sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Pensando em música e desenvolvimento infantil...

          O texto estudado e toda a interdisciplina mexeu muito comigo, pois sempre gostei de música. E hoje estudando sobre o assunto descobri que tem certos tipos de músicas que podemos escutar desde a gestação onde favorece os desenvolvimento cognitivo das crianças. 
          E nada mais produtivo colocar uma musica calma quando estamos trabalhando com os alunos, onde eles consigam ir se acalmando com a melodia. 
          Mostrar para nossos alunos os vários tipos de música, instigando o senso comum e mostrando que existem músicas boas para poder acalmar, e músicas para fazer brincadeiras mais agitadas. A grande maioria dos nossos alunos somente conhecem o funk, e as vezes não aceitam escutar outras variedades, então podemos começar escutando um funk educativo, e aos poucos ir introduzindo as melodias mais clássicas. E ate fazer um projeto sobre músicas, onde eles possam pesquisar e perguntar em casa outros tipos de musica para seus pais, avós, tios, visinhos e também buscar o modo que dançavam essas músicas.
Assim como a matemática é importante, a musica na escola também se faz necessária, pois quanto mais agradável seja o ambiente escolar, mais vontade nossos pequenos gostam de estar lá.

Mapa conceitual sobre Emília Ferreiro


Estudar Emília Ferreiro foi bem interessante, pois desde o magistério escutei falar sobre ela, e no ensino normal temos que fazer o teste da psicogênese e verificar em qual nível está o aluno. E assim mais tarde realizar novamente e verificar a evolução dessa criança dentro da aprendizagem.
Pois bem, desde aquele tempo me questionava se esse teste da psicogênese  poderíamos aplicar em adultos na etapa de alfabetização, e se a construção do conhecimento cognitivo possuía a mesma base. Não sei se possui a mesma base, mas nesse semestre iniciei meu estágio na EJA etapa II e III, e verifiquei que alguns alunos não liam, e escreviam com muita dificuldade.
Fiquei muito entusiasmada em fazer a verificação aplicando o teste nos alunos e fui vetada pela coordenadora pedagógica da escola, e ela disse que a professora sabia em qual etapa esses alunos estavam, e não era necessária essa sondagem. Fiquei muito triste, pois seria uma forma de investigar e poder planejar para aqueles alunos tendo como base uma ajuda direta onde eles estavam precisando para poder desenvolver a leitura, interpretação, e construir o que tinham por objetivo desde que voltaram a estudar.
Então minha pergunta ficou sem resposta quando fiz a professora: “Qual é o nível que se encontra tais alunos? Ela respondeu que sabiam ou não sabiam ler ainda, isso eu já sabia.” Quero dizer não consegui prosseguir realizando meu estágio, pois depois desse dia tanto a professora como a coordenadora não me aceitaram mais na escola e fizeram de tudo pra eu jogar a toalha. E infelizmente elas conseguiram, e garanto se chegar hoje para aquelas mesmas pessoas e dar um texto mínimo ainda estão no mesmo patamar.
Claro eu deixei na reta com meus planejamentos atrasados e tal, mas acredito que esse não era o verdadeiro motivo para não me querer mais dentro da sala de aula, cujo sua regência iria somente até dia 30/11, onde que voltaria assumir a turma era a professora da turma.

Refletindo sobre os textos e a historia da educação...


O Brasil infelizmente não mudou muito, pois ainda encontramos muitas crianças sem escola, precisando de um lar, de cuidado, com trabalho escravo e até mesmo na prostituição, onde homens horrendos não respeitam o pequeno corpo infantil, desnutrido e ainda em desenvolvimento, que é vendido como se fosse um pedaço de carne, uma mercadoria como qualquer outra qualquer.
Triste ver a impunidade dos governantes que tiram do povo, das escolas, da merenda escolar, para suprir sua ganância, uma falta de ética e de respeito com todos nós brasileiras (os).
Quando teremos uma escola legal para nossas crianças, quando os professores serão valorizados, quando todo cidadão brasileiro terá um emprego digno que possa sustentar sua família, quando vamos parar de ver crianças nas ruas vendendo, mendigando sendo exploradas até mesmo pelos seus familiares?
Não vejo que uma imposição de fora como a ditadura militar hoje possa resolver a situação que o Brasil se encontra, os políticos e a polícia sabe como resolver toda a bagunça e quem realmente esta por trás dessa loucura que estamos vivendo, agora falo sobre o grande mal da nossa sociedade atual, falo sobre as drogas. Essa maldição esta arruinando e faz tempo muitas famílias, pais de família, gente que era do bem, e trabalhadora. Como tirar o Brasil da UTI que se encontra? Dizem que o nosso país esta no fundo do poço, que não tem dinheiro para pagar sua divida externa, que não tem dinheiro para nada. Mas por qual motivo alguns órgãos recebem salários altíssimos? Essa verba será que poderia ser distribuída e pagar pela educação, para ter melhor saúde para todos, moradia, e abrir mais vagas de emprego, fazer a população estudar e trabalhar. Construir mais escolas, e valorizar nossas crianças, que realmente são o futuro do Brasil. Mas se isso não acontecer, o futuro do Brasil estará nas mãos dos idosos, pois nossas crianças estão morrendo, por conta da fome, do tráfico.
Acredito que todos nós temos uma parcela de culpa em tudo que acontece a nossa volta, principalmente quando se trata desse caos que está nosso país. Temos que ajudar mais e pensar menos em nós mesmos, e saber dizer não a tudo que prejudique os outros, ter mais ética e autenticidade para tudo melhorar, fazer a nossa parte.


A maquinaria escolar Julia Varela Fernando Alvarez-Uria


Essa postagem foi retirada de um trabalho da interdisciplina Espaço e Tempo na Perspectiva Histórica, onde ainda não sabia que tínhamos que postar reflexões referente o que estamos estudando.
Então hoje relendo o trabalho percebo o quanto é importante à escola pública e para todos, pois houve um tempo que nem todos tinham esse direito. E quando escuto falar em privatização e um dia escutei que iriam realizar isso com as escolas, logo veio uma enorme tristeza, pois querem que o mundo volte no tempo, onde somente quem tem direito de estudar é quem tem dinheiro para pagar. Um absurdo! Triste pensar que nossos governantes não pensam na população, e quando chegam à estado não pensam em nada e a ganância toma conta.
O texto nos mostra uma época em que emerge muitas mudanças dentro da sociedade, a criação da escola, onde todos teriam direito, e dando sentido as obrigatoriedades e deveres a serem cumpridos, até chegar os dias atuais com as leis que temos hoje.

Teia de aprendizagens


Foi bem interessante realizar a dinâmica da Rede de Aprendizagens, e hoje depois de muito tempo consegui compreender que o objetivo era mostrar que todas nós de certa forma fazemos parte da construção da aprendizagem uma das outras. Pois na vivencia mesmo sendo em EAD tivemos muitos encontros presenciais, e encontros virtuais diários, em vários ambientes virtuais, até mesmo pelo Faceboock , chat do gmail, Wathasap, pouco deixei recado nas mensagem do Moodle, mas nos comunicamos para resolver dúvidas, fazer questionamentos, para pedir apoio psicológico, em fim foram muitas comunicações, uma rede de aprendizagem. Tem colegas que conversei online e que presencialmente somente boa noite, tudo bem corrido, mas tudo funciona.
E para finalizar o que é um pensamento dogmático e um pensamento crítico fui ao dicionário para ter a plena certeza que compreendi ambos.
O PEAD abriu muito minha mente, consegui reconstruir meus pensamentos críticos pouco construtivos sobre faculdades em EAD.

