domingo, 24 de setembro de 2017

Quase um mês...

A cada semestre a coisa tende a ficar pior. Não consigo acreditar que esperei um mês para conseguir fazer a minha pratica numa sala de aula. Quinta feira dia 28/09/2017 promete, já reservei a sala de multimídia ara pode realizar a atividade.

Para que estudar filosofia?

O que é Filosofia
Filosofia é uma palavra grega que significa "amor à sabedoria" e consiste no estudo de problemas fundamentais relacionados à existência, ao conhecimento, à verdade, aos valores morais e estéticos, à mente e à linguagem.
Além do desenvolvimento da filosofia como uma disciplina, a filosofia é intrínseca à condição humana, não é um conhecimento, mas uma atitude natural do homem em relação ao universo e seu próprio ser.
A filosofia foca questões da existência humana, mas diferentemente da religião, não é baseada na revelação divina ou na fé, e sim na razão.
Desta forma, a filosofia pode ser definida como a análise racional do significado da existência humana, individual e coletivamente, com base na compreensão do ser.
Apesar de ter algumas semelhanças com a ciência, muitas das perguntas da filosofia não podem ser respondidas pelo empirismo experimental.
Depois de ler e retirar na integra um conceito de filosofia, acredito que seja por esse motivo que ela e outras disciplinas foram tiradas da obrigatoriedade do ensino médio das escolas do Brasil com essa nova reforma. Pois é com ela que os professores conseguem ajudar os educandos a ter posicionamento crítico, aprende a argumentar, a ter o domínio e o poder da retórica. É uma disciplina importantíssima para podermos mudar o modo de ser nesse mundo, a pessoa que compreende seu verdadeiro papel dentro da sociedade ela com certeza poderá fazer o melhor para todos e para si mesma.
Um bom advogado que teve muita noção de filosofia, que consegue compreender e ler entre linhas, consegue ganhar um caso no simples ato de ler, e observar todo o documento numa simples troca de vírgula, por isso quem dá valor na filosofia e consegue compreender o motivo que temos que entender e ensinar nossos alunos, amanhã terão grandes homens pensantes, sabendo escolher o que fazer.


Fonte: https://www.significados.com.br/filosofia/

domingo, 17 de setembro de 2017

Pensando um pouco mais sobre o assunto...

          Refletindo sobre a história das pessoas com necessidades especiais, onde resumi, é uma história de luta, de conquista e progresso que buscam por um ideal que se tivéssemos um mundo esclarecido não precisariam fazer todo esse movimento. O momento que todos nós acreditar e entender que todos somos iguais e que cada um tem sua limitação isso tudo muda. 
          Partindo do princípio que a vida de todos os seres  é importante, essa diversidade que hoje encontramos é um elemento para podermos elevar nosso patamar diante da realidade que encontramos. Inserir pessoas com necessidades especiais dentro da sociedade não estamos fazendo nenhum favor, ao contrário, nós que teríamos que agradecer por eles terem tanta paciência pela nossa ignorância de ser. E nós como educadoras temos um papel de suma importância dentro desse contexto, nenhuma criança nasce preconceituosa ela com tempo se torna, e trabalhar com essas crianças significa saber trabalhar com seus responsáveis. 
          Quando todos entenderem que é muito positivo sermos diferentes em nossas especificidades, tudo muda de figura, e imaginem que chato se fossemos todos iguais, não teria graça nenhuma viver seria ser um androide tudo igual, pensando igual e tudo mais. Aos poucos ir ajudando as crianças a construir uma ideologia nova de como proceder diante as diversidades da vida e do mundo, elas irão crescer com uma maneira nova de ser e agir, aceitando sem distinção tudo e todas as pessoas. 
Então fica a dica para todos refletirem diante o novo, o diferente e se ficarmos em frente a um espelho nos analisando vamos nos surpreender, pois até nossa face difere um lado do outro.

