sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Pensando em música e desenvolvimento infantil...

          O texto estudado e toda a interdisciplina mexeu muito comigo, pois sempre gostei de música. E hoje estudando sobre o assunto descobri que tem certos tipos de músicas que podemos escutar desde a gestação onde favorece os desenvolvimento cognitivo das crianças. 
          E nada mais produtivo colocar uma musica calma quando estamos trabalhando com os alunos, onde eles consigam ir se acalmando com a melodia. 
          Mostrar para nossos alunos os vários tipos de música, instigando o senso comum e mostrando que existem músicas boas para poder acalmar, e músicas para fazer brincadeiras mais agitadas. A grande maioria dos nossos alunos somente conhecem o funk, e as vezes não aceitam escutar outras variedades, então podemos começar escutando um funk educativo, e aos poucos ir introduzindo as melodias mais clássicas. E ate fazer um projeto sobre músicas, onde eles possam pesquisar e perguntar em casa outros tipos de musica para seus pais, avós, tios, visinhos e também buscar o modo que dançavam essas músicas.
Assim como a matemática é importante, a musica na escola também se faz necessária, pois quanto mais agradável seja o ambiente escolar, mais vontade nossos pequenos gostam de estar lá.

Mapa conceitual sobre Emília Ferreiro


Estudar Emília Ferreiro foi bem interessante, pois desde o magistério escutei falar sobre ela, e no ensino normal temos que fazer o teste da psicogênese e verificar em qual nível está o aluno. E assim mais tarde realizar novamente e verificar a evolução dessa criança dentro da aprendizagem.
Pois bem, desde aquele tempo me questionava se esse teste da psicogênese  poderíamos aplicar em adultos na etapa de alfabetização, e se a construção do conhecimento cognitivo possuía a mesma base. Não sei se possui a mesma base, mas nesse semestre iniciei meu estágio na EJA etapa II e III, e verifiquei que alguns alunos não liam, e escreviam com muita dificuldade.
Fiquei muito entusiasmada em fazer a verificação aplicando o teste nos alunos e fui vetada pela coordenadora pedagógica da escola, e ela disse que a professora sabia em qual etapa esses alunos estavam, e não era necessária essa sondagem. Fiquei muito triste, pois seria uma forma de investigar e poder planejar para aqueles alunos tendo como base uma ajuda direta onde eles estavam precisando para poder desenvolver a leitura, interpretação, e construir o que tinham por objetivo desde que voltaram a estudar.
Então minha pergunta ficou sem resposta quando fiz a professora: “Qual é o nível que se encontra tais alunos? Ela respondeu que sabiam ou não sabiam ler ainda, isso eu já sabia.” Quero dizer não consegui prosseguir realizando meu estágio, pois depois desse dia tanto a professora como a coordenadora não me aceitaram mais na escola e fizeram de tudo pra eu jogar a toalha. E infelizmente elas conseguiram, e garanto se chegar hoje para aquelas mesmas pessoas e dar um texto mínimo ainda estão no mesmo patamar.
Claro eu deixei na reta com meus planejamentos atrasados e tal, mas acredito que esse não era o verdadeiro motivo para não me querer mais dentro da sala de aula, cujo sua regência iria somente até dia 30/11, onde que voltaria assumir a turma era a professora da turma.

Refletindo sobre os textos e a historia da educação...