Corporeidade como conceito diferenciado nas interações e aprendizagens no cotidiano.


Lendo o que escrevi sobre a corporeidade  a criança desde o ventre responde a estímulos, com isso vai se desenvolvendo. Após o nascimento reconhece a voz da mãe, do pai, se tiver irmãos maiores também. Segue com os olhos em poucos dias de vida as imagens mais coloridas e grandes, claro somente vultos, mas assim vai reconhecendo o mundo exterior.
Quando o bebê nasce os médicos fazem muitos testes com eles antes de dar alta, esses testes realizados servem para mostrar que o bebê está apto e reage bem aos exercícios e estímulos. A corporeidade nos mostra o quanto é importante para todos os seres humanos e somente nos conseguimos desenvolver muitas habilidades ao longo de nossa vida. Ninguém consegue sobreviver e se desenvolver sem o outro, e sem esse contato, pois aprendemos com o nosso semelhante através do tempo.
As crianças na educação infantil, os alunos do fundamental 1 e 2, e os alunos do ensino médio precisam da troca com o outro, do carinho, da atenção, pois as vezes não encontram isso em casa com sua família, e acaba a escola tendo que suprir essa carência. Um aluno muito agitado que bate nos outros sendo até um desafiador dentro da sala para a professora, e essa não o compreende e o castiga e quando mais o castiga, pede para ele parar mais ele faz, e as vezes temos que parar e se perguntar por qual motivo ele esta agindo daquela maneira?
Durante o segundo semestre desse ano observei um aluno que era muito brigão, e a professora solicitou várias vezes intervenção da disciplina, e ate mesmo no recreio ele encrencava com os colegas, muitos colegas não queriam brincar com ele, foi onde comecei a conversar com ele, já que tinha que cuidar o recreio e ficar de olho no aluno o qual era monitora. Comecei a conversar com ele, pedir abraço, dizer que eu era amiga dele e ele é uma pessoa muito importante para mim. No recreio tudo que faziam para ele era para me procurar ou falar com qualquer monitora que estivesse no pátio, e não agredir ninguém, foi um acordo entre nós, aos poucos foi fluindo, ele ficou mais calmo, pois comecei a perceber que os colegas o provocavam e comecei a chamar atenção deles e até levar eles para disciplina. Foi bem interessante, mas surtiu efeito, no fim do ano até beijo da professora ele recebeu essa que também não via o que os outros faziam, ou fingia não ver, não sei dizer. Acredito que as doses de carinho e as conversas surtiram uma grande melhora na criança. A turma começou tratar ele de outra maneira e conseguimos reverter o quadro do menino mal educado que batia nos colegas, para o “Paulo” vamos jogar bola? (nome fictício)
 Antes de sair abraçando os alunos, temos que ter certeza que esse aluno quer nosso abraço, pois muitos gostam outros não, e ainda podem ter aversão ao toque de outras pessoas.
O que entendi que a corporeidade é necessária para todo desenvolvimento do ser humano desde o ventre até a terceira idade eles precisam tocar, como digo olhar com as mãos para poder ver, sentir, e isso é importante para o desenvolvimento afetivo e cognitivo desse aluno. Fazer atividades diversas para desenvolver os sentidos sensórios motor fino e amplo, locomotor, auditivo, visão. E por isso, quanto menores são as crianças, mais eles querem correr, se testar, subir, descer, pular, etc. E na escola que temos que promover e colocar obstáculos, provocar todos esses sentidos, claro sempre tendo o cuidado para não se machucarem, pois nessa fase é onde as crianças mais sofrem pequenos acidentes.


Neurociências


Quando comecei a lecionar em NOV/2013 e fiquei sabendo que iria dar aula numa quarta-série onde havia uma aluna que não conseguia ler, e já estava com doze anos, fiquei muito preocupada. E visitando o site da UFRGS obserei que tinha um curso de extensão sobre: “neurociências e a educação”, me interessei, fiz o curso, adorei muito o curso, e fiquei com muita curiosidade em fazer outros cursos nessa linha.
Mas infelizmente não foi o suficiente para conseguir ajudar a aluna em questão ler, mas com a ajuda da diretora que pediu para uma amiga ir avaliar os alunos indicados pelos professores ela foi encaminhada para uma psicopedagoga e para um psicólogo, mas a família não fez nada.
Ela tinha um bloqueio muito grande, mas ao longo do ano estava quase lendo. Infelizmente o ano terminou e no conselho acharam melhor reter ela de novo, ao entregar a avaliação para sua avó, quase chorei por ver ela tão triste, pois era uma excelente aluna, somente não sabia ler, mas sabia todo o alfabeto, as demais atividades ela realizava. Quando não sabia o que fazer me perguntava e logo fazia principalmente as atividades de matemática.
E dentro da interdisciplina Corporeidade o professor trouxe novamente esse assunto e podemos ver que tudo envolvido com o nosso cérebro. E trabalhar os movimentos, a afetividade na primeira infância, a alimentação, os traumas, tudo faz parte e dependendo podem prejudicar ou ajudar o desenvolvimento do ser humano. E que muitas coisas ficam registradas em nossa memória, e se a criança sofreu algum trauma na região da leitura e compreensão vai ficar bem difícil para essa aprender a ler, a juntar as silabas e formar as palavras. Minha tristeza foi que em 2015 onde estava montando um projeto para poder trabalhar com essa menina na escola, o governo do estado me demitiu para poder nomear os professores aprovados no concurso, isso para não sair como o “ruim” da história.
Fui até a escola e fiquei sabendo que seus avós haviam se mudado para as Ilhas, e transferido as crianças. E nunca mais ficaram sabendo dela e de suas irmãs.
E até hoje me questiono, será que conseguiria ajudar ela construir sua leitura?
Ou será que algo aconteceu que afetou de vez com a parte do cérebro que é responsável pela leitura? Nunca saberei essas respostas.

