usar as novidades. Acho muito comodismo nas pessoas, e por que ser assim, como vai fazer com que nossos alunos progridam e saiam do ensino fundamental melhor para seguir seus estudos como pessoas questionadoras, sabendo usar um pouco do que o mundo vai lhe cobrar logo.

Gostei muito de tudo que estou vendo acontecer dentro do município de
Viamão, mas ainda esse crescimento deve partir de cada um dos educadores, levar cada gestão a pensar melhor nesses parâmetros. E ainda quero escutar nas conferências, reuniões que as escolas estaduais também estão melhorando. Que elas também estão melhorando e fazendo mais laboratórios de diversas aprendizagens para que os alunos sintam vontade e prazer de aprender.

 

Refletindo um pouco mais sobre Tics na educação. Disponível em: https://andreiamanoelgodinho.blogspot.com/2018/04/refletindo-um-pouco-mais-sobre-tics-na.html Acesso em: 29/12/2019

Educação e Tecnologias da Comunicação e da Informação - 2018_1


domingo, 29 de dezembro de 2019

Por qual motivo algumas escolas possuem laboratório de informática e outras não?


 

A postagem realizada sobre as TICs  aborda duas escolas com referencial bem distinto, uma particular onde encontramos todo o material pedagógico e infra-estrutura completa para podermos trabalhar com os alunos. E esses alunos por possuírem uma classe social mais abonada têm uma realidade diferente das crianças das escolas públicas, e aqui trago em especial as escolas estaduais onde estão muito sucateadas.

Na primeira escola os professores devem estar capacitados e nos laboratórios de informática existe um profissional que cuida da sala e do equipamento e também dá suporte para os professores, e laboratório de matemática mais usado pelas turmas de séries iniciais também encontramos uma professora de matemática que trabalha com jogos, jogos que se usa a informatização. Os laboratórios de ciências, química e física, esses são os professores de cada disciplina que planeja e usa o ambiente, onde ele mesmo cuida da organização junto como os alunos.

E nada melhor que sair da sala de aula e ir fazer experimentações nos laboratórios, usar as tecnologias para melhorar a exemplificação de dentro da sala de aula.

Como Fernando Becker coloca em uma de suas palestras, que as escolas deveriam ter mais laboratórios e menos salas de aula. A criança esta com muita energia e precisa extravasar, e confesso que eu com quase 43 anos entrei pela primeira vez num laboratório de biotecnologia e observei uma célula de uma cebola conseguindo ver tudo dentro dela e foi para mim a melhor aula que tive. Foi mágico ver que aquilo que estava nos livros era verdadeiro, pois eu mesmo preparei a lamina no laboratório. E foi tudo muito simples. Só ter um microscópio bom, e as laminas para poder preparar tudo e observar logo após.

Mas aqui venho falar mesmo é dos laboratórios de informática em algumas escolas estaduais que são precários, eu mesmo no meu estagio não consegui usar nenhuma tecnologia, nem mesmo meu telefone, porque bem no inicio do estagio havia perdido ele. Não consegui passar nenhum filme, não escutamos nada de música, bom digo que meu estagio foi péssimo. Eu mesmo queria ligar os computadores e ver o que havia neles, e a escola também não possuía internet.

Agora desde que iniciei no Município temos aula nas salas de mídias com os tablete. Podemos olhar vídeo, tem internet onde podemos olhar online vídeos do Youtube  para ilustrar alguma atividade que estamos trabalhando em sala de aula. A partir de agosto o iniciamos com a aula digital onde o Município assinou um contrato com a VIVO telefônica e cada escola recebeu a maleta digital, essa maleta vem equipada com tudo que possamos dar uma aula digital para os alunos. Mas é um sistema fechado que somente podemos usar inserindo aulas no sistema, e o sistema já pré preparado com muitas aulas de vários assuntos e conteúdos. Cada aluno tem um tablete e ele deve inserir nome e senha para fazer o login. Mesmo sendo um programa fechado onde não podemos acessar a internet e pesquisar fora daquele ambiente, acredito que já é alguma mudança dentro do sistema, pois muitos dos nossos alunos não possuem e nunca pegaram um celular para trabalhar, olhar desenho ou simplesmente jogar. A única coisa que temos que fazer é administra muito bem o tempo, os alunos aos poucos vão se acostumando com as novidades, e vamos aos poucos inserindo de alguma forma o mundo tecnológico em nossos alunos.

