segunda-feira, 2 de julho de 2018

Um dia especial...


Um dia que não poderia ter sido melhor, cheio de trocas de saberes que incrivelmente sou suspeita em falar, mas adorei muito. Estou hoje bem acostumada com a Educação em EAD, mas esses encontros são muito estimulantes, ou seja, me deixam bem. Para mim foi muito mais que um “Encontro Acadêmico e de Integração do PEAD na FACED”, pois muitas colegas do curso ainda não conheciam a sede central da UFRGS, com essa atividade presencial puderam conhecer. 

Conheci a brinquedoteca onde fiquei sonhando em construir uma na escola que for atuar, ou de sugerir um espaço assim dentro das escolas da minha comunidade, pois em dias de chuva e muito frio as crianças poderiam ter o que fazer. Tudo muito organizado e com muito zelo conhecendo esse espaço quis voltar a brincar, quando somos crianças brincamos muito, e o tempo voa, e muitas vezes queremos ser adultos. E hoje percebo quanto é bom ser criança com sonhos, aventuras, brincadeiras a gente viaja em muitos mundos e lugares, e como professora agora temos que fazer com que as nossos pequenos curtam a idade que tem, sem querer pular etapas, convidar essa criança a querer brincar, se soltar, ser ela mesma.
Nunca visitei o museu da UFRGS, então é bem vergonhoso, pois faz muito tempo que frequento os espaços da universidade, mas acreditem faltou tempo e oportunidade, até que hoje conheci. Um breve histórico do que foi aquele prédio e logo depois sendo um museu. O mundo é pequeno mesmo, até encontrei um colega do curso técnico em biotecnologia do IFRS, que agora faz história, e tem monitoria no museu.  Havia exposto fotos de pessoas e locais que conheci no curso de extensão Territórios Negro, uma até deu saudades do curso.


Tivemos uma roda de conversa com professores das etapas de ensino que vamos fazer o estágio no próximo semestre, para mim achei que na conversa realizada por cada um era que estavam vendendo e tentando a gente escolher um dos três modalidades, e com certeza fiquei bem instigada a fazer meu estagio ainda mais forte para alunos da EJA, não sei se vou conseguir.
Para abrilhantar mais ainda nosso dia, tivemos o ilustre e famoso Professor Doutor Fernando Becker realizando uma palestra para nós. E olhar ele ministrando sua palestra pessoalmente é muito melhor que online, ele é uma pessoa muito inteligente e nos diz com clareza como devemos fazer com nossos alunos, e numa simplicidade enorme. Por ele ser muito famoso dentro da área da educação, quase todas as alunas queriam tirar fotos com ele, e foi bem engraçado, pois ele era só sorrisos.
E para finalizar tivemos roda de conversa,onde tive a oportunidade de estar na roda de conversa Temática 3: Transtorno TDH no Contexto Escolar, com a psicóloga Giane Sicilliani da Rosa onde ela esclareceu muitas dúvidas e nos forneceu muitos modos de trabalhar em sala de aula com alunos que apresentam esses transtornos. Além disso comentou que a criança poderá ser diagnosticada a partir dos sete anos, pois até essa idade as crianças podem apresentar instintos parecidos com os sintomas da TDH devido os neurônios deles ainda fazem sinapses muito rápidas, e nessa fase dos sete para cima a criança vai se adequando ao mundo exterior da comunicação, e modo de agir, começando a ficar mais tranquilo aprendendo as atividades propostas pelo educador.
Então o que dizer desse maravilhoso sábado, simplesmente foi muito bom mesmo! Pena que não temos esses poucos encontros nas quartas-feiras, e lembrando nisso já estamos na reta final do semestre e do curso. Sinto um friozinho no estomago, não sei se darei conta disso com certeza.


Planejamento...



