O mês e
setembro é um mês que gosto muito, pois é o mês que inicia a primavera, onde
podemos escutar o canto dos passarinhos no amanhecer e no entardecer. As flores
desabrocham, as árvores ganham novas folhagens ficando vários tons de verdes.
Os dias ficam mais longos e após as dez horas da manhã a temperatura aumenta e
as tardes com uma temperatura muito agradável, e quando a noite chega vem um
friozinho que nos convida a tomar um mate quente que vai indo acalmando para
uma noite de descanso merecida.
Setembro
tem outra peculiaridade aqui no Sul, pois além de comemorarmos a Independência
do Brasil, temos a Semana Farroupilha, onde nós gaúchos lembramos-nos da luta
dos nossos antepassados passaram para termos mais dignidade e igualdade no
preço do charque, onde era desvalorizado. Mas para quem inicia as observações
neste mês, mais precisamente na segunda quinzena, o tempo voa, e as
comemorações dentro das escolas seguem até o fim de setembro.
Foi o
que aconteceu comigo e nas observações na EJA etapa II e III, onde temos que
observar como a professora trabalha com os alunos, e nesse meio tempo vamos
conhecendo os alunos e eles nos conhecendo. Aqui na escola tem a Gincana
Farroupilha, e outras festividades envolvendo as tradições gauchescas, e mais
os feriadões, com isso quem tem que observar fica um pouco complicado, mas
mesmo com tão pouco tempo já consigo ver a turma.
Foram poucos
dias de observação, mas o que pude refletir é que em qualquer turma que damos
aula e na EJA não é diferente, e como educador temos que ter a sensibilidade de
buscar, instigar, não deixar cair na rotina, não esquecer-se de fazer, trazer o
material muitas vezes xerocado, pois o modo de copiar deles é mais lento, para
tudo dar certo. Não deixar as aulas caírem na mesmice, ou seja, fazer os alunos
terem curiosidade a vir à escola todos os dias, por que sabemos o quanto é difícil
estar de volta na escola, às dificuldades da vida adulta. Esse aluno é muito
especial para nós, pois ele vem buscar o que perdeu e podemos ver nos seus
olhos quando eles compreendem o conceito, o conteúdo e conseguem. Na devolução
da prova queriam saber a nota que tiraram, ficaram ansiosos, mas a tristeza de
alguns que não conseguiram atingir o objetivo.
Entendi que prova é prova, e com
o resultado podemos ter o termômetro de quem sabe e entendeu, e voltar a ensinar aqueles que
não conseguiram atingir os objetivos devido não terem compreendido como fazer. E alunos querem nota sempre, e isso me deixa meio preocupada, pois eles não são um valor, eles são serem em construção da aprendizagem.
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