Mas nisso tudo percebi que existem ainda muita resistência dentro das escolas por parte de professores “tradicionais” se adequarem a essas novidades. Colocando mil empecilhos para não trabalhar uma novidade tão prazerosa para as crianças. Claro no início é bem complicado tudo, mas os alunos aprendem rapidamente tudo. E o que observo é a postura dos professores que trabalham em escola particular e na municipal onde mesmo sendo uma novidade se mostra bem acessível, e se não sabe essa professora não sente vergonha em perguntar e aprender usar as novidades. Acho muito comodismo nas pessoas, e por que ser assim, como vamos fazer com que nossos alunos progridam e saiam do ensino fundamental melhor para seguir seus estudos como pessoas questionadoras, sabendo usar um pouco do que o mundo vai lhe cobrar logo.

Gostei muito de tudo que estou vendo acontecer dentro do município de Viamão, mas ainda esse crescimento deve partir de cada um dos educadores, levar cada gestão a pensar melhor nesses parâmetros. E ainda quero escutar nas conferências, reuniões que as escolas estaduais também estão melhorando. Que elas também estão melhorando e fazendo mais laboratórios de diversas aprendizagens para que os alunos sintam vontade e prazer de aprender.

 

Refletindo um pouco mais sobre Tics na educação. Disponível em: https://andreiamanoelgodinho.blogspot.com/2018/04/refletindo-um-pouco-mais-sobre-tics-na.html Acesso em: 29/12/2019

Educação e Tecnologias da Comunicação e da Informação - 2018_1


Pensamento: Dogmático e Crítico


 

Essa atividade esta sendo muito mais reflexiva em cada postagem que leio e percebo o quanto a minha caminhada foi e esta sendo importante para mim. E o PEAD trazendo esse novo modo de ensinar e fazer com que a gente repense tudo que estamos aprendendo, e registrando para agora podermos observar os nossos pensamentos naquele tempo.   

Compreender conceitos novos e colocar eles em prática é uma tarefa bastante complicada, mas verificar que a mesmo antes de saber a definição/conceito sobre pensamento crítico e dogmático eu já usava muito ambos na minha pouca experiência como professora. E na minha vida pessoal usava muito o pensamento dogmático com meus filhos e marido. Aos poucos fui percebendo que esse pensamento dogmático usado por mim não era muito bom, e comecei a mudar meu modo de ser em casa. Pois uma pessoa não pode ser duas coisas, ou seja, não podemos ser críticos e dogmáticos.

Mesmo antes de estar no PEAD eu já fazia com que meus alunos fossem questionadores, e que defendessem o seu ponto e vista. Que procurassem ser verdadeiro, autêntico referente a assuntos que a gente trazia para pesquisar e compreender. Pois como disse na postagem é dever do professor instigar os alunos a serem críticos, e não aceitar uma resposta pronta, saber ter posicionamento e defender suas ideias.

Tenho certeza que eles foram para o quarto ano em situação muito diferente e como essa turma muito difícil, onde a professora do quarto ano que já foi professora deles do segundo vai estranhar muito, pois eu já sentia diferença de quando comecei lecionar em março, e como estavam na última semana.

Pensando crítico e dogmático Disponível em: <https://andreiamanoelgodinho.blogspot.com/2017/10/pensando-critico-e-dogmatico.html> Acesso em: 29/12/2019 Marcadores: Filosofia da Educação