Planejamento substantivo masculino.
1. Ato ou efeito de planejar.
2. Serviço de preparação de um trabalho, de uma tarefa, com o estabelecimento de métodos convenientes; planificação. Ex.: "O historiador fez um planejamento rigoroso para seu livro”.
Então iniciei minha reflexão sobre o que é planejamento trazendo o que significa a palavra diretamente no dicionário.
Em algum momento em nossas vidas temos que planejar, existe pessoas que levam muito na ponta do lápis o que significa planejar. Usam agendas para ter tudo registrado, se caso precisar saber com a máxima certeza o que aconteceu, ou saber o que deverá fazer no dia seguinte. Tudo organizado, arrumado, onde conseguem se guiar perfeitamente em seus planejamentos.
Dentro da educação somos obrigadas a ter planejamento para sabermos o que vamos lecionar naquele exato dia e hora. Confesso que quando fiz o magistério, esse tal planejamento como cita Rodrigues no texto que aos poucos ficou mecanizado, fazia pelo motivo que era obrigatório fazer e mostrar para a orientadora do estagio. E muitas vezes me via no dia que havia planejado e não conseguia seguir aquele roteiro tão automaticamente elaborado. Passava o único dia de descanso em cima de livros pensando e planejando atividades seguindo os conteúdos que tinha que ensinar. Ganhei um verdadeiro pavor desse tal planejamento, onde tinha que pesquisar em vários livros os conteúdos, elaborar exercícios, e para mim era um tempo perdido, não tinha muito sentido naquilo que estava realizando. Identifiquei-me com as palavras de Rodrigues que [...] o planejamento banalizava-se em um ato meramente burocrático.
Se as aulas eram expositivas, dialogadas e a maioria dos recursos usados são sempre os mesmos, será que não ficaria subentendido que todas as aulas usamos quase os mesmos recursos, e então poderíamos elencar somente aqueles que são usados no cotidiano, àqueles que eram específicos para aquele planejamento, mas mesmo que fosse obvio tinha que aparecer todos os recursos.
Temos que usar os verbos adequados para cada objetivo, e sem falar que tem o especifico e o geral. Vou ser fiel nunca entendi muito bem sobre esses verbos, fiz muito planejamento, mas no piloto automático, devido não ter muito significado para mim, acredito que não dei a importância que o planejar tem em nossas vidas. Sei que é importante ter um norte a seguir, hoje sei que ter um referencial teórico onde podemos nos apoiar quando formos questionados o motivo que estamos trabalhando dessa ou de outra forma. O planejar tem que ter sentido concreto e saber para quem vamos fazer esse planejamento, o que eu quero com o planejado. “Para Rodrigues planejar é o processo constante através do qual a preparação, a realização e o acompanhamento se fundem, é indissociável”. Ao revisarmos uma ação realizada, estamos prepa­rando uma nova ação num processo contínuo e ininterrupto.
De acordo com Rodrigues temos que nos apoiar num pressuposto teórico onde são estabelecidas as diretrizes do trabalho, definindo procedimentos e estratégias metodológicas.
Mesmo não entendendo muito bem como podemos fazer os planejamentos de forma globalizada, interdisciplinar, percebo que todas os conteúdos usamos e vivenciamos de modo integrado fora dos ambientes escolares. Pois a química encontramos em muitos aspectos diários como alimentos, higiene pessoal, biologia somos seres vivos, e assim por diante. O motivo do ensinar separado, tipo gavetinhas essa maneira que deixa os alunos confusos, pois aprendem separado o que poderiam ser visto junto, e depois se quiser separar. Acredito que um planejamento é muito importante, mas deve haver objetividade e saber que nem sempre vamos conseguir seguir a risca o que planejamos previamente, pois trabalhamos com outros seres humanos, e as vezes o que eles trazem no dia com questionamentos é muito mais importante trabalhar essa questão do que dizer para seu aluno ficar quieto e continuar com a aula planejada, atropelando uma questão que poderemos fazer gancho com o que queremos ensinar.
Segundo Rodrigues seguem alguns elementos básicos para um planejamento. Necessário ter objetivos, consistir em explicitá-los, tendo como questões básicas o quê” e “para quê”; 

v  Justificativa toda proposta tem uma origem, um por que; 
v  Temática apresentação do eixo integrador; 
v  Estratégias momento do "como" ser explicitado; 
v  Localização onde será desenvolvido? Para quem? É importante esta caracterização, deixando
esclarecido o contexto; 
v  Recursos qual o apoio necessário, em termos de materiais, meios a serem utilizados; 
v  Avaliação como acompanhamento permanente do processo, re­velar os indicadores, critérios de avaliação. 

