domingo, 29 de dezembro de 2019

Trabalhando Questões étnico-raciais na educação Relações Etnica

Após ler e refletir sobre minha postagem e perceber que minha prática em relação às Questões étnico-raciais na educação: Sociologia e História, aos poucos vêm sendo trabalhada durante o ano letivo, mesmo que fica ainda ficou somente na aula dispositiva dialogada a partir de alguns livros que trabalhamos no programa integrado da editora Alfa e Beto. Atuei em 2019 com um terceiro ano, e aos poucos que fui conhecendo a turma percebi que alguns alunos discriminavam outros pela cor da pele. Percebendo isso sempre que podia conversava com eles e lhes fazia questionamentos a cerca dos temas que temos que trabalhar com os alunos e que deveriam de estar inserido dentro do currículo, e infelizmente não observei isso dentro da escola onde atuo. Eu converso, falo, chamo atenção, insiro o assunto sempre que necessário.
A turma começou a mudar seu modo de agir e pensar. Ao entregar a primeira avaliação para os responsáveis dos alunos, e fazer meu segundo contato com esses pais e responsáveis, descobri que tinham alunos naquela turma que desde o primeiro ano vem acontecendo Bullying com algumas crianças, e partindo de outras cinco em especifico. E por isso consegui entender o motivo que tenho uma aluna que não conseguir se desenvolver cognitivamente, e muito menos socialmente. E esses gestos e pequenas falas dos outros vem agredindo outros três alunos quase que diariamente durante o primeiro semestre tive que em muitos momentos parar com a aula e conversar com eles fazendo cada um refletir sobre o comportamento que estavam tendo uns com os outros.  
E quando comecei trabalhar com eles dessa forma percebi o quanto foram melhorando a forma de uns tratarem os outros. Falei com eles sobre os africanos que foram trazidos à força para o Brasil e para outros lugares do mundo muitos eram reis, rainhas e pessoas importantes em suas tribos, que separavam as crianças de sua família, e nunca mais esses iam poder se reencontrar. Refletiram e falaram que isso é muito triste separar as famílias. Dentro das minhas falas trazia a religião e os costumes que cada povo tem. No caso fiz analogia com os costumes de comida aqui do Sul e com a comida do Nordeste, e eles conseguiram entender e fazer reflexões em cima das nossas aulas dialogadas.
Essa forma foi a única maneira de abordar essas temáticas dentro das minhas aulas, pois não esta escrito como devemos fazer. Na semana da consciência negra levei um amigo meu para dar uma palestra sobre identidade negra, e capoeira, pois ele é professor de capoeira e a partir da capoeira ele trabalha a identidade e ancestralidade africana. Foi muito interessante assistir a aula desse professor de história, pois ele foi fazer licenciatura em história para poder ter fundamentação e poder trabalhar melhor essas questões que temos que trazer para os alunos. Gostaria de ter feito mais atividades com meus alunos sobre essa temática e outras, mas como disse não temos muito tempo para trabalhar outras atividades com eles.
E aos poucos vou melhorando minha maneira de ministrar as aulas, mas sempre trazendo a reflexão, dando o espaço para que os alunos consigam se colocar diante dos assuntos, escutarem os colegas, respeitar o outro, e tudo que falam, pois um dos nossos papéis na educação é fazer com que os alunos consigam aprender de várias maneiras. E além dos conteúdos conseguirem ter um bom relacionamento entre eles de respeito e de comprometimento, conseguindo se ajudar e crescer como um grupo.  
Iniciando o semestre com muitas perspectivas em 30/08/2017. Disponível em: https://andreiamanoelgodinho.blogspot.com/2017/09/iniciando-o-semestre-com-muitas.html Acesso em: 28/12/2019 Marcadores: Questões étnico-raciais na educação: Sociologia e História. Eixo VI

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