Trabalhando Questões étnico-raciais na educação Relações Etnica

Após ler e refletir sobre minha postagem e perceber que minha prática em relação às Questões étnico-raciais na educação: Sociologia e História, aos poucos vêm sendo trabalhada durante o ano letivo, mesmo que fica ainda ficou somente na aula dispositiva dialogada a partir de alguns livros que trabalhamos no programa integrado da editora Alfa e Beto. Atuei em 2019 com um terceiro ano, e aos poucos que fui conhecendo a turma percebi que alguns alunos discriminavam outros pela cor da pele. Percebendo isso sempre que podia conversava com eles e lhes fazia questionamentos a cerca dos temas que temos que trabalhar com os alunos e que deveriam de estar inserido dentro do currículo, e infelizmente não observei isso dentro da escola onde atuo. Eu converso, falo, chamo atenção, insiro o assunto sempre que necessário.
A turma começou a mudar seu modo de agir e pensar. Ao entregar a primeira avaliação para os responsáveis dos alunos, e fazer meu segundo contato com esses pais e responsáveis, descobri que tinham alunos naquela turma que desde o primeiro ano vem acontecendo Bullying com algumas crianças, e partindo de outras cinco em especifico. E por isso consegui entender o motivo que tenho uma aluna que não conseguir se desenvolver cognitivamente, e muito menos socialmente. E esses gestos e pequenas falas dos outros vem agredindo outros três alunos quase que diariamente durante o primeiro semestre tive que em muitos momentos parar com a aula e conversar com eles fazendo cada um refletir sobre o comportamento que estavam tendo uns com os outros.  
E quando comecei trabalhar com eles dessa forma percebi o quanto foram melhorando a forma de uns tratarem os outros. Falei com eles sobre os africanos que foram trazidos à força para o Brasil e para outros lugares do mundo muitos eram reis, rainhas e pessoas importantes em suas tribos, que separavam as crianças de sua família, e nunca mais esses iam poder se reencontrar. Refletiram e falaram que isso é muito triste separar as famílias. Dentro das minhas falas trazia a religião e os costumes que cada povo tem. No caso fiz analogia com os costumes de comida aqui do Sul e com a comida do Nordeste, e eles conseguiram entender e fazer reflexões em cima das nossas aulas dialogadas.
Essa forma foi a única maneira de abordar essas temáticas dentro das minhas aulas, pois não esta escrito como devemos fazer. Na semana da consciência negra levei um amigo meu para dar uma palestra sobre identidade negra, e capoeira, pois ele é professor de capoeira e a partir da capoeira ele trabalha a identidade e ancestralidade africana. Foi muito interessante assistir a aula desse professor de história, pois ele foi fazer licenciatura em história para poder ter fundamentação e poder trabalhar melhor essas questões que temos que trazer para os alunos. Gostaria de ter feito mais atividades com meus alunos sobre essa temática e outras, mas como disse não temos muito tempo para trabalhar outras atividades com eles.
E aos poucos vou melhorando minha maneira de ministrar as aulas, mas sempre trazendo a reflexão, dando o espaço para que os alunos consigam se colocar diante dos assuntos, escutarem os colegas, respeitar o outro, e tudo que falam, pois um dos nossos papéis na educação é fazer com que os alunos consigam aprender de várias maneiras. E além dos conteúdos conseguirem ter um bom relacionamento entre eles de respeito e de comprometimento, conseguindo se ajudar e crescer como um grupo.  
Iniciando o semestre com muitas perspectivas em 30/08/2017. Disponível em: https://andreiamanoelgodinho.blogspot.com/2017/09/iniciando-o-semestre-com-muitas.html Acesso em: 28/12/2019 Marcadores: Questões étnico-raciais na educação: Sociologia e História. Eixo VI

sábado, 28 de dezembro de 2019

Revisando o aprendizado com Jean Piaget

           Como disse em outros momentos esse ano foi muito importante para mim, pois finalmente estou com minha turma. Recebi uma turma de terceiro ano com trinta e dois alunos. A maioria deles estava com oito anos, mas tinha uma aluna que tinha quatorze anos, aluna com laudo de retardo mental entre outros diagnósticos.
A os poucos fui compreendendo essa minha aluna, e percebi no decorrer do tempo que sua fala e sua maneira de pensar eram de criança de no máximo sete anos de idade, e fui buscar dentro da minha pouca bagagem de estudos para ver melhor meio de chegar até ela onde conseguisse ajudar ela construir um pouco da aprendizagem de onde ela sabia. Conversando um pouco mais sobre ela com a sua mãe, a mesma me confirmou que segundo os médicos ela tem cinco anos. E com isso fica um pouco difícil ajudar ela construir a sua alfabetização e a matemática.
Percebi muitas vezes nos testes de leitura onde ela não conseguia juntar as letras, formando as sílabas e posteriormente as palavras. Conseguia reconhecer algumas letras do alfabeto, como as vogais, as letras que compunha seu nome. Os números até nove com as quantidades, às vezes, esquecia o desenho dos mesmos.
Realizei atividades diversificadas, e com isso melhorou um pouco, percebi que a atenção que tinha com ela, e com os demais alunos fez com que tivesse liberdade de realizar atividades orais de interpretação. E assim percebendo um pouco de sua melhora dentro das aulas onde já não tinha tanta vergonha em participar. Por causa dessa aluna voltei a dar uma olhadinha pra verificar que o estágio que esta é o pré-operatório onde a lógica está se formando. E o mais triste que essa minha aluna não vai conseguir evoluir muito, além disso. Percebia até na sua fala uma criança de cinco anos conversando. Claro devido a sua idade e o convívio social aprendeu muitas coisas, e não possui filtro e fala tudo que vê ou escuta em voz alta para todos os alunos escutarem. Aos poucos fui conversando com ela, para que me chamasse para conversar em particular, pois seria melhor de resolver as situações. Ela entendeu e aos poucos algumas coisas foram sendo esclarecidas. Como ela esta nesse período ainda não se dá conta de que coisas certas ou erradas, e quando falava de uma colega, ela não sabia que estaria magoando a mesma.
Com essa pouca experiência percebo o quanto é importante a gente aprender direitinho tudo que nos é ensinado dentro do curso. O quanto temos que ser calmos e compreender os alunos, se eles têm laudo médicos antes de começar a lecionar, ler tudo com atenção, conversar com os responsáveis para analisar como é esse nosso aluno. E aqueles que não possuem laudo, também devemos ficar atentos ao seu comportamento, pois todos os alunos são distintos uns dos outros, e muitos mesmo sem laudo podem apresentar algumas características que temos que cuidar para nunca perder esse aluno.

