segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Primeiras reflexões sobre as observações da EJA etapas II eIII



O mês e setembro é um mês que gosto muito, pois é o mês que inicia a primavera, onde podemos escutar o canto dos passarinhos no amanhecer e no entardecer. As flores desabrocham, as árvores ganham novas folhagens ficando vários tons de verdes. Os dias ficam mais longos e após as dez horas da manhã a temperatura aumenta e as tardes com uma temperatura muito agradável, e quando a noite chega vem um friozinho que nos convida a tomar um mate quente que vai indo acalmando para uma noite de descanso merecida.
Setembro tem outra peculiaridade aqui no Sul, pois além de comemorarmos a Independência do Brasil, temos a Semana Farroupilha, onde nós gaúchos lembramos-nos da luta dos nossos antepassados passaram para termos mais dignidade e igualdade no preço do charque, onde era desvalorizado. Mas para quem inicia as observações neste mês, mais precisamente na segunda quinzena, o tempo voa, e as comemorações dentro das escolas seguem até o fim de setembro.
Foi o que aconteceu comigo e nas observações na EJA etapa II e III, onde temos que observar como a professora trabalha com os alunos, e nesse meio tempo vamos conhecendo os alunos e eles nos conhecendo. Aqui na escola tem a Gincana Farroupilha, e outras festividades envolvendo as tradições gauchescas, e mais os feriadões, com isso quem tem que observar fica um pouco complicado, mas mesmo com tão pouco tempo já consigo ver a turma.
Foram poucos dias de observação, mas o que pude refletir é que em qualquer turma que damos aula e na EJA não é diferente, e como educador temos que ter a sensibilidade de buscar, instigar, não deixar cair na rotina, não esquecer-se de fazer, trazer o material muitas vezes xerocado, pois o modo de copiar deles é mais lento, para tudo dar certo. Não deixar as aulas caírem na mesmice, ou seja, fazer os alunos terem curiosidade a vir à escola todos os dias, por que sabemos o quanto é difícil estar de volta na escola, às dificuldades da vida adulta. Esse aluno é muito especial para nós, pois ele vem buscar o que perdeu e podemos ver nos seus olhos quando eles compreendem o conceito, o conteúdo e conseguem. Na devolução da prova queriam saber a nota que tiraram, ficaram ansiosos, mas a tristeza de alguns que não conseguiram atingir o objetivo.
Entendi que prova é prova, e com o resultado podemos ter o termômetro de quem sabe e entendeu, e voltar a ensinar aqueles que não conseguiram atingir os objetivos devido não terem compreendido como fazer. E alunos querem nota sempre, e isso me deixa meio preocupada, pois eles não são um valor, eles são serem em construção da aprendizagem. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário