domingo, 22 de maio de 2016

Rompendo preconceitos internos...

Minha postagem essa semana é sobre um assunto que desde 2005 vinha me intrigando e deixando cada dia mais curiosa, e com questionamento imenso sobre a aprendizagem de uma graduação à distancia. Digo que até via com um certo preconceito esse tipo de faculdade onde teríamos aula somente no polo com presença uma vez por semana. O valor era acessível, mas fiquei com muito medo de ser um curso sem autorização do MEC, onde faria o curso, pagaria e depois não teria  a certificação para poder atuar como Pedagoga.
Aos poucos os cursos com a modalidade em EAD foram se propagando, e hoje encontramos esse ensino em quase todas as áreas, graduação, tecnólogos, técnicos, EJA e cursos de capacitação. E como tudo nessa vida acontece comigo onde tenho algum questionamento ou um certo preconceito acontece que algo ocorra fazendo com que viva ou conheça melhor sobre o assunto. Fazendo assim que eu conheça melhor a pessoa ou sobre aquilo que estava intrigada, então hoje estou aqui no PEAD cursando uma licenciatura em EAD, e posso afirmar que é um curso sério, e que realmente faz com que aprendamos e com muito mais dedicação da parte do aluno, que nesse caso sou eu. Vejo pela seguinte porcentagem que nos cursos presenciais nós alunos temos os professores, colegas, técnicos para que possam nos auxiliar no cotidiano durante as aulas presenciais, por isso digo que no presencial a nossa aplicação dentro do curso por exemplo uns 60% e os outros 40% fica por conta dos profissionais e colegas para nos ajudar a entender a aprendizagem abordada. E no curso em EAD o aluno tem que estar focado no mínimo uns 90% para poder construir sua aprendizagem buscando nas pesquisas, leituras e outros tipos de informações para que possa entender aquilo que esta estudando, isso diariamente para não deixar o conteúdo e as postagens se acumularem.
Claro que as vezes bate aquele desânimo na gente e temos vontade de largar tudo e seguir nossa vida no comodismo, na zona de conforto, mas se hoje quero ser uma educadora atualizada, graduada e depois seguir um pós graduação tenho que ficar atenta e largar a preguiça e seguir na caminhada.

LIBRAS

    Logo que terminei o magistério em 2005 fui à busca do curso de LIBRAS que fiquei sabendo que era ofertado na antiga ETCOM[1] da UFRGS. Chegando lá não havia mais inscrições, então me encantei pelos cursos técnicos gratuitos e de qualidade. Comprei uma prova anterior para saber como era, e fui fazer um curso pré-vestibular popular, Zumbi dos Palmares em Viamão, isso em 2006, não passei no vestibular e muito menos para ingresso do curso técnico. E o de LIBRAS não havia ainda previsão para ter nova turma. 
Repeti o pré-vestibular em 2007, e no final do ano fiz prova de seleção para curso Técnico em Secretariado, para meu espanto passei, mas não atingi a média para conseguir entrar para fazer o curso superior, que naquela época almejava Licenciatura em Matemática.
 Em 2008 estava cursando o Técnico em Secretariado e esperando para que abrisse o curso que tanto queria fazer, LIBRAS. Terminei o curso técnico e iniciei Licenciatura em Ciências da Natureza com habilitação em Biologia e Química, um curso complexo, onde me deparei com minhas dificuldades nas exatas. Logo começou o PARFOR onde era um curso de Licenciatura em Pedagogia voltado para as professores da rede pública que não tinha ainda habilitação na área em que estavam atuando. Dentro da matriz curricular desse curso tinha um semestre de LIBRAS onde pensei mesmo que fosse somente para aprender sem certificação, um básico. Mas minha com agenda sempre lotada não havia possibilidades de participar, pois as aulas eram no mesmo horário em que tinha uma bolsa de monitoria no ensino.
E hoje cursando Pedagogia vou ter meu aprendizado em LIBRAS, ontem foi nossa primeira aula e fiquei muito nervosa, pois confirmei o que já sabia pensava é uma linguagem linda, mas achei um pouco difícil. Para mim vai ser um verdadeiro desafio conseguir aprender a me comunicar através dessa linguagem, mas nada nessa vida é impossível. Terei que ter muita dedicação, paciência comigo mesmo, estudar e treinar muito. Esse desafio vai ser muito bom e importante, pois temos que saber nos comunicar em diversos idiomas e em LIBRAS também. 
Então o que espero de mim quanto à interdisciplina de LIBRAS que consiga entender, aprender e repassar esse conhecimento. Por que hoje com a inclusão social um professor não basta somente sabermos o básico, ele deve sempre buscar inovar, e renovar seus conhecimentos para melhor interagir com seus alunos ajudando ele a se integrar da turma e não ficar de lado dentro da sala de aula.
Disponével em: http://www.unifal-mg.edu.br/acessibilidade/libras-em-acao Acesso em: 22/05/2016