Memórias


A postagem realizada fala sobre as memórias,  minha história de ontem, e a de hoje muitas acontecimentos mudaram meu modo de ver quase tudo, a chegada da Anna Luíza, minha neta fez eu querer mais que nunca estudar para ter um bom emprego para dar algumas coisas boas para ela, como uma boa educação, matricular ela numa escola onde valorize o conhecimento prévio do aluno e faça ele construir o seu aprendizado, esse é o melhor presente que os pais devem dar aos filhos, e isso vou ficar devendo para meus filhos. Do relato das minhas memórias fica evidente que hoje estou com mais idade, uns cabelos brancos, estou mais cansada, mais peso, e muitas vezes pega o desânimo.
E falando de PPP a escola onde atuei em 2014 esse documento não foi elaborado por todos os seguimentos, pelo que observei a comunidade escolar tinha seu representante, mas esse era pouco chamado, pois ouvindo uma pessoa do corpo docente dizer que esse participante não entendia de nada e chamavam somente para assinar os documentos, atas etc.
Sei que a verba é pouca para o tamanho da escola, mas valeria a pena se a gestão pudesse angariar algum projeto para conseguir ir arrumando a escola aos poucos. A merenda também era sempre as mesmas coisas, as vezes era so lanche direto, e outras vezes somente comida, sendo que a comunidade era umbandista e muitos não comiam arroz com galinha, e ficavam com fome.
E muito importante a instituição de ensino conhecer a comunidade onde esta inserida, e fazer com que essa participe de tudo dentro da escola. Essas pessoas são importantes e tem força de conseguir buscar junto com a gestão alguns meios de melhorar esse espaço onde as crianças ficam quatro horas diárias durante 200 dias letivos.
Havia na escola uma sala com muitos materiais que poderia fazer um mini museu dentro da escola, junto da biblioteca, onde os alunos pudessem ver como era antes, e os professores mostrar como eram as aulas, tem até arquivos com fotografias. Daria um bom fim para todo o material que esta se deteriorando com o tempo.
 Em 2016 tive a oportunidade de ir lecionar em Novo Hamburgo no bairro Canudos numa escola que tinha somente até o quinto ano. Uma escola onde a pedagogia era tradicional, mas a gestão era perfeitamente boa, com integrantes participativos de todos os seguimentos, com reuniões mensais onde a direção dava satisfação de tudo que gastava as verbas dessa escola. O espaço físico era amplo, higienizado, pintado, com salas de aula com ar condicionado e todo material que a gente precisasse para fazer as atividades com os alunos. A merenda escolar era maravilhosa e variada, a cozinha limpa como nunca vi em outras escolas estaduais que passei.
Logo que cheguei na escola a supervisora pedagógica me mostrou o PPP, onde li por cima, mas percebi que foi elaborado pela escola como dever ser feito, pensando em sua comunidade escolar. E no fim do ano voltaram a mexer no PPP, para mudar o modo de avaliação que era bimestre e passou para trimestre. Daí nesse momento eu participei, e expliquei como faziam nas escolas que já havia esse tipo de avaliação. Complicado foi ver a dificuldade que as colegas sentiram em somar até chegar a 100, e verificar qual era a média por cada trimestre, mas conseguiram.
Nessa escola aprendi que temos que ter um posicionamento e uma boa fundamentação teórica para apoiar o modo que estamos ensinando. A única coisa que não gostei que lá os alunos não decidiam nada, muito menos refletir, fui muito criticada quanto a isso, mas sempre que dava fazia eles pensar sobre o assunto e falar sobre suas concepções prévias sobre os conceitos estudados. E isso me doía  muito mesmo, mas sempre que podia fazia eles pensar, principalmente na área das ciências e matemática. para cada aula que formos dar, pois ali muitos pais participam direto da educação dos alunos, diferente da outra escola onde trabalhei. Os pais nessa escola tinham que agendar horário para falar com os professores, e no interior, muitos pais queriam saber quem eu era de onde vim etc. Por um momento quase mudei de vez para a cidade que me acolheu tão bem, somente para continuar trabalhando por lá.
A educação dos alunos era muito boa, onde a gente podia deixar a bolsa em cima da cadeira sem se preocupar que alguém pudesse mexer ou subtrair algo nosso. Atuei lá somente por quatro meses, quando chegou o fim de ano a despedida foi muito triste. Muitos pais na festa de Natal quiseram saber por qual motivo seus filhos foram chorando para casa.
Foi nessa escola que obtive a certeza que uma gestão democrática com todos os seguimentos sendo respeitados e participantes, tudo funciona muito bem, o único problema é que isso dá muito trabalho, mas quando a comunidade se sente parte integrante da instituição fazendo de tudo para ajudar a escola melhorar para ver seus filhos bem atendidos e com uma escola equipada com tudo funcionando. Percebi o respeito e o prestígio que a comunidade escolar tem pela equipe diretiva, principalmente pela diretora.

Retrato da Escola


Nessa postagem voltei em 2014 quando lecionei pela primeira vez como regente, para mim foi bem difícil vivenciar numa comunidade escolar totalmente carente financeiramente e afetivamente. Meus alunos vinham 80% de famílias desestruturadas, sendo criados a Deus dará popularmente falando. A escola era um local onde tinham um pouco de segurança, amor, alimento e tudo que uma criança precisa aprender em casa eles aprendiam com os professores. A escola como estrutura física era muito debilitada como a maior parte das escolas da rede pública, mas mesmo assim era bem melhor que seus lares.
Foi nessa escola que nasceu minha vontade de compreender como a criança aprende, e que resolvi sair da Licenciatura em Ciências da Natureza, com habilitação em Biologia e Química, para fazer o PEAD.
A gestão escolar, os professores, e os funcionários não acreditavam nos alunos que ali frequentavam, então escutei em uma das reuniões pedagógicas que com aqueles alunos não precisávamos nos esmerar nos planejamentos e nos ensinamentos, pois poucos chegaram no final da educação básica. E os demais seguiram as profissões dos seus pais, que eram papeleiros, profissionais do sexo, e até mesmo traficantes. Palavras absurdamente intensas, que jamais pensei escutar sair da boca de quem estava ali para acreditar que a educação um dia fará a diferença.
Além de observar isso atentamente, observei que muitos de nós professores vemos somente o feio, estragado, ruim, triste, e não conseguimos ver nos olhos daquelas crianças que não pediram para nascerem naquela situação, alunos com olhos sedentos de amor, afetos, fome, de aprender, e de ver que alguém consiga acreditar neles, pois em casa poucos possuem adultos para se espelharem e acreditar que estudando podem sair da situação em que se encontram.
Acho que uma atividade legal de se fazer com os alunos era mostrar o histórico da escola, como ela era no início, e os alunos que lá se formaram, e que os alunos que foram importante para a sociedade Porto alegrense, assim instigando os alunos de hoje querer fazer diferente, estudar, aprender e conseguir ter um índice positivo de aprendizagem. Como foi importante essa atividade, mesmo realizando ela depois que não estava mais na escola trabalhando, com ela pude observar o quanto um professor pode errar com seus alunos tendo pensamentos preconceituosos e discriminatórios.
Um dia a diretora me chamou atenção e me questionou: “Andreia como faz para teus alunos vir numa tarde chuvosa, e fria, tua turma está sempre cheia? Respondi: Faltam três alunos”. Ela sorriu me abraçou e seguiu para direção, e assim foi todo o ano letivo. Naquele momento que ela disse, não entendi o seu questionamento, hoje lembrando, de tudo novamente, veio essa memória, amei aquela turma de quarto ano, alunos complicados, brigões, revoltados, digamos que um tanto mal educados, pois adoravam dizer palavrões na escola, mesmo eles sendo assim aprendi a amar cada um deles e entender tudo que diziam, e na maneira de olhar.  Nesse ano letivo nunca faltei, e nunca os tratei diferente, abraçava a todos, e os que vinham me cumprimentar fazia igualmente. Nunca passei a mão por cima de nenhum deles, sempre fiz com que se sentissem iguais e que todos tinham chance de aprender. Os respeitava em suas particularidades e para conversar com eles e chamar atenção chamava e conversava no corredor, sem os deixar envergonhados sem expor diante da classe, e assim eles também faziam comigo me chamavam para conversar sobre qualquer assunto também no corredor. Cobrava tema, atividades que era para realizar em casa, mas com tempo fui percebendo que muitos deles não tinham o suporte familiar para ajudar eles em casa, daí dava uma folhinha ou um tema mais fácil.
Assim fomos construindo um laço de cumplicidade a turma e eu. Nesse ano nasceu a professora Andréia, e mesmo antes do PEAD, sempre revia meu dia numa reflexão de como melhorar, ou continuar o que deu certo.
Sinto saudades dessa turma, e gostaria imensamente de revê-los, hoje são adolescentes muitos indo para o nono ano, às vezes falo com a secretária da escola a única funcionária que permanece na escola, ela diz que estão bem, alguns ótimos, outros saíram, e uns repetindo e recuperando.
Essa escola faltava um pouco de bom olhar dos professores, funcionários e gestores, formular projetos e tentar melhorar a escola. Fazer a comunidade se sentir parte da escola, acho que faltou isso para deixá-la melhor. Ser menos impessoal, e deixar o preconceito e a discriminação de lado e pensar nos alunos.
Por isso, em novas escolas que entro para fazer qualquer atividade peço para dar uma lida no PPP da escola, e depois dessa atividade sempre procuro olhar a escola nos detalhes, procuro escutar os alunos e ler as entre linhas isso que vai me mostrar a verdadeira identidade escolar.