O Brasil infelizmente não mudou muito, pois ainda encontramos muitas crianças sem escola, precisando de um lar, de cuidado, com trabalho escravo e até mesmo na prostituição, onde homens horrendos não respeitam o pequeno corpo infantil, desnutrido e ainda em desenvolvimento, que é vendido como se fosse um pedaço de carne, uma mercadoria como qualquer outra qualquer.
Triste ver a impunidade dos governantes que tiram do povo, das escolas, da merenda escolar, para suprir sua ganância, uma falta de ética e de respeito com todos nós brasileiras (os).
Quando teremos uma escola legal para nossas crianças, quando os professores serão valorizados, quando todo cidadão brasileiro terá um emprego digno que possa sustentar sua família, quando vamos parar de ver crianças nas ruas vendendo, mendigando sendo exploradas até mesmo pelos seus familiares?
Não vejo que uma imposição de fora como a ditadura militar hoje possa resolver a situação que o Brasil se encontra, os políticos e a polícia sabe como resolver toda a bagunça e quem realmente esta por trás dessa loucura que estamos vivendo, agora falo sobre o grande mal da nossa sociedade atual, falo sobre as drogas. Essa maldição esta arruinando e faz tempo muitas famílias, pais de família, gente que era do bem, e trabalhadora. Como tirar o Brasil da UTI que se encontra? Dizem que o nosso país esta no fundo do poço, que não tem dinheiro para pagar sua divida externa, que não tem dinheiro para nada. Mas por qual motivo alguns órgãos recebem salários altíssimos? Essa verba será que poderia ser distribuída e pagar pela educação, para ter melhor saúde para todos, moradia, e abrir mais vagas de emprego, fazer a população estudar e trabalhar. Construir mais escolas, e valorizar nossas crianças, que realmente são o futuro do Brasil. Mas se isso não acontecer, o futuro do Brasil estará nas mãos dos idosos, pois nossas crianças estão morrendo, por conta da fome, do tráfico.
Acredito que todos nós temos uma parcela de culpa em tudo que acontece a nossa volta, principalmente quando se trata desse caos que está nosso país. Temos que ajudar mais e pensar menos em nós mesmos, e saber dizer não a tudo que prejudique os outros, ter mais ética e autenticidade para tudo melhorar, fazer a nossa parte.


A maquinaria escolar Julia Varela Fernando Alvarez-Uria


Essa postagem foi retirada de um trabalho da interdisciplina Espaço e Tempo na Perspectiva Histórica, onde ainda não sabia que tínhamos que postar reflexões referente o que estamos estudando.
Então hoje relendo o trabalho percebo o quanto é importante à escola pública e para todos, pois houve um tempo que nem todos tinham esse direito. E quando escuto falar em privatização e um dia escutei que iriam realizar isso com as escolas, logo veio uma enorme tristeza, pois querem que o mundo volte no tempo, onde somente quem tem direito de estudar é quem tem dinheiro para pagar. Um absurdo! Triste pensar que nossos governantes não pensam na população, e quando chegam à estado não pensam em nada e a ganância toma conta.
O texto nos mostra uma época em que emerge muitas mudanças dentro da sociedade, a criação da escola, onde todos teriam direito, e dando sentido as obrigatoriedades e deveres a serem cumpridos, até chegar os dias atuais com as leis que temos hoje.

Teia de aprendizagens


Foi bem interessante realizar a dinâmica da Rede de Aprendizagens, e hoje depois de muito tempo consegui compreender que o objetivo era mostrar que todas nós de certa forma fazemos parte da construção da aprendizagem uma das outras. Pois na vivencia mesmo sendo em EAD tivemos muitos encontros presenciais, e encontros virtuais diários, em vários ambientes virtuais, até mesmo pelo Faceboock , chat do gmail, Wathasap, pouco deixei recado nas mensagem do Moodle, mas nos comunicamos para resolver dúvidas, fazer questionamentos, para pedir apoio psicológico, em fim foram muitas comunicações, uma rede de aprendizagem. Tem colegas que conversei online e que presencialmente somente boa noite, tudo bem corrido, mas tudo funciona.
E para finalizar o que é um pensamento dogmático e um pensamento crítico fui ao dicionário para ter a plena certeza que compreendi ambos.
O PEAD abriu muito minha mente, consegui reconstruir meus pensamentos críticos pouco construtivos sobre faculdades em EAD.

Corporeidade como conceito diferenciado nas interações e aprendizagens no cotidiano.