Jean Piaget, texto e apresentação de Yves de La Taille. Disponível em: < https://andreiamanoelgodinho.blogspot.com/2017/12/jean-piaget-texto-e-apresentacao-de.html>. Marcadores:  DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM SOB O ENFOQUE DA PSICOLOGIA II Data da postagem: 08/12/2017



Disciplina...


Como não consigo dizer não ainda, abraço muitos compromissos e com isso este semestre ficou bem complicado. Pois me convidaram para assumir uma turma de primeiro ano em setembro, relutei negando e explicando os meus motivos, mas como sempre aceitei achando que conseguiria dar conta. Então aqui estou fazendo minhas atividades no final do tempo máximo previsto. Realmente tenho que aplaudir em pé os professores que fizeram esse curso em tempo correto, com todas as tarefas postadas em dia, e que assim já estão formados e muitos fazendo pós ou mestrado. Tenho que justificar meus atrasos, mas não ausenta a minha falta de organização, zelo, disciplina e força para deixar meu cansaço diário e fazer tudo no tempo correto.
Relendo meu Blog de Aprendizagens hoje entendo os objetivos que foram bons, porque registrar nossos pensamentos no período das nossas praticas. Nessa postagem que escolhi trás a reflexão de uma atividade que no inicio achei muito chata, mas depois gostei, pois pude perceber que mesmo sendo uma escrita realizada por outra pessoa, a essência, como me referi naquela postagem é a mesma. E hoje relendo mais uma vez o que escrevi consigo observar muitos erros de concordância nas frases, meu vocabulário continua muito pobre. Cresci muito como pessoa e profissional, pois logo que iniciei o PEAD, não consegui escrever. Tinha um bloqueio forte,
Naquele tempo somente dava aulas particulares e fazia um pouco de tudo para conseguir dinheiro para ajudar no orçamento doméstico. E mesmo sem ter terminado o PEAD, já estou a nove meses lecionando como professora, concursada e nomeada. E logo que comecei a lecionar para minha tão esperada turma, a minha essência de fazer diferente estava aqui dentro de mim. E verifiquei em cada momento o quanto é importante termos uma auto-avaliação critica e se reflexivo, fazendo a turma refletir, questionar, expor seus pensamentos e sentimentos.
Esses tipos de exercício podem fazer com os nossos alunos. Para que o comessem a refletir e construir feedback positivo/negativo do trabalho do colega. Em resposta esse poderá defender o que escreveu e colocar suas intenções. E acredito que aos poucos os alunos começam a se relacionar e perceber que a gente aprende com os colegas.