Tentando postar...

Essa foi minha primeira postagem em casa, mexendo e verificando se tudo iria dar certo. Como foi o SI foi a primeira interdisciplina que tivemos, acredito que tenha ficado dentro dela, mas hoje verificando e compreendendo melhor sobre as postagens o marcador dela ficou igual o título.
Em resposta a essa postagem recebi algumas respostas de colegas que nem conhecia muito bem, e como sou um tanto carente de afeto me senti muito feliz em saber que pessoas que mal me conheciam estariam dispostas a me ajudar.
Quanto a minha pergunta do título “será que vou dar conta?” Respondo hoje que sim, a tecnologia é uma ferramenta que veio para nos auxiliar e melhorar nossas aulas, e nossa vida. Mas temos que ter muito cuidado e foco, pois com tantos aplicativos onde de muitas formas me ajudaram, esses mesmos me distraíram muito em momentos que tinha que ter 100% de atenção voltada para meus estudos e leituras.
Usar toda a tecnologia que a escola dispõe, e fazer com que os gestores compreendam que isso faz parte do cotidiano de todos os alunos atualmente fora da instituição, para isso tem que ter uma boa fundamentação teórica onde facilitará atingir nossos objetivos.
Montar textos interativos como fizemos em muitas vezes em algumas interdisciplinas no Google Docs, fazer vídeos sobre os conteúdos, fazer jogos online onde os alunos possam jogar de suas casas em dado horário, claro o professor deverá estar em uma interface para ir dando suporte necessário.
Claro tenho ainda muito para aprender dentro da tecnologia, informatização, mas percebi que quando a gente quer tudo fica mais fácil de fazer e ajudar os alunos a construir o seu conhecimento.

Reflexões sobre: Criando um blog de aprendizagens...


Hoje buscando as postagens para realizar as atividades da interdisciplina do seminário integrador fiquei bem emocionada em reler algumas postagens e refletir sobre o que estava pensando no início do curso. Evoluí um pouco no transcorrer do curso, sim temos que evoluir isso que esperamos, e escutando a música escolhida para ilustrar aquele momento vejo que foi pontual, pois o “tempo voa” como diz o refrão da melodia, e aqui estou no oitavo semestre.
Minha caminhada esta sendo bonita, apesar dos altos e baixos, de muitas vezes achar que não conseguirei, mas surgem os anjos em forma de colegas, tutores, professores. E uns familiares que criticam pelo motivo de querer estudar, outros dizem o que tanto estuda? Depois de tanto ser questionada e criticada esses da forma que me abordaram também me ajudaram a não desistir do meu propósito. 
Diante as dificuldades encontradas onde citei no texto referência, digo que a minha disciplina e organização tem que melhorar muito ainda. As ferramentas digitais muitas reaprendidas, outras construídas com o tempo no PEAD, consegui compreender e usar sem muito trabalho, as vezes encontramos uns entraves, mas nada muito sério.
Claro segui conselhos de uma pessoa que amo muito, e eu o declaro autodidata, porque ele aprendeu tudo sobre informática lendo, pesquisando, comprando computadores velhos para estudar a estrutura dos aparelhos, e posso dizer que ele é um crânio e seu conselho é mexer, montar, desmontar e não ter medo do novo, pois se a gente não tem desafios a vida fica sem graça, essa pessoa o qual citei é meu querido padrasto, que me conhece desde um ano de idade. E ainda acrescentou: “tu era bem mais curiosa e não tinha medo de nada” agora vais ter medo da tecnologia?
Assim deixei o medo do novo ir evaporando das minhas ideias, e fui olhando os tutoriais, e outros vídeos no Youtube que me ajudaram a compreender melhor. Claro solicitei muito mesmo os tutores, principalmente o da interdisciplina do Seminário Integrador.
Pensei muitas vezes ao longo do curso em desistir, pois depois que entrei no PEAD fiquei sem emprego e isso dificultou muito para eu conseguir colocar em prática tudo que aprendemos, pois esse curso tem todo um diferencial. Mesmo com o pouco tempo de docência muitas vezes me remeti ao passado quando estava ministrando as aulas e assim realizando as reflexões necessárias. Meu pensamento que fez eu ficar e continuar sonhando com essa graduação é pelo meus avós, principalmente pelo meu avô que era analfabeto e sempre mandou eu estudar muito, e dizia quem não estuda fica sendo chofer de fogão, ou seja, cozinheira, lavadeira e outras atividades que muito exerci para poder ajudar no orçamento da minha casa, junto a meu marido que sempre ganhou muito pouco e tem uma preguiça enorme em terminar o curso superior que entrou muito antes que eu.
Hoje penso que meu maior sonho é claro me concluir essa caminhada com minha certificação em Licenciatura em Pedagogia, e logo ter uma turma para chamar de minha, para conseguir voltar nas etapas do PEAD para colocar as aprendizagens na prática e refletir sobre e escrever elas, mesmo não estando mais cursando tais interdisciplinas. Sei que fui um pouco relapsa e meio desinteressada, no entanto, acredito que também seja um aprendizado que levarei e com isso posso também ajudar aqueles alunos que se acham meio fracassados. Segundo Freire:

 A prática docente crítica, implicante do pensar certo, envolve o movimento dinâmico, dialético, entre o fazer e o pensar sobre o fazer. Por isso, é fundamental que, na prática da formação docente, o aprendiz de educador assuma que o indispensável pensar certo não é presente dos deuses nem se acha nos guias de professores que iluminados intelectuais escrevem desde o centro do poder, mas, pelo contrário, o pensar certo que supera o ingênuo tem que ser produzido pelo próprio aprendiz em comunhão com o professor formador. (FREIRE, 1996. p. 22)

Saber usar as critica de modo construtivo e ensinar nossos alunos ser assim, isso será bem mais fácil ao logo dos anos para ele. Muitos alunos pensam que ao receber uma crítica do professor/educador, não gosta dele, ou algo assim. Mostrar que podemos crescer diante das críticas isso fará a diferença no futuro dessa criança. Mas temos que cuidar para não criticar somente com intenção de julgar ou mostrar como o aluno está errado, mas trazendo algo para que reformule e edifique seu posicionamento diante da situação referida.

domingo, 14 de outubro de 2018

Como fazer a diferença...