Lendo o que escrevi sobre a corporeidade  a criança desde o ventre responde a estímulos, com isso vai se desenvolvendo. Após o nascimento reconhece a voz da mãe, do pai, se tiver irmãos maiores também. Segue com os olhos em poucos dias de vida as imagens mais coloridas e grandes, claro somente vultos, mas assim vai reconhecendo o mundo exterior.
Quando o bebê nasce os médicos fazem muitos testes com eles antes de dar alta, esses testes realizados servem para mostrar que o bebê está apto e reage bem aos exercícios e estímulos. A corporeidade nos mostra o quanto é importante para todos os seres humanos e somente nos conseguimos desenvolver muitas habilidades ao longo de nossa vida. Ninguém consegue sobreviver e se desenvolver sem o outro, e sem esse contato, pois aprendemos com o nosso semelhante através do tempo.
As crianças na educação infantil, os alunos do fundamental 1 e 2, e os alunos do ensino médio precisam da troca com o outro, do carinho, da atenção, pois as vezes não encontram isso em casa com sua família, e acaba a escola tendo que suprir essa carência. Um aluno muito agitado que bate nos outros sendo até um desafiador dentro da sala para a professora, e essa não o compreende e o castiga e quando mais o castiga, pede para ele parar mais ele faz, e as vezes temos que parar e se perguntar por qual motivo ele esta agindo daquela maneira?
Durante o segundo semestre desse ano observei um aluno que era muito brigão, e a professora solicitou várias vezes intervenção da disciplina, e ate mesmo no recreio ele encrencava com os colegas, muitos colegas não queriam brincar com ele, foi onde comecei a conversar com ele, já que tinha que cuidar o recreio e ficar de olho no aluno o qual era monitora. Comecei a conversar com ele, pedir abraço, dizer que eu era amiga dele e ele é uma pessoa muito importante para mim. No recreio tudo que faziam para ele era para me procurar ou falar com qualquer monitora que estivesse no pátio, e não agredir ninguém, foi um acordo entre nós, aos poucos foi fluindo, ele ficou mais calmo, pois comecei a perceber que os colegas o provocavam e comecei a chamar atenção deles e até levar eles para disciplina. Foi bem interessante, mas surtiu efeito, no fim do ano até beijo da professora ele recebeu essa que também não via o que os outros faziam, ou fingia não ver, não sei dizer. Acredito que as doses de carinho e as conversas surtiram uma grande melhora na criança. A turma começou tratar ele de outra maneira e conseguimos reverter o quadro do menino mal educado que batia nos colegas, para o “Paulo” vamos jogar bola? (nome fictício)
 Antes de sair abraçando os alunos, temos que ter certeza que esse aluno quer nosso abraço, pois muitos gostam outros não, e ainda podem ter aversão ao toque de outras pessoas.
O que entendi que a corporeidade é necessária para todo desenvolvimento do ser humano desde o ventre até a terceira idade eles precisam tocar, como digo olhar com as mãos para poder ver, sentir, e isso é importante para o desenvolvimento afetivo e cognitivo desse aluno. Fazer atividades diversas para desenvolver os sentidos sensórios motor fino e amplo, locomotor, auditivo, visão. E por isso, quanto menores são as crianças, mais eles querem correr, se testar, subir, descer, pular, etc. E na escola que temos que promover e colocar obstáculos, provocar todos esses sentidos, claro sempre tendo o cuidado para não se machucarem, pois nessa fase é onde as crianças mais sofrem pequenos acidentes.


Neurociências


Quando comecei a lecionar em NOV/2013 e fiquei sabendo que iria dar aula numa quarta-série onde havia uma aluna que não conseguia ler, e já estava com doze anos, fiquei muito preocupada. E visitando o site da UFRGS obserei que tinha um curso de extensão sobre: “neurociências e a educação”, me interessei, fiz o curso, adorei muito o curso, e fiquei com muita curiosidade em fazer outros cursos nessa linha.
Mas infelizmente não foi o suficiente para conseguir ajudar a aluna em questão ler, mas com a ajuda da diretora que pediu para uma amiga ir avaliar os alunos indicados pelos professores ela foi encaminhada para uma psicopedagoga e para um psicólogo, mas a família não fez nada.
Ela tinha um bloqueio muito grande, mas ao longo do ano estava quase lendo. Infelizmente o ano terminou e no conselho acharam melhor reter ela de novo, ao entregar a avaliação para sua avó, quase chorei por ver ela tão triste, pois era uma excelente aluna, somente não sabia ler, mas sabia todo o alfabeto, as demais atividades ela realizava. Quando não sabia o que fazer me perguntava e logo fazia principalmente as atividades de matemática.
E dentro da interdisciplina Corporeidade o professor trouxe novamente esse assunto e podemos ver que tudo envolvido com o nosso cérebro. E trabalhar os movimentos, a afetividade na primeira infância, a alimentação, os traumas, tudo faz parte e dependendo podem prejudicar ou ajudar o desenvolvimento do ser humano. E que muitas coisas ficam registradas em nossa memória, e se a criança sofreu algum trauma na região da leitura e compreensão vai ficar bem difícil para essa aprender a ler, a juntar as silabas e formar as palavras. Minha tristeza foi que em 2015 onde estava montando um projeto para poder trabalhar com essa menina na escola, o governo do estado me demitiu para poder nomear os professores aprovados no concurso, isso para não sair como o “ruim” da história.
Fui até a escola e fiquei sabendo que seus avós haviam se mudado para as Ilhas, e transferido as crianças. E nunca mais ficaram sabendo dela e de suas irmãs.
E até hoje me questiono, será que conseguiria ajudar ela construir sua leitura?
Ou será que algo aconteceu que afetou de vez com a parte do cérebro que é responsável pela leitura? Nunca saberei essas respostas.