 Fonte:
 RODRIGUES, Maria Bernadette Castro. Planejamento: em busca de caminhos. s/a e s/p.

domingo, 1 de julho de 2018

Era digital e professor analogico


Lendo o artigo Schlemmer que trás como o professor trabalho com as novas tecnologias, no início do artigo tem uma mensagem de texto com a linguagem internets de um aluno para o seu professor, onde fala da novidade de ganhar um notebook novo e de ter instalado alguns programas  abordando o trabalho em grupo que estava realizando e a empolgação de ganhar um notebook novo. Afirmo que foi difícil entender o conteúdo do e-mail, onde o aluno usa muitas abreviações fora das normas, e palavras que não tinham vogais ficando meio complicado de compreender. Deveria ter um dicionário, ou estudo de vocabulário para podermos entender mais rapidamente. Com certeza um professor de língua portuguesa não esta de acordo com essa linguagem escrita que estamos vivenciando, principalmente quando esse tipo de linguagem começa a tornar habito do aluno e levando isso para dentro da sala de aula. Concordo que seja um mundo novo e devamos nos abrir para o novo, mas não sei se um dia conseguirei entender tudo na primeira leitura. O artigo fala sobre professores que tem em seu vasto poder de conhecimento, mas são carentes de tecnologia para igualar com a convivência dos jovens do século XXI, geração digital.
Muitos de nós que crescemos com o aprendizado do olhar, e não mexer, devido o custo alto de comprar e consertar, somos os da geração analógica. E quando fomos apresentados aos computadores, tínhamos que fazer um cursinho para poder aprender a usar. A geração digital em que já nasce com uma infinidade de tecnologia ao seu dispor, assim podendo ver, tocar e o mais importante que é aprender mexendo, e com vasta opção de tecnologia, quase nem precisamos interferir, ou melhor, eles quase nem pedem ajuda para descobrir como funciona.
Mas tudo certo com isso, mas a preocupação com tantas novidades fora da escola, ele se questionam porque ir para escola aprender o que posso fazer através de computador que tenha acesso a internet? Respondo a partir das minhas convicções que o aprender a relacionar-se com os outros de sua mesma idade ou idades diversas somente dentro das escolas, igrejas, clubes sociais que conseguem fazer isso. Aprender a socializar-se como ser humano que vive em sociedade. E pensando no aprender nós professores de hoje temos sim que nos despojar das velhas roupagens e assumir de vez que os tempos mudaram, e que temos que aprender e usar todo o modo de tecnologia disponível dentro da nossa sala de aula, pois somente assim nossos alunos poderão se sentir mais no mundo deles.
Nossas crianças podem ser espertas e ligeiras no aprendizado digital, mas temos o papel importante de educador de direcionar dentro da escola e fundamentar todo esse saber que possuem para a educação, nessa hora que entra a nossa intervenção pedagógica, por exemplo, quando vamos fazer uma pesquisa, mostrar para os alunos que assim como tudo em nossa vida temos regras, coloca isso para as turmas maiores que já compreendem que podem usar os computadores para auxilio nas atividades, mas devemos identificar e sinalizar de onde estamos retirando aquela pesquisa, tal como as normas da ABNT, como deve proceder.
Desde pequenos ensinar o que é plagio, e o que acarreta se acontecer quando é pego plagiando um trabalho, e mostrar que existem regras para poder usar o que outras pessoas fizeram. Em trabalhos realizados no Word, podemos ensinar eles a formatar, como colocar imagens, colocar referências etc. Acredito que o papel da escola e dos professores que hoje aqui estão para com os alunos digitais seja direcionar como e onde podem usar a tecnologia atual. Criar grupo no whats onde possam trocar ideias sobre a matéria, e o professor se inserir nesse grupo, para tirar dúvidas e verificar se realmente estão naquele grupo trabalhando, não que eles não possam ter seus grupos sociais, mas usar essa tecnologia que tanto eles gostam para uso pedagógico também.
Antes de um conceito novo a ser estudado, dar jogos para ver como eles resolvem, e ver sua posição, seus conhecimentos prévios quanto a situação nova. E também após o conteúdo novo, dar jogos para verificar se conseguiram assimilar as leis, o sentido do conteúdo. Fazê-los pensarem uma forma de aprender através das tecnologias, acredito que terão muitas ideias e basta usar para ver se aquela irá dar certo. Têm-se uma escola digital, e com componentes que podemos usar, então por qual motivo não usar, sabe que de hoje em diante essa tecnologia só vai avançar e se não estivermos por dentro, atualizados vamos ser um professor excluído, obsoleto.
 Com todas essas novidades, a grande meta que é quebrar este paradigma que tanto assombra grande parte da geração analógica em que os métodos se sobressaem a partir de um giz/caneta e um enorme quadro negro/branco. Nestes casos podemos flexibilizar uma grande importância da inclusão tecnológica presente ao nosso cotidiano que é o uso correto dos computadores nas instituições de ensino. Não como uma válvula de escape e sem o conceito preservacionista que ainda se prevalesse pela grande classe da geração analógica de que não se pode estrair todo o conhecimento e saciar a grande fome de saber pela intenção de conservar algo que já está tão comum à geração digital.
A imposição da grande moeda de troca de saber deveria ser colocada em todas as modalidades para que se devam preencher todas as lacunas do conhecimento. Podemos ver claramente que esta nova geração tem uma facilidade de aprendizagem na parte prática do assunto. Muitos não são adeptos por esta forma de ensino por achar que pela facilidade a todos os materiais pela infinita rede virtual, acabaria incentivando a simplesmente “copiar e colar” sem mesmo ter muita pesquisa pelo assunto acarretando a uma leve decadência ao aprendizado. Alguns adeptos da geração analógica se impõem assim como a geração digital, assim também aumentando sua sede por conhecimento e quebrando esta grande barreira em que divide a maior parte das gerações. E, além disso, existe o professor que não quer mudar, que esta há muito tempo na zona de conforto e pensa que essa tecnologia toda só vem estragar o ensino com tantas baboseiras. Segundo a SCHLEMMER:
“Ah, esqueci de lhe dizer, não vou poder acompanhar os alunos ao laboratório. Preciso atender um pai. Você pode assumir a turma?” (a propósito, por que os computadores estão num laboratório? Não poderíamos pensar em distribuí-los nas salas de aula? Dois ou três em rede?) “Faltou professor, você pode ficar com eles no laboratório?” O uso das TDs não deveria ser considerado como “prêmio”, “passatempo”, “tampão”. (SCHLEMMER, 2006 p. 36)