Depois de dez dias de observação iniciei meu estágio e não me senti muito a vontade. Sabe tu sentir aquele seja bem vinda “querida”, da titular e querendo que você suma, pois bem foi isso que eu senti e continuo sentindo. Aquela primeira impressão que tive foi por água abaixo.
Ao iniciar as observações dei para professora uma cópia das questões que eu teria que preencher durante as observações dentro da turma e na escola. Então na sexta feira dia vinte oito de setembro desse ano, perguntei sobre o planejamento se poderia me passar, ela disse que a recém tinha dado para a coordenadora pedagógica e essa iria olhar somente na segunda, e lhe perguntei se ela havia lido e tinha como me dar às respostas que competiam a ela responder, pois se referia a professora titular. A “resposta dela foi curta e grossa: “não tenho que ler nada”, e tu que tem que correr atrás das respostas”. Fui tão humilhada com aquele linguajar ríspido e grosso, nem parecia àquela meiguice do “seja bem vinda querida” na frente dos alunos e no primeiro dia na sala dos professores. Naquele momento me lembrei do estagio do magistério, que pra mim foi um dos maiores horrores e torturas que passei na minha vida. E por isso deixei passar dez anos da minha vida, pensando que não seria uma boa professora, pois como a outra orientadora do estágio dizia que eu não sabia nada, e isso foi me deixando no fundo do baú. E sinto que aos poucos estou indo de novo, mas somente que hoje estou mais velha, e está acontecendo uma briga dentro de mim, onde uma parte sabe o que fazer e a outra não e quer fugir.
Estou com medo de perder meu tempo minhas energias nesse estágio, e quando me lembro dos alunos quero ficar tentando ajudar um de cada vez a aprender a ler, escrever, interpretar e calcular. Sei que tenho que aprender muito ainda e apenas sei coisas da pedagogia que aprendi no PEAD, e ainda estou aprendendo no curso. E pouco que estudei percebo que todo professor deve ser um pesquisador. Mas pelas poucas observações que fiz bem que ela poderia fazer melhor nas aulas. Os alunos têm mais potencial, fazer uma aula mais interativa, dialogada e ao mesmo tempo fazendo eles registrar o que pensam de alguma forma.
Ao questionar o seu Damaceno sobre suas aprendizagens ele me olha triste e diz: Acho que eu não tenho mais solução, se não pagar minha sobrinha para me ensinar, acho que não vou conseguir ler, escrever, e calcular essas de divisão, sou burro mesmo. Aquelas palavras me cortaram o coração. Vi a tristeza em seu olhar, como poderei ajudar essa pessoa que esta na escola há quase dois anos e avançou tão pouco?
Não quero ser como os demais professores fazer de conta que dá aula e os alunos fazem de conta que aprendem. Uma aprendizagem significativa faz a grande diferença dentro de qualquer nível escolar, mas nas classes de alfabetização devem ser mais delicadas e efetivas, pois principalmente esses sujeitos que retornaram em busca do aprendizado, por algum motivo não conseguiram em outros tempos, nós temos a obrigação de fazer a diferença e tentar com toda nossa energia ajudar esses aprendizes a conseguirem concretizar seu objetivo procurado.


segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Primeiras reflexões sobre as observações da EJA etapas II eIII



O mês e setembro é um mês que gosto muito, pois é o mês que inicia a primavera, onde podemos escutar o canto dos passarinhos no amanhecer e no entardecer. As flores desabrocham, as árvores ganham novas folhagens ficando vários tons de verdes. Os dias ficam mais longos e após as dez horas da manhã a temperatura aumenta e as tardes com uma temperatura muito agradável, e quando a noite chega vem um friozinho que nos convida a tomar um mate quente que vai indo acalmando para uma noite de descanso merecida.
Setembro tem outra peculiaridade aqui no Sul, pois além de comemorarmos a Independência do Brasil, temos a Semana Farroupilha, onde nós gaúchos lembramos-nos da luta dos nossos antepassados passaram para termos mais dignidade e igualdade no preço do charque, onde era desvalorizado. Mas para quem inicia as observações neste mês, mais precisamente na segunda quinzena, o tempo voa, e as comemorações dentro das escolas seguem até o fim de setembro.
Foi o que aconteceu comigo e nas observações na EJA etapa II e III, onde temos que observar como a professora trabalha com os alunos, e nesse meio tempo vamos conhecendo os alunos e eles nos conhecendo. Aqui na escola tem a Gincana Farroupilha, e outras festividades envolvendo as tradições gauchescas, e mais os feriadões, com isso quem tem que observar fica um pouco complicado, mas mesmo com tão pouco tempo já consigo ver a turma.
Foram poucos dias de observação, mas o que pude refletir é que em qualquer turma que damos aula e na EJA não é diferente, e como educador temos que ter a sensibilidade de buscar, instigar, não deixar cair na rotina, não esquecer-se de fazer, trazer o material muitas vezes xerocado, pois o modo de copiar deles é mais lento, para tudo dar certo. Não deixar as aulas caírem na mesmice, ou seja, fazer os alunos terem curiosidade a vir à escola todos os dias, por que sabemos o quanto é difícil estar de volta na escola, às dificuldades da vida adulta. Esse aluno é muito especial para nós, pois ele vem buscar o que perdeu e podemos ver nos seus olhos quando eles compreendem o conceito, o conteúdo e conseguem. Na devolução da prova queriam saber a nota que tiraram, ficaram ansiosos, mas a tristeza de alguns que não conseguiram atingir o objetivo.
Entendi que prova é prova, e com o resultado podemos ter o termômetro de quem sabe e entendeu, e voltar a ensinar aqueles que não conseguiram atingir os objetivos devido não terem compreendido como fazer. E alunos querem nota sempre, e isso me deixa meio preocupada, pois eles não são um valor, eles são serem em construção da aprendizagem. 

terça-feira, 25 de setembro de 2018

Iniciando o estágio na EJA etapa II e III


Depois de toda a ansiedade que estava sobre o estágio, quem seria meu professor orientador, e meu tutor ou tutora, no dia 13 de setembro descobri e logo recebi e-mail da tutora Vanessa e do professor Rafael. Nas minhas reflexões e sentimentos que agora não me encontrava mais sozinha nessa caminhada teria alguém para poder me responder pontualmente sobre meus questionamentos. E o anseio de iniciar o quanto antes já tinha data para entrar na sala de aula, dia 17 de setembro, ia me apresentar como professora estagiária da turma da EJA etapa II e III.
Fui à escola na sexta-feira dia 14 de setembro avisar que meu estágio ia começar na segunda, dia 17, a minha supervisora Viviane ficou contente dizendo seja finalmente bem vinda, a professora esta a sua espera. Fiquei feliz em escutar aquelas palavras da vice-diretora Viviane, assim vou me sentindo mais de “casa”, apesar de que a escola já não é tão estranha para mim.
Esse estágio teria que ter iniciado no máximo na segunda semana de agosto, mas infelizmente me atrapalhei um pouco em terminar o primeiro semestre, e acreditei que teria que terminar para poder dar andamento no estágio e nos documentos, assim entregando toda a documentação para análise da UFRGS somente no dia 23 de agosto. Estou um pouco apreensiva com relação ao tempo, pois terei pouco tempo para realização das minhas práticas, que no meu caso como estou fazendo no turno da noite, e as quartas-feiras temos aulas presenciais ficará um dia a menos de aula acrescentando no final mais nove dias.
Na semana do dia 17 à 21 de setembro fiquei sabendo que as aulas terminaram provavelmente antes do dia 14, pois a principio as formaturas acontecerão dia 14 de dezembro. E outra vez começa minha preocupação com vou conseguir realizar todos os dias do estágio?
Em fim tirando todas essas preocupações e acontecimentos da primeira semana de observando a turma e a maneira que a professora se relaciona com os alunos, e logo depois com a conversa que tivemos ao longo do primeiro dia na sala de aula vejo que ela sente que os alunos são seus, e por isso poderá sentir um pouco de ciúmes da turma comigo, mas logo deixei claro que estou ali naquele momento para aprender com ela, acrescentar na aprendizagem da turma, e quando coloquei que a gente faça uma docência compartilhada, mesmo que eu tenha que ser a professora por algumas semanas, eu gostaria que ela ficasse em sala de aula comigo, que ela possa interagir junto, dando um apoio ou até mesmo fazendo inserções quando necessário, ou mesmo querendo explicar algum conteúdo, ela respondeu que não ia mesmo me deixar sozinha com os alunos na sala, que não era do feitio dela fazer isso. Nesse momento me pareceu que desceu de volta dela uma armadura, e seus olhos sorriram, pois fui bem pontual com ela.
Em um dado momento conversando sobre os planos de aula, ela me disse assim “ tu sabes que todo teu planejamento, e o que for dar para os alunos deverá passar por mim?!” Sorri carinhosamente de volta respondendo que sim, e que gostaria de planejar junto com ela, pois não quero fazer nada incoerente que venha prejudicar a aprendizagem e o crescimento dos alunos.
Conversando com a Ângela na segunda-feira dia 24 de setembro ela me disse que o meu projeto pedagógico deverá trazer o lúcido para sala de aula, mas cuidando para não infantilizar os conteúdos, a maneira de dar as aulas, pois devemos respeitar a idade dos alunos. Fiquei feliz em ter tido aulas maravilhosas com os professores de todas interdisciplinas, pois me lembrei deles, principalmente da interdisciplina da EJA com  a professora Aline, nos dizendo em muitos momentos sobre esse “respeito” a idade que os jovens e adultos têm, do respeito a sua vivencia que tem, pois estão em busca da alfabetização formal, mas essas pessoas trabalham e trazem consigo muitas experiências de vida.
Não tem como não se emocionar dentro de uma turma da EJA, e o querido mestre não sai dos meus pensamentos Paulo Freire, onde conseguiu fazer da educação de jovens e adultos ser algo muito significativo. Essa pessoas que voltaram aos bancos escolares em busca de conhecimento, da leitura, de aprender a calcular, em fim, estão em busca do conhecimento formal eu espero sinceramente que consiga ajudar eles a construir esses conceitos e conhecimentos, pois vou me sentir uma pessoa melhor, onde vou devolver um pouco do que toda a sociedade me deu, pois se hoje estou estudando e quase realizando meu sonho que um diploma universitário é devido a muitas pessoas como essas das turma de EJA, assim como meu avô que não pode estudar, e aprender a ler, e que trabalhou nesse Brasil muito, com isso  contribuindo bastante para que eu tivesse um ensino gratuito. Esse foi um dos motivos que me levou a escolher a EJA para fazer minha prática docente final.

quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Como estou me sentindo referente ao estágio?


Hoje nossa primeira aula do oitavo eixo, fazendo uma explanação como vai ser nosso semestre letivo, onde iremos fazer o estágio curricular. E no final dessa aula a professora Rosane nos solicitou uma postagem no portfólio respondendo: “Como estou me sentindo referente ao estágio?”
Já estava pensando em escrever algo sobre essa pergunta antes mesmo dela ser solicitada para nós, e pensando nisso como o tempo voa, até parece ontem que olhava a matriz curricular do curso e imaginava como seria o estágio, e agora ele esta chegando. Tenho um pouco de receio com o estágio, pois no meu estagio curricular do magistério eu sofri muito. Minha orientadora não me ajudou ela no meu planejamento buscava por erros, e quando ela achava um erro ela em vez de ajudar a sanar minha dificuldade, ela queria que eu desistisse do curso, não desisti, e melhor disse que mesmo que não fosse aprovada no estágio eu seguiria ate o final, pois não gosto de começar e não chegar no final.
Agora que já tenho um pouco de experiência em docência, e amo o que escolhi, falta colocar em prática tudo que aprendi durante os sete eixos. Disse que tenho experiência em docência, mas esqueci de dizer que na EJA não tenho nenhuma experiência, e com isso para mim é tudo muito novo.
Devido as várias atividades que realizei com a EJA durante os outros eixos, consegui me familiarizar-me com essa modalidade de ensino, e os discentes que ali estão é realmente para aprender, resgatar parte do que foi subtraído de suas vidas, e com isso quero ver se consigo fazer o melhor de mim para com a turma.
Nervosismo, ansiedade, medo, alegria, incertezas, realidade cultural, será que vou conseguir? Essas são algumas palavras que expressam hoje o que sinto em relação em a modalidade de ensino que irei conhecer melhor, e logo fazer o TCC em torno desse meu estágio.

segunda-feira, 2 de julho de 2018

Um dia especial...


Um dia que não poderia ter sido melhor, cheio de trocas de saberes que incrivelmente sou suspeita em falar, mas adorei muito. Estou hoje bem acostumada com a Educação em EAD, mas esses encontros são muito estimulantes, ou seja, me deixam bem. Para mim foi muito mais que um “Encontro Acadêmico e de Integração do PEAD na FACED”, pois muitas colegas do curso ainda não conheciam a sede central da UFRGS, com essa atividade presencial puderam conhecer. 

Conheci a brinquedoteca onde fiquei sonhando em construir uma na escola que for atuar, ou de sugerir um espaço assim dentro das escolas da minha comunidade, pois em dias de chuva e muito frio as crianças poderiam ter o que fazer. Tudo muito organizado e com muito zelo conhecendo esse espaço quis voltar a brincar, quando somos crianças brincamos muito, e o tempo voa, e muitas vezes queremos ser adultos. E hoje percebo quanto é bom ser criança com sonhos, aventuras, brincadeiras a gente viaja em muitos mundos e lugares, e como professora agora temos que fazer com que as nossos pequenos curtam a idade que tem, sem querer pular etapas, convidar essa criança a querer brincar, se soltar, ser ela mesma.
Nunca visitei o museu da UFRGS, então é bem vergonhoso, pois faz muito tempo que frequento os espaços da universidade, mas acreditem faltou tempo e oportunidade, até que hoje conheci. Um breve histórico do que foi aquele prédio e logo depois sendo um museu. O mundo é pequeno mesmo, até encontrei um colega do curso técnico em biotecnologia do IFRS, que agora faz história, e tem monitoria no museu.  Havia exposto fotos de pessoas e locais que conheci no curso de extensão Territórios Negro, uma até deu saudades do curso.