Memórias


A postagem realizada fala sobre as memórias,  minha história de ontem, e a de hoje muitas acontecimentos mudaram meu modo de ver quase tudo, a chegada da Anna Luíza, minha neta fez eu querer mais que nunca estudar para ter um bom emprego para dar algumas coisas boas para ela, como uma boa educação, matricular ela numa escola onde valorize o conhecimento prévio do aluno e faça ele construir o seu aprendizado, esse é o melhor presente que os pais devem dar aos filhos, e isso vou ficar devendo para meus filhos. Do relato das minhas memórias fica evidente que hoje estou com mais idade, uns cabelos brancos, estou mais cansada, mais peso, e muitas vezes pega o desânimo.
E falando de PPP a escola onde atuei em 2014 esse documento não foi elaborado por todos os seguimentos, pelo que observei a comunidade escolar tinha seu representante, mas esse era pouco chamado, pois ouvindo uma pessoa do corpo docente dizer que esse participante não entendia de nada e chamavam somente para assinar os documentos, atas etc.
Sei que a verba é pouca para o tamanho da escola, mas valeria a pena se a gestão pudesse angariar algum projeto para conseguir ir arrumando a escola aos poucos. A merenda também era sempre as mesmas coisas, as vezes era so lanche direto, e outras vezes somente comida, sendo que a comunidade era umbandista e muitos não comiam arroz com galinha, e ficavam com fome.
E muito importante a instituição de ensino conhecer a comunidade onde esta inserida, e fazer com que essa participe de tudo dentro da escola. Essas pessoas são importantes e tem força de conseguir buscar junto com a gestão alguns meios de melhorar esse espaço onde as crianças ficam quatro horas diárias durante 200 dias letivos.
Havia na escola uma sala com muitos materiais que poderia fazer um mini museu dentro da escola, junto da biblioteca, onde os alunos pudessem ver como era antes, e os professores mostrar como eram as aulas, tem até arquivos com fotografias. Daria um bom fim para todo o material que esta se deteriorando com o tempo.
 Em 2016 tive a oportunidade de ir lecionar em Novo Hamburgo no bairro Canudos numa escola que tinha somente até o quinto ano. Uma escola onde a pedagogia era tradicional, mas a gestão era perfeitamente boa, com integrantes participativos de todos os seguimentos, com reuniões mensais onde a direção dava satisfação de tudo que gastava as verbas dessa escola. O espaço físico era amplo, higienizado, pintado, com salas de aula com ar condicionado e todo material que a gente precisasse para fazer as atividades com os alunos. A merenda escolar era maravilhosa e variada, a cozinha limpa como nunca vi em outras escolas estaduais que passei.
Logo que cheguei na escola a supervisora pedagógica me mostrou o PPP, onde li por cima, mas percebi que foi elaborado pela escola como dever ser feito, pensando em sua comunidade escolar. E no fim do ano voltaram a mexer no PPP, para mudar o modo de avaliação que era bimestre e passou para trimestre. Daí nesse momento eu participei, e expliquei como faziam nas escolas que já havia esse tipo de avaliação. Complicado foi ver a dificuldade que as colegas sentiram em somar até chegar a 100, e verificar qual era a média por cada trimestre, mas conseguiram.
Nessa escola aprendi que temos que ter um posicionamento e uma boa fundamentação teórica para apoiar o modo que estamos ensinando. A única coisa que não gostei que lá os alunos não decidiam nada, muito menos refletir, fui muito criticada quanto a isso, mas sempre que dava fazia eles pensar sobre o assunto e falar sobre suas concepções prévias sobre os conceitos estudados. E isso me doía  muito mesmo, mas sempre que podia fazia eles pensar, principalmente na área das ciências e matemática. para cada aula que formos dar, pois ali muitos pais participam direto da educação dos alunos, diferente da outra escola onde trabalhei. Os pais nessa escola tinham que agendar horário para falar com os professores, e no interior, muitos pais queriam saber quem eu era de onde vim etc. Por um momento quase mudei de vez para a cidade que me acolheu tão bem, somente para continuar trabalhando por lá.
A educação dos alunos era muito boa, onde a gente podia deixar a bolsa em cima da cadeira sem se preocupar que alguém pudesse mexer ou subtrair algo nosso. Atuei lá somente por quatro meses, quando chegou o fim de ano a despedida foi muito triste. Muitos pais na festa de Natal quiseram saber por qual motivo seus filhos foram chorando para casa.
Foi nessa escola que obtive a certeza que uma gestão democrática com todos os seguimentos sendo respeitados e participantes, tudo funciona muito bem, o único problema é que isso dá muito trabalho, mas quando a comunidade se sente parte integrante da instituição fazendo de tudo para ajudar a escola melhorar para ver seus filhos bem atendidos e com uma escola equipada com tudo funcionando. Percebi o respeito e o prestígio que a comunidade escolar tem pela equipe diretiva, principalmente pela diretora.

