terça-feira, 13 de agosto de 2019

Por onde começar...


Totalmente atrasada e atrapalhada, nem sei por onde começar, e nem sei se terei chances de terminar o que comecei. Embora esteja me sentindo dentro de um olho de furacão, estou feliz, pois consegui realizar o tão enigmático estágio docente, e as nove semanas passaram com a velocidade da luz.
Fui nomeada pela prefeitura de Viamão, e hoje sou professora, me sentindo professora com todas as responsabilidades possíveis e impossíveis que um educador carrega consigo o amor pela profissão que escolheu ou será que fui escolhida, ainda não decidi esse detalhe. Para minha surpresa após o recesso recebi na minha turma a aluna estagiária Cristiane ela veio do Instituto Estadual Isabel de Espanha, instituição que me formei em 2005/1 também no magistério.
Jamais imaginei que iria receber tantos presentes assim, e que seria avaliada de tantas formas, e esse medo que carrego comigo de não conseguir dar conta de tudo, e acabo me enrolando mais que o normal. Dentro dessa profissão já ganhei tanto de tantas formas, e sempre sou grata a tudo e a todos.
Realmente a UFRGS possui um pó mágico onde olham meu currículo, ou comento que sou aluna dessa grande instituição as pessoas me olham como se eu fosse um gênio, e eu não me sinto assim. Uma pessoa inteligente não deixa suas atividades atrasadas logo no momento que deveria ter tudo em dia, fazer tudo para ontem. Acho que se conseguisse falar sobre os meus sentimentos com Freud, ele diria que meu subconsciente esta me boicotando para não seguir adiante como deveria ser. Isso por eu estar sempre achando que não sou capaz ou não merece tudo que acontece comigo. Eu seria uma paciente impaciente de Freud. Acho que nem ele iria conseguir entender o motivo que faço isso comigo.
Mas tenho muitas postagens para fazer, e acho que vou continuar usando o blog/ portfólio, pois é uma maneira de expor o que sinto, pois acho que essa relação de escrever sobre o cotidiano, aprendizagens e teorias é de suma importância para um educador.
Ter um meio de registrar todos nossos sentimentos, e depois de algum tempo reler, e achar os erros de gramática e ortografia é algo que ajuda muito dentro da aprendizagem.
Logo que der tenho muito que postar sobre o meu estágio, sobre o inicio da minha docência como regente concursada e nomeada. Muito assunto para tão pouco tempo. Sei que ando muito cansada e sem tempo.

Como destravar e começar a ver a Arte com outros olhos


Lendo sobre arte, percebi o quanto não sei sobre arte. Mas ao mesmo tempo a arte contemporânea esta em toda parte, e se quisermos também podemos fazer um pouco de arte. Mas seria uma arte de brincar de arte, pois existem muitos critérios para a gente se transformar num artista plástico conceituado, e no meu caso que não compreendo e nem mesmo sei sobre as cores terciárias seria muito interessante de o nada virar uma artista.
Questiono-me o motivo que nós pessoas da classe média baixa ficamos tão longe dessa cultura artística como museus, obras expostas, e eventos musicais. O motivo que não valorizamos vem desde berço, pois há anos que existem apresentações que tem ingressos grátis, ou outras formas em conta como eu tenho carteira da faculdade tenho meio ingresso em tudo, e nesse tempo todo estudando nunca aproveitei para apreciar algumas apresentações, exposições.
Minha família nunca valorizou esse tipo de educação, mal via meus avós lendo. Então me acostumei a não apreciar essa modalidade de educação. Depois de adulta só venho reproduzindo o que aprendi, mas agora como educadora acredito que tenho que mudar meu modo de ver a educação no modo geral e em arte não é diferente. Dar tempo para apreciar e passear um museu. Tentar compreender as obras de artes, e valorizar o que meus alunos constroem em casa, melhor fazer aula de arte na escola, pois como eu muitas vezes a única forma de muitos alunos verem, fazer arte.
Agora é bem mais complicado aprender a arte depois de grande, assim como dançar, e estudar uma língua estrangeira, mas nada é impossível.
Na verdade acho que na minha vida toda senti muita preguiça de sair e conhecer esse mundo novo, pois resido na região metropolitana de Porto Alegre, e me deslocar nos finais de semana com filhos e marido para alguns eventos não me sentia muito animada. Hoje não tenho filhos pequenos, e marido se não que ir, então vamos começar ir sozinha ver esse mundo novo. Bem complicado, mas temos que recomeçar a viver, e sentir o que tantas pessoas sentem quando vão em alguma exposição.

segunda-feira, 12 de agosto de 2019

Pensando em Arte


Quando abordamos e pensamos em arte, logo vem a ideia de grandes obras em museus, e esquecemos como essa arte foi construída dentro de nós.
Minha família é pobre e com isso não tive grandes exemplos de artistas plásticos, e muito menos de ler, e visitar museus ou exposições como a da Bienal que muitas vezes esteve em Porto Alegre. A pouca vivencia que tive com o mundo da arte como home é denominada foi na escola. Durante as aulas nas séries iniciais a gente somente pintava imagens dadas mimeografadas pela professora, onde a gente pintava com lápis de cor e no máximo com tinta guache. Nas séries finais do primeiro grau, no sexto ano tive geometria plana, e como repeti pude visitar o teatro da OSPA com a escola e vi o primeiro e único concerto até hoje de uma orquestra que me emocionou muito mesmo, onde me apaixonei por música clássica, mas mesmo assim não escuto muito. Educação artística nesse ano foi totalmente voltado para educação musical.
Nos outros dois anos fui fazer sétimo e oitava ano numa escola estadual na Mathias Velho em canoas, onde tivemos em lugar de artes técnicas agrícolas, e comerciais. Poucos desenhos, pouca pintura, mas meus rabiscos sempre me levaram a desenhar vestidos, e casas de todos os tipos com amplos jardins, e muito verdes.
Quando fiz o magistério a gente aprendeu algumas técnicas para trabalhar com os alunos, fazer atividades como teatro, pinturas, mascaras. Mesmo assim me sinto meio travada para trabalhar com artes com minha turma. Tão travada que tenho medo de mexer com tintas com eles, e de usar a criatividade que e bem latente nas crianças.
Então percebendo e estudando um pouquinho percebo que a arte contemporânea e mais fácil de trabalhar com os alunos, e sei que não vou conseguir contemplar tudo sobre arte para eles, mas o pouco que conseguir trabalhar para instigar mais ainda a curiosidade que eles têm nessa fase tenho certeza que estarei colaborando com eles e na sua aprendizagem, pois vejo neles eu na infância em minhas aulas. E sei que se não fosse pela escola eu não saberia nada mesmo sobre Arte, pois na minha família assim como muitas famílias dos meus alunos não possuem e não contemplam a Arte como deveria.