Tivemos uma roda de conversa com professores das etapas de ensino que vamos fazer o estágio no próximo semestre, para mim achei que na conversa realizada por cada um era que estavam vendendo e tentando a gente escolher um dos três modalidades, e com certeza fiquei bem instigada a fazer meu estagio ainda mais forte para alunos da EJA, não sei se vou conseguir.
Para abrilhantar mais ainda nosso dia, tivemos o ilustre e famoso Professor Doutor Fernando Becker realizando uma palestra para nós. E olhar ele ministrando sua palestra pessoalmente é muito melhor que online, ele é uma pessoa muito inteligente e nos diz com clareza como devemos fazer com nossos alunos, e numa simplicidade enorme. Por ele ser muito famoso dentro da área da educação, quase todas as alunas queriam tirar fotos com ele, e foi bem engraçado, pois ele era só sorrisos.
E para finalizar tivemos roda de conversa,onde tive a oportunidade de estar na roda de conversa Temática 3: Transtorno TDH no Contexto Escolar, com a psicóloga Giane Sicilliani da Rosa onde ela esclareceu muitas dúvidas e nos forneceu muitos modos de trabalhar em sala de aula com alunos que apresentam esses transtornos. Além disso comentou que a criança poderá ser diagnosticada a partir dos sete anos, pois até essa idade as crianças podem apresentar instintos parecidos com os sintomas da TDH devido os neurônios deles ainda fazem sinapses muito rápidas, e nessa fase dos sete para cima a criança vai se adequando ao mundo exterior da comunicação, e modo de agir, começando a ficar mais tranquilo aprendendo as atividades propostas pelo educador.
Então o que dizer desse maravilhoso sábado, simplesmente foi muito bom mesmo! Pena que não temos esses poucos encontros nas quartas-feiras, e lembrando nisso já estamos na reta final do semestre e do curso. Sinto um friozinho no estomago, não sei se darei conta disso com certeza.


Planejamento...



Planejamento substantivo masculino.
1. Ato ou efeito de planejar.
2. Serviço de preparação de um trabalho, de uma tarefa, com o estabelecimento de métodos convenientes; planificação. Ex.: "O historiador fez um planejamento rigoroso para seu livro”.
Então iniciei minha reflexão sobre o que é planejamento trazendo o que significa a palavra diretamente no dicionário.
Em algum momento em nossas vidas temos que planejar, existe pessoas que levam muito na ponta do lápis o que significa planejar. Usam agendas para ter tudo registrado, se caso precisar saber com a máxima certeza o que aconteceu, ou saber o que deverá fazer no dia seguinte. Tudo organizado, arrumado, onde conseguem se guiar perfeitamente em seus planejamentos.
Dentro da educação somos obrigadas a ter planejamento para sabermos o que vamos lecionar naquele exato dia e hora. Confesso que quando fiz o magistério, esse tal planejamento como cita Rodrigues no texto que aos poucos ficou mecanizado, fazia pelo motivo que era obrigatório fazer e mostrar para a orientadora do estagio. E muitas vezes me via no dia que havia planejado e não conseguia seguir aquele roteiro tão automaticamente elaborado. Passava o único dia de descanso em cima de livros pensando e planejando atividades seguindo os conteúdos que tinha que ensinar. Ganhei um verdadeiro pavor desse tal planejamento, onde tinha que pesquisar em vários livros os conteúdos, elaborar exercícios, e para mim era um tempo perdido, não tinha muito sentido naquilo que estava realizando. Identifiquei-me com as palavras de Rodrigues que [...] o planejamento banalizava-se em um ato meramente burocrático.
Se as aulas eram expositivas, dialogadas e a maioria dos recursos usados são sempre os mesmos, será que não ficaria subentendido que todas as aulas usamos quase os mesmos recursos, e então poderíamos elencar somente aqueles que são usados no cotidiano, àqueles que eram específicos para aquele planejamento, mas mesmo que fosse obvio tinha que aparecer todos os recursos.
Temos que usar os verbos adequados para cada objetivo, e sem falar que tem o especifico e o geral. Vou ser fiel nunca entendi muito bem sobre esses verbos, fiz muito planejamento, mas no piloto automático, devido não ter muito significado para mim, acredito que não dei a importância que o planejar tem em nossas vidas. Sei que é importante ter um norte a seguir, hoje sei que ter um referencial teórico onde podemos nos apoiar quando formos questionados o motivo que estamos trabalhando dessa ou de outra forma. O planejar tem que ter sentido concreto e saber para quem vamos fazer esse planejamento, o que eu quero com o planejado. “Para Rodrigues planejar é o processo constante através do qual a preparação, a realização e o acompanhamento se fundem, é indissociável”. Ao revisarmos uma ação realizada, estamos prepa­rando uma nova ação num processo contínuo e ininterrupto.
De acordo com Rodrigues temos que nos apoiar num pressuposto teórico onde são estabelecidas as diretrizes do trabalho, definindo procedimentos e estratégias metodológicas.
Mesmo não entendendo muito bem como podemos fazer os planejamentos de forma globalizada, interdisciplinar, percebo que todas os conteúdos usamos e vivenciamos de modo integrado fora dos ambientes escolares. Pois a química encontramos em muitos aspectos diários como alimentos, higiene pessoal, biologia somos seres vivos, e assim por diante. O motivo do ensinar separado, tipo gavetinhas essa maneira que deixa os alunos confusos, pois aprendem separado o que poderiam ser visto junto, e depois se quiser separar. Acredito que um planejamento é muito importante, mas deve haver objetividade e saber que nem sempre vamos conseguir seguir a risca o que planejamos previamente, pois trabalhamos com outros seres humanos, e as vezes o que eles trazem no dia com questionamentos é muito mais importante trabalhar essa questão do que dizer para seu aluno ficar quieto e continuar com a aula planejada, atropelando uma questão que poderemos fazer gancho com o que queremos ensinar.
Segundo Rodrigues seguem alguns elementos básicos para um planejamento. Necessário ter objetivos, consistir em explicitá-los, tendo como questões básicas o quê” e “para quê”; 

v  Justificativa toda proposta tem uma origem, um por que; 
v  Temática apresentação do eixo integrador; 
v  Estratégias momento do "como" ser explicitado; 
v  Localização onde será desenvolvido? Para quem? É importante esta caracterização, deixando
esclarecido o contexto; 
v  Recursos qual o apoio necessário, em termos de materiais, meios a serem utilizados; 
v  Avaliação como acompanhamento permanente do processo, re­velar os indicadores, critérios de avaliação. 

 Fonte:
 RODRIGUES, Maria Bernadette Castro. Planejamento: em busca de caminhos. s/a e s/p.