Refletindo sobre atividades propostas... Disponível em: <https://andreiamanoelgodinho.blogspot.com/2017/05/refletindo-sobre-atividades-propostas.html> Marcadores: Seminário Integrador V Turma B data da postagem: 8/05/2019


terça-feira, 24 de dezembro de 2019

Novas aprendizagens


Revendo essa postagem percebo que em qualquer ambiente de trabalho hoje prevalece aquele trabalhador que sabe trabalhar em equipe. E isso não é diferente dentro da educação, pois fazer trabalho em conjunto com professores de outras áreas do conhecimento deixa nossa prática muito mais valorosa. Os alunos com isso conseguem perceber o quanto podemos crescer com o que fazemos. E ele aprende com a gente, pois com a troca dos saberes é que adquirimos a nossa aprendizagem.
E olhando essa postagem onde confesso em ter problemas de trabalhar em grupo percebo o quanto eu cresci nesse aspecto, pois na escola consegui trabalhar junto a outros professores trocando aprendizagens, tive que em muitas vezes respirar para não ser grossa, e por ver que o modo que a colega estava fazendo errado, mas como faço com meus alunos os deixo seguir o que acham, e aos poucos vão percebendo que deveriam fazer de outra forma. Complicado dividir as experiências com pessoas que não gostam de fazer o mesmo.
Também fui agraciada em ter uma estagiária que pensava que tudo iria se perder, em partes se perdeu porque os alunos voltaram a ser o que eram comigo nos primeiros dois meses de aula. Muitas vezes tive que intervir diante da turma fazendo com que eles a respeitassem, pois ela era professora e logo estaria dando aula para eles como titular. Aos poucos eles foram acostumando com o modo da estagiaria ministrar suas aulas. E nós compartilhamos momentos muito importantes junto à turma de terceiro ano. Espero que ela nunca perca o brilho no olhar, e eu acho que estou começando a melhorar meu trabalho em grupo, pois muitas vezes fizemos grupo nas aulas. E as crianças puderam sentar em vários formatos.
Fizemos um bom trabalho de duplas com a turma, e ela se saiu melhor que encomenda, foi pegando o jeitinho dos alunos, e também teve um olhar bem cuidadoso com cada aluno. Percebi isso quando solicitei para que ela me desse um pequeno parecer de cada um dos alunos. Ela deixou um pouco em haver os alunos de inclusão. Não teve muita paciência e não conseguiu os entender. Mas isso eu aprendi na faculdade e também na prática quando fui estagiária de inclusão na escola Rainha, e isso hoje como professora agradeço muito pela grande oportunidade que tive, pois sem essa prática não sei se conseguiria ser o que sou hoje.

Reflexões do método clínico



Nesse meu pequeno texto reflexivo vou citar “MC” para Método Clinico, para não ter que repetir várias vezes o mesmo, de maneira a abreviar, mas nem sei se isso é correto ou não, mas como esse Blog de Aprendizagem é de minha autoria, para avaliar a autoria das minhas reflexões diante as interdisciplinas estudadas no curso do PEAD, vou tomar essa liberdade.
Analisando a postagem que fiz, e refletindo sobre ela, nota-se o quanto mudou minha vida. Hoje já sou professora da rede pública do Município de Viamão, e percebo agora em loco o quanto é importante esses estudos de Piaget sobre o método clinico para compreender melhor sobre o processo de aprendizagem dos nossos alunos, e saber como e por onde fazer as intervenções pedagógicas.
 Na postagem comentei que queria me apropriar melhor para poder realizar o MC dentro da minha turma, mas infelizmente ainda não tive tempo para isso. Mas após tudo que estudamos dentro do PEAD, e mesmo antes de eu entrar na pedagogia, eu já observava e me fazia muitos questionamentos referentes a essas questões. Agora que sou professora tenho um papel fundamental que é ajudar meu aluno nessa construção. Conseguir compreender o que se passa nessas crianças é muito importante, pois muitas vezes esse aluno precisa muito mais do olhar do professor para que consiga aprender.
Saber compreender esse processo e dar a atenção devida pode salvar muitos alunos do anonimato, ou da simples fala “ele não aprende porque não quer, ou pior porque é burro mesmo”. O saber olhar para criança com essa delicadeza de observar, e perceber que mesmo que ela tenha amadurecido pouco o seu processo de aprendizagem, posso dizer que ela teve um crescimento, que ela não esta mais no mesmo patamar de quando iniciou o ano.
Infelizmente ainda não tive tempo para me aprofundar nos estudos de Piaget sobre o MC, mas logo que surgir um tempinho vou aprender, e assim fazer com os meus alunos, pois considero de suma importância o educador saber sobre o nível de aprendizado encontra-se aquele aluno que esta iniciando o ano letivo.
Reflexão da postagem original disponível em:  https://andreiamanoelgodinho.blogspot.com/2017/ Marcadores: DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM SOB O ENFOQUE DA PSICOLOGIA II Acesso em 23/12/2019.