[1] Escola Técnica do Comércio;

quarta-feira, 4 de maio de 2016

Olhar e ver


Acesso em 04/05/2016, disponível em:

                                           

 Na interdisciplina do Seminário III trouxe uma questão que fez com que parasse e procurasse entender sobre um assunto que achava que tinham a mesma definição “olhar e ver”. Palavras parecidas, mas com significado diferente, onde poucas pessoas param para pensar no seu real significado, ou era só eu que não sabia direito o sentido e o seu conceito real?
Então para me aprimorar desse novo conhecimento além de ler o material disponível, fui pedir ajuda aos mestrandos. Que como sempre preciso de alguma pessoa me ajudando a entender de algumas situações. Foi então que acho que compreendi o sentido de ver e de olhar.


O nosso cotidiano ultimamente está tão cheio de atividades que somente podemos ver e o olhar fica para depois. E muitas vezes nos deparamos com situações complicadas em nossa rotina, que poderia ser amenizada se tivéssemos um olhar mais detalhado e aprofundado prévio, e dentro da educação esse olhar não pode ser deixado para depois.
Ver é simplesmente visualizar tudo a nossa volta, e olhar se dá nos detalhes, olhando para dentro da situação, olhando o que realmente aquela imagem nos quer dizer. Podemos olhar uma ilustração de um aluno e interpretar o conjunto percebendo o quer realmente o está ali mostrando para nós.
De hoje em diante vou procurar olhar mais de perto esse mundo que me cerca meus alunos, minha família, meu eu interior. Olhar tudo como se fosse o último olhar, com delicadeza, alegria, esperança. Com isso espero amenizar minhas inquietudes...

Acesso em 04/05/2016, disponível em:


Música na Escola



        Começamos nossa interdisciplina de música na escola. Minha expectativa era muita e com toda a certeza a aula foi espetacular. Uma noite muito fria, gelada, mas saímos da aula com tanto calor que fui colocar o casaco somente dentro do ônibus.

Então essa aula fez com que viajasse no tempo e recordei quando tinha apenas onze anos e queria fazer parte da banda da escola Isabel de Espanha, que na época era uma banda escolar que viajava para muitos lugares participando de apresentações e que 
ganhou vários campeonatos. As poucas aulas que participei foram ótimas o professor começou do zero explicando tudo, mas agora não me lembro de mais nada. Fui afastada, pois fiquei com uma enorme infecção na garganta e não podia faltar nas aulas perdia a sequencia e ele não tinha tempo de voltar para re-explicar o conteúdo.
Quando estudei em Porto Alegre, era obrigatório ter aula de música foi onde conheci pela primeira vez o Teatro da Ospa, e assistimos um concerto, achei lindo. Esses foram meus contatos diretamente com a disciplina música.
Sempre gostei de todos os tipos música, mas não consigo compreender as óperas. E sinto a música fazendo parte das nossas vidas. Se observarmos a natureza existe uma musicalidade inigualável, natural, em tudo. No vento sacudindo os galhos e folhas das árvores, os rios, mares, pássaros em uma manhã de primavera, outono, em tudo. O som do filho dentro do ventre materno, e como ainda eu não imaginava os bebês escutam musica junto com a gente desde muito cedo. Isso explica o motivo que meus filhos ficavam calmos quando ligava o radio baixinho para fazer almoço e outras tarefas de casa.
 Sinto-me feliz, contente e alegre ao escutar melodias, e para isso tem uma explicação científica que até a aula de hoje eu não sabia que a área que atinge a música em nosso cérebro é a área da satisfação. Por isso ficamos tão bem depois de um canto, uma melodia, e por isso dizem que acalma. Minha avó dizia que quem canta seus males espanta, nunca imaginei que fosse verdade, então vamos cantar, dançar e aproveitar esse bem que não custa nada e serve como uma terapia.