domingo, 1 de julho de 2018

Era digital e professor analogico


Lendo o artigo Schlemmer que trás como o professor trabalho com as novas tecnologias, no início do artigo tem uma mensagem de texto com a linguagem internets de um aluno para o seu professor, onde fala da novidade de ganhar um notebook novo e de ter instalado alguns programas  abordando o trabalho em grupo que estava realizando e a empolgação de ganhar um notebook novo. Afirmo que foi difícil entender o conteúdo do e-mail, onde o aluno usa muitas abreviações fora das normas, e palavras que não tinham vogais ficando meio complicado de compreender. Deveria ter um dicionário, ou estudo de vocabulário para podermos entender mais rapidamente. Com certeza um professor de língua portuguesa não esta de acordo com essa linguagem escrita que estamos vivenciando, principalmente quando esse tipo de linguagem começa a tornar habito do aluno e levando isso para dentro da sala de aula. Concordo que seja um mundo novo e devamos nos abrir para o novo, mas não sei se um dia conseguirei entender tudo na primeira leitura. O artigo fala sobre professores que tem em seu vasto poder de conhecimento, mas são carentes de tecnologia para igualar com a convivência dos jovens do século XXI, geração digital.
Muitos de nós que crescemos com o aprendizado do olhar, e não mexer, devido o custo alto de comprar e consertar, somos os da geração analógica. E quando fomos apresentados aos computadores, tínhamos que fazer um cursinho para poder aprender a usar. A geração digital em que já nasce com uma infinidade de tecnologia ao seu dispor, assim podendo ver, tocar e o mais importante que é aprender mexendo, e com vasta opção de tecnologia, quase nem precisamos interferir, ou melhor, eles quase nem pedem ajuda para descobrir como funciona.
Mas tudo certo com isso, mas a preocupação com tantas novidades fora da escola, ele se questionam porque ir para escola aprender o que posso fazer através de computador que tenha acesso a internet? Respondo a partir das minhas convicções que o aprender a relacionar-se com os outros de sua mesma idade ou idades diversas somente dentro das escolas, igrejas, clubes sociais que conseguem fazer isso. Aprender a socializar-se como ser humano que vive em sociedade. E pensando no aprender nós professores de hoje temos sim que nos despojar das velhas roupagens e assumir de vez que os tempos mudaram, e que temos que aprender e usar todo o modo de tecnologia disponível dentro da nossa sala de aula, pois somente assim nossos alunos poderão se sentir mais no mundo deles.
Nossas crianças podem ser espertas e ligeiras no aprendizado digital, mas temos o papel importante de educador de direcionar dentro da escola e fundamentar todo esse saber que possuem para a educação, nessa hora que entra a nossa intervenção pedagógica, por exemplo, quando vamos fazer uma pesquisa, mostrar para os alunos que assim como tudo em nossa vida temos regras, coloca isso para as turmas maiores que já compreendem que podem usar os computadores para auxilio nas atividades, mas devemos identificar e sinalizar de onde estamos retirando aquela pesquisa, tal como as normas da ABNT, como deve proceder.
Desde pequenos ensinar o que é plagio, e o que acarreta se acontecer quando é pego plagiando um trabalho, e mostrar que existem regras para poder usar o que outras pessoas fizeram. Em trabalhos realizados no Word, podemos ensinar eles a formatar, como colocar imagens, colocar referências etc. Acredito que o papel da escola e dos professores que hoje aqui estão para com os alunos digitais seja direcionar como e onde podem usar a tecnologia atual. Criar grupo no whats onde possam trocar ideias sobre a matéria, e o professor se inserir nesse grupo, para tirar dúvidas e verificar se realmente estão naquele grupo trabalhando, não que eles não possam ter seus grupos sociais, mas usar essa tecnologia que tanto eles gostam para uso pedagógico também.
Antes de um conceito novo a ser estudado, dar jogos para ver como eles resolvem, e ver sua posição, seus conhecimentos prévios quanto a situação nova. E também após o conteúdo novo, dar jogos para verificar se conseguiram assimilar as leis, o sentido do conteúdo. Fazê-los pensarem uma forma de aprender através das tecnologias, acredito que terão muitas ideias e basta usar para ver se aquela irá dar certo. Têm-se uma escola digital, e com componentes que podemos usar, então por qual motivo não usar, sabe que de hoje em diante essa tecnologia só vai avançar e se não estivermos por dentro, atualizados vamos ser um professor excluído, obsoleto.
 Com todas essas novidades, a grande meta que é quebrar este paradigma que tanto assombra grande parte da geração analógica em que os métodos se sobressaem a partir de um giz/caneta e um enorme quadro negro/branco. Nestes casos podemos flexibilizar uma grande importância da inclusão tecnológica presente ao nosso cotidiano que é o uso correto dos computadores nas instituições de ensino. Não como uma válvula de escape e sem o conceito preservacionista que ainda se prevalesse pela grande classe da geração analógica de que não se pode estrair todo o conhecimento e saciar a grande fome de saber pela intenção de conservar algo que já está tão comum à geração digital.
A imposição da grande moeda de troca de saber deveria ser colocada em todas as modalidades para que se devam preencher todas as lacunas do conhecimento. Podemos ver claramente que esta nova geração tem uma facilidade de aprendizagem na parte prática do assunto. Muitos não são adeptos por esta forma de ensino por achar que pela facilidade a todos os materiais pela infinita rede virtual, acabaria incentivando a simplesmente “copiar e colar” sem mesmo ter muita pesquisa pelo assunto acarretando a uma leve decadência ao aprendizado. Alguns adeptos da geração analógica se impõem assim como a geração digital, assim também aumentando sua sede por conhecimento e quebrando esta grande barreira em que divide a maior parte das gerações. E, além disso, existe o professor que não quer mudar, que esta há muito tempo na zona de conforto e pensa que essa tecnologia toda só vem estragar o ensino com tantas baboseiras. Segundo a SCHLEMMER:
“Ah, esqueci de lhe dizer, não vou poder acompanhar os alunos ao laboratório. Preciso atender um pai. Você pode assumir a turma?” (a propósito, por que os computadores estão num laboratório? Não poderíamos pensar em distribuí-los nas salas de aula? Dois ou três em rede?) “Faltou professor, você pode ficar com eles no laboratório?” O uso das TDs não deveria ser considerado como “prêmio”, “passatempo”, “tampão”. (SCHLEMMER, 2006 p. 36)

Esse problema citado acima da geração analógica de uma parte dos professores da rede pública de educação vai dar problemas mais tarde, onde esses alunos terão que ir procurar fora da escola por esse aprendizado. Jogos, brincadeiras, podem ate ser bom, mas levar com um pouco mais seriedade a educação tecnológica é um bem que fazemos a nós mesmos e a toda a comunidade escolar e sociedade. Digamos que temos um percentual de 90% dos professores que aderiram e interagem nas redes sociais, mas não passam desse patamar. Por qual motivo encontramos nos educadores tanta resistência em aprender e ensinar como devemos usar as tecnologias?  Temos professoras que estão se graduando na modalidade de EAD, mas pedem ajuda para fazer suas atividades, e outros fazem cursos para se qualificar usando as tecnologias, mas não são capazes de colocar em prática o estão aprendendo, realmente não consigo entender.
Sinceramente gostaria que os educadores repensassem essa maneira de ver e começar a mudar, pois nas escolas particulares tem um período de informática obrigatório desde a educação infantil. Na rede pública ter aulas de informática em algumas escolas dentro do currículo é uma raridade. Existem várias observações que não consigamos muitas vezes até chegar ate os laboratórios de informática, mas temos o dever de começar a mudar esse modo de ser, parado no século passado, averiguar por qual motivo não se usa os computadores, por que estamos sem rede de internet. Mandar cartas aos órgãos competentes para que comessem mudar esse sistema. Um dia vi um filme que realmente gostaria de experimentar para ver se funcionava. Cada criança da escola mandar uma carta para a promotoria pública questionando o motivo que não tem computador na sua escola e internet, essa questão é bem legal de pensar seriamente em fazer, devido estarmos na era digital e muitas vezes as crianças de periferia so sabe que tem computador pelas mídias da televisão. As mudanças nem sempre são ruins, elas vem para desestabilizar o que já está acomodado, vem dar nova maneira de compreender nossas crianças de hoje. Se a gente não mudar, eles mudam a gente de lugar, e não teremos mais lugar nesse mundo novo.

Fonte:
SCHLEMMER, Eliane. O trabalho do professor e as novas tecnologias. O professor e o mundo da escola. Revista Textual, 2006 setembro. p. 33 a 42