Retrato da Escola


Nessa postagem voltei em 2014 quando lecionei pela primeira vez como regente, para mim foi bem difícil vivenciar numa comunidade escolar totalmente carente financeiramente e afetivamente. Meus alunos vinham 80% de famílias desestruturadas, sendo criados a Deus dará popularmente falando. A escola era um local onde tinham um pouco de segurança, amor, alimento e tudo que uma criança precisa aprender em casa eles aprendiam com os professores. A escola como estrutura física era muito debilitada como a maior parte das escolas da rede pública, mas mesmo assim era bem melhor que seus lares.
Foi nessa escola que nasceu minha vontade de compreender como a criança aprende, e que resolvi sair da Licenciatura em Ciências da Natureza, com habilitação em Biologia e Química, para fazer o PEAD.
A gestão escolar, os professores, e os funcionários não acreditavam nos alunos que ali frequentavam, então escutei em uma das reuniões pedagógicas que com aqueles alunos não precisávamos nos esmerar nos planejamentos e nos ensinamentos, pois poucos chegaram no final da educação básica. E os demais seguiram as profissões dos seus pais, que eram papeleiros, profissionais do sexo, e até mesmo traficantes. Palavras absurdamente intensas, que jamais pensei escutar sair da boca de quem estava ali para acreditar que a educação um dia fará a diferença.
Além de observar isso atentamente, observei que muitos de nós professores vemos somente o feio, estragado, ruim, triste, e não conseguimos ver nos olhos daquelas crianças que não pediram para nascerem naquela situação, alunos com olhos sedentos de amor, afetos, fome, de aprender, e de ver que alguém consiga acreditar neles, pois em casa poucos possuem adultos para se espelharem e acreditar que estudando podem sair da situação em que se encontram.
Acho que uma atividade legal de se fazer com os alunos era mostrar o histórico da escola, como ela era no início, e os alunos que lá se formaram, e que os alunos que foram importante para a sociedade Porto alegrense, assim instigando os alunos de hoje querer fazer diferente, estudar, aprender e conseguir ter um índice positivo de aprendizagem. Como foi importante essa atividade, mesmo realizando ela depois que não estava mais na escola trabalhando, com ela pude observar o quanto um professor pode errar com seus alunos tendo pensamentos preconceituosos e discriminatórios.
Um dia a diretora me chamou atenção e me questionou: “Andreia como faz para teus alunos vir numa tarde chuvosa, e fria, tua turma está sempre cheia? Respondi: Faltam três alunos”. Ela sorriu me abraçou e seguiu para direção, e assim foi todo o ano letivo. Naquele momento que ela disse, não entendi o seu questionamento, hoje lembrando, de tudo novamente, veio essa memória, amei aquela turma de quarto ano, alunos complicados, brigões, revoltados, digamos que um tanto mal educados, pois adoravam dizer palavrões na escola, mesmo eles sendo assim aprendi a amar cada um deles e entender tudo que diziam, e na maneira de olhar.  Nesse ano letivo nunca faltei, e nunca os tratei diferente, abraçava a todos, e os que vinham me cumprimentar fazia igualmente. Nunca passei a mão por cima de nenhum deles, sempre fiz com que se sentissem iguais e que todos tinham chance de aprender. Os respeitava em suas particularidades e para conversar com eles e chamar atenção chamava e conversava no corredor, sem os deixar envergonhados sem expor diante da classe, e assim eles também faziam comigo me chamavam para conversar sobre qualquer assunto também no corredor. Cobrava tema, atividades que era para realizar em casa, mas com tempo fui percebendo que muitos deles não tinham o suporte familiar para ajudar eles em casa, daí dava uma folhinha ou um tema mais fácil.
Assim fomos construindo um laço de cumplicidade a turma e eu. Nesse ano nasceu a professora Andréia, e mesmo antes do PEAD, sempre revia meu dia numa reflexão de como melhorar, ou continuar o que deu certo.
Sinto saudades dessa turma, e gostaria imensamente de revê-los, hoje são adolescentes muitos indo para o nono ano, às vezes falo com a secretária da escola a única funcionária que permanece na escola, ela diz que estão bem, alguns ótimos, outros saíram, e uns repetindo e recuperando.
Essa escola faltava um pouco de bom olhar dos professores, funcionários e gestores, formular projetos e tentar melhorar a escola. Fazer a comunidade se sentir parte da escola, acho que faltou isso para deixá-la melhor. Ser menos impessoal, e deixar o preconceito e a discriminação de lado e pensar nos alunos.
Por isso, em novas escolas que entro para fazer qualquer atividade peço para dar uma lida no PPP da escola, e depois dessa atividade sempre procuro olhar a escola nos detalhes, procuro escutar os alunos e ler as entre linhas isso que vai me mostrar a verdadeira identidade escolar.