Agora levando todo esse conhecimento para dentro das nossas práticas como educadora isso vai ser bem aproveitado. Quando lecionei no quarto ano, minha turma era bem agitada, falavam todos juntos, e no mês de maio tínhamos que fazer uma apresentação para o dia das mães. Não acreditei muito e nem coloquei muita fé que aquilo ia dar certo. Mas tarefa dada, tarefa realizada. Levei várias músicas e letras de musicas e também pedi sugestões de qual seria melhor para apresentar para as mães. Uma experiência impar, linda, aprendi muito com aquela turma de bagunceiros, escolheram três, e fizemos votação no quadro, muito interessante o que um aluno disse: “professora eu voto nessa, por que sei que minha mãe vai chorar, eu gosto de ver ela emocionada”. O que pensar?!
Feita escolha agora vamos para o ensaio, no primeiro foi um caos, então observei que quando eu cantava junto com eles, lhes dando apoio eles cantavam melhor e confiantes. Então ensaiamos somente uma semana, menos de uma hora.  E no dia da apresentação tudo saiu lindo e maravilhoso e a mãe daquele aluno chorou muito e ele não se conteve e cai em lágrimas. Uma turma agitada, quase sem limites consegue fazer um lindo trabalho. Depois desse dia comecei aos poucos quando o radio estava desocupado levar para sala e colocar musica ambiente para eles trabalharem e deu muito certo. Experiências e pesquisa que gostaria muito de fazer um dia, para verificar se realmente a música faz milagre na sala de aula.  

Símbolo de música do amor

Refletindo sobre a abordagens do ser "Diferente"...

Ao o ler a pesquisa “Nas Tramas da Literatura Infantil: Olhares sobre Personagens “Diferentes””, realizada pela profª Drª Rosa Maria Hessel Silveira, podemos perceber o quanto é importante saber escolher uma boa bibliografia para podermos trazer para dentro da sala de aula algum assunto que paira na mente de todos e muitas vezes nós e nossos alunos não conseguimos expor o assunto por ser delicado para ser discutido diretamente.
Infelizmente ainda temos muito preconceito velado dentro da sociedade e muitas famílias ainda pensam que é pecado falar de certos assuntos com seus filhos, então mais uma vez cabe à escola abordar de alguma forma esses assuntos. E como a autora coloca em sua pesquisa que há uns dez anos muitos escritores literários que escrevem literatura infanto juvenil estão preocupados em fazer essas abordagens para podermos mudar aos poucos a ideia errônea de muitas pessoas que o ser diferente não pode estar em convívio dos demais. Assim sem perceber dá-se início a exclusão, preconceito, fobias do diferente, e outras situações.  
Com esse contexto vejo a importância que nós educadores temos de lidar com vários tipos de assuntos e sempre estarmos abertos para novas situações. Um dos papéis da educação é levar informação e tirar dúvidas dos alunos, lhes mostrando os vários caminhos que podem escolher em ser. Com isso fazendo com que eles cresçam com mente e corpo saudáveis, com ideias de ajudar o próximo sem julgar sua condição existente, e que somos iguais mesmo com algumas diferenças físicas ou intelectuais, sabendo primeiramente se respeitar e respeitar a seu próximo.

Após essas reflexões e leituras vou buscar ler todos os livros que indicarei para leitura dos meus educando, pois agora mais que nunca vou poder opinar sobre quais livros a direção da escola poderá comprar, pois isso faz parte do meu trabalho como educadora do futuro.