Esse problema citado acima da geração analógica de uma parte dos professores da rede pública de educação vai dar problemas mais tarde, onde esses alunos terão que ir procurar fora da escola por esse aprendizado. Jogos, brincadeiras, podem ate ser bom, mas levar com um pouco mais seriedade a educação tecnológica é um bem que fazemos a nós mesmos e a toda a comunidade escolar e sociedade. Digamos que temos um percentual de 90% dos professores que aderiram e interagem nas redes sociais, mas não passam desse patamar. Por qual motivo encontramos nos educadores tanta resistência em aprender e ensinar como devemos usar as tecnologias?  Temos professoras que estão se graduando na modalidade de EAD, mas pedem ajuda para fazer suas atividades, e outros fazem cursos para se qualificar usando as tecnologias, mas não são capazes de colocar em prática o estão aprendendo, realmente não consigo entender.
Sinceramente gostaria que os educadores repensassem essa maneira de ver e começar a mudar, pois nas escolas particulares tem um período de informática obrigatório desde a educação infantil. Na rede pública ter aulas de informática em algumas escolas dentro do currículo é uma raridade. Existem várias observações que não consigamos muitas vezes até chegar ate os laboratórios de informática, mas temos o dever de começar a mudar esse modo de ser, parado no século passado, averiguar por qual motivo não se usa os computadores, por que estamos sem rede de internet. Mandar cartas aos órgãos competentes para que comessem mudar esse sistema. Um dia vi um filme que realmente gostaria de experimentar para ver se funcionava. Cada criança da escola mandar uma carta para a promotoria pública questionando o motivo que não tem computador na sua escola e internet, essa questão é bem legal de pensar seriamente em fazer, devido estarmos na era digital e muitas vezes as crianças de periferia so sabe que tem computador pelas mídias da televisão. As mudanças nem sempre são ruins, elas vem para desestabilizar o que já está acomodado, vem dar nova maneira de compreender nossas crianças de hoje. Se a gente não mudar, eles mudam a gente de lugar, e não teremos mais lugar nesse mundo novo.

Fonte:
SCHLEMMER, Eliane. O trabalho do professor e as novas tecnologias. O professor e o mundo da escola. Revista Textual, 2006 setembro. p. 33 a 42