Tentando postar...

Essa foi minha primeira postagem em casa, mexendo e verificando se tudo iria dar certo. Como foi o SI foi a primeira interdisciplina que tivemos, acredito que tenha ficado dentro dela, mas hoje verificando e compreendendo melhor sobre as postagens o marcador dela ficou igual o título.
Em resposta a essa postagem recebi algumas respostas de colegas que nem conhecia muito bem, e como sou um tanto carente de afeto me senti muito feliz em saber que pessoas que mal me conheciam estariam dispostas a me ajudar.
Quanto a minha pergunta do título “será que vou dar conta?” Respondo hoje que sim, a tecnologia é uma ferramenta que veio para nos auxiliar e melhorar nossas aulas, e nossa vida. Mas temos que ter muito cuidado e foco, pois com tantos aplicativos onde de muitas formas me ajudaram, esses mesmos me distraíram muito em momentos que tinha que ter 100% de atenção voltada para meus estudos e leituras.
Usar toda a tecnologia que a escola dispõe, e fazer com que os gestores compreendam que isso faz parte do cotidiano de todos os alunos atualmente fora da instituição, para isso tem que ter uma boa fundamentação teórica onde facilitará atingir nossos objetivos.
Montar textos interativos como fizemos em muitas vezes em algumas interdisciplinas no Google Docs, fazer vídeos sobre os conteúdos, fazer jogos online onde os alunos possam jogar de suas casas em dado horário, claro o professor deverá estar em uma interface para ir dando suporte necessário.
Claro tenho ainda muito para aprender dentro da tecnologia, informatização, mas percebi que quando a gente quer tudo fica mais fácil de fazer e ajudar os alunos a construir o seu conhecimento.

Reflexões sobre: Criando um blog de aprendizagens...


Hoje buscando as postagens para realizar as atividades da interdisciplina do seminário integrador fiquei bem emocionada em reler algumas postagens e refletir sobre o que estava pensando no início do curso. Evoluí um pouco no transcorrer do curso, sim temos que evoluir isso que esperamos, e escutando a música escolhida para ilustrar aquele momento vejo que foi pontual, pois o “tempo voa” como diz o refrão da melodia, e aqui estou no oitavo semestre.
Minha caminhada esta sendo bonita, apesar dos altos e baixos, de muitas vezes achar que não conseguirei, mas surgem os anjos em forma de colegas, tutores, professores. E uns familiares que criticam pelo motivo de querer estudar, outros dizem o que tanto estuda? Depois de tanto ser questionada e criticada esses da forma que me abordaram também me ajudaram a não desistir do meu propósito. 
Diante as dificuldades encontradas onde citei no texto referência, digo que a minha disciplina e organização tem que melhorar muito ainda. As ferramentas digitais muitas reaprendidas, outras construídas com o tempo no PEAD, consegui compreender e usar sem muito trabalho, as vezes encontramos uns entraves, mas nada muito sério.
Claro segui conselhos de uma pessoa que amo muito, e eu o declaro autodidata, porque ele aprendeu tudo sobre informática lendo, pesquisando, comprando computadores velhos para estudar a estrutura dos aparelhos, e posso dizer que ele é um crânio e seu conselho é mexer, montar, desmontar e não ter medo do novo, pois se a gente não tem desafios a vida fica sem graça, essa pessoa o qual citei é meu querido padrasto, que me conhece desde um ano de idade. E ainda acrescentou: “tu era bem mais curiosa e não tinha medo de nada” agora vais ter medo da tecnologia?
Assim deixei o medo do novo ir evaporando das minhas ideias, e fui olhando os tutoriais, e outros vídeos no Youtube que me ajudaram a compreender melhor. Claro solicitei muito mesmo os tutores, principalmente o da interdisciplina do Seminário Integrador.
Pensei muitas vezes ao longo do curso em desistir, pois depois que entrei no PEAD fiquei sem emprego e isso dificultou muito para eu conseguir colocar em prática tudo que aprendemos, pois esse curso tem todo um diferencial. Mesmo com o pouco tempo de docência muitas vezes me remeti ao passado quando estava ministrando as aulas e assim realizando as reflexões necessárias. Meu pensamento que fez eu ficar e continuar sonhando com essa graduação é pelo meus avós, principalmente pelo meu avô que era analfabeto e sempre mandou eu estudar muito, e dizia quem não estuda fica sendo chofer de fogão, ou seja, cozinheira, lavadeira e outras atividades que muito exerci para poder ajudar no orçamento da minha casa, junto a meu marido que sempre ganhou muito pouco e tem uma preguiça enorme em terminar o curso superior que entrou muito antes que eu.
Hoje penso que meu maior sonho é claro me concluir essa caminhada com minha certificação em Licenciatura em Pedagogia, e logo ter uma turma para chamar de minha, para conseguir voltar nas etapas do PEAD para colocar as aprendizagens na prática e refletir sobre e escrever elas, mesmo não estando mais cursando tais interdisciplinas. Sei que fui um pouco relapsa e meio desinteressada, no entanto, acredito que também seja um aprendizado que levarei e com isso posso também ajudar aqueles alunos que se acham meio fracassados. Segundo Freire:

 A prática docente crítica, implicante do pensar certo, envolve o movimento dinâmico, dialético, entre o fazer e o pensar sobre o fazer. Por isso, é fundamental que, na prática da formação docente, o aprendiz de educador assuma que o indispensável pensar certo não é presente dos deuses nem se acha nos guias de professores que iluminados intelectuais escrevem desde o centro do poder, mas, pelo contrário, o pensar certo que supera o ingênuo tem que ser produzido pelo próprio aprendiz em comunhão com o professor formador. (FREIRE, 1996. p. 22)

Saber usar as critica de modo construtivo e ensinar nossos alunos ser assim, isso será bem mais fácil ao logo dos anos para ele. Muitos alunos pensam que ao receber uma crítica do professor/educador, não gosta dele, ou algo assim. Mostrar que podemos crescer diante das críticas isso fará a diferença no futuro dessa criança. Mas temos que cuidar para não criticar somente com intenção de julgar ou mostrar como o aluno está errado, mas trazendo algo para que reformule e edifique seu posicionamento diante da situação referida.