História das pessoas com deficiências dos primórdios tempos aos dias atuais

A interdisciplina traz um panorama histórico e cultural de como eram vistos e tratadas às pessoas com algum tipo de deficiência desde a antiguidade à contemporaneidade, nesse contexto na década de 70 começaram os movimentos para terem seus direitos como cidadãos que são aprender a fazer a inclusão das crianças dentro das nossas aulas e fazer a integração entre elas, ensinando todos a terem respeito pelas diferenças. Interagir com nossos alunos diante as diversidades, pois olhando bem todos possuímos algum tipo de deficiência. Durante a leitura do texto foi triste saber como eram tratadas essas pessoas, e como era a realidade delas. Sorte nossa que a humanidade tem evoluído a cada dia deixando toda aquela maldade para trás, e tendo pensamentos e conhecimento para poder melhorar a cada dia a vida das pessoas que possuem algum tipo de necessidade de educação especial, e que são como nós possuindo sentimentos.
O vídeo do documentário que as pessoas contam como começou o movimento das pessoas com necessidades especiais, o que me chamou atenção foi que os portadores de deficiências começaram a se comunicar, e mesmo longe uns dos outros buscavam pelos mesmos objetivos.  O texto foi esclarecedor, e consegui recordar de alguns filmes que mostram bem certos acontecimentos que RODRIGUES cita em seu texto. Trago o exemplo do filme, “Corcunda de Notre Drame”, que virou desenho infantil, onde a criança com um defeito na aparência fora deixado na igreja e criado pelo padre. Segundo (RODRIGUES, 2008 P. 1) [...] Em Esparta e Atenas, crianças com deficiências física, sensorial e mental eram consideradas subumanas, o que legitimava sua eliminação e abandono. [...] Aristóteles e Platão admitiam essa prática, coerente com a visão de equilíbrio demográfico, aristocrático e elitista, principalmente quando a pessoa com deficiência fosse dependente economicamente. Dessa maneira não sentiam remorso pelos seus atos e pararmos par apensar existe quase nada relatado sobre isso naquela época. Já na Idade Média com a difusão do cristianismo essas crianças receberam alma, então [...] “Nicolau, Bispo de Myra, que nos anos 300 d. C. acolhia crianças e pessoas com deficiência abandonadas”. Apareceram pinturas com anjos com rosto aparentando síndrome de Down. Mas ainda tinha pessoas que pensavam que os deficientes eram demônios como Martin Lutero. Saber isso me deixou profundamente decepcionada, pois pouco sei de Lutero, mas acreditava que ele era um grande homem, e com isso vejo que sei nada da história.
Retirei do vídeo algumas falas que achei importante, somente para não esquecer. Poderá ter alguma falha, mas foi muito importante saber de toda luta e história de pessoas que são como nós, a única coisa que difere é o que nós ditos “normais” ainda temos que melhorar para poder romper as barreiras e viver num mundo com igualdades sociais, de gênero, de classe e tudo mais que esqueci.
Até 1979 os deficiêntes eram invisíveis para sociedade e as pessoas viviam institucionalizadas, ou enclausuradas no ambito familiar. Inicio do movimento com pessoas com deficiencia.
Compreendiam que os PNEs eram merecedores de caridade e não de cidadania. Em sua luta buscam por cidadania e respeito. A ignorancia das pessoas acharem com deficiencia não tinham historia.
XIX – 1854 Construido o Instituto Benjamim Constante “meninos egos no Brasil” surdos e cegos. Assim iniciou o porocesso das pessoas na sociedade. 
José Alvares de Azevedo o professor Adilson trouxe o Braile começaram a ter educação formal.
XIX – 1956 Instituto Nacional de Educação dos Surdos.
A sociedade acreditava que surdo não tinha capacidade de aprender, e passavam para uma instituição.
XX – 1932 Instituto Educação de Pessoas com deficiente intelectual. “Pestalozzi”
1954 – 1ª APAEs da Gaunabara
1950 – Surto de polio e surgimento dos institutos de reabilitação.
Crença nos médicos, queriam escamotiar a deficeência.
1970 – Inicio dos movimentos negros, mulheres, deficientes, homossexuais, que buscam por seus direitos e respeito.
1979 – Criação da Pró Federação Nacionla de Entidades de pessoas com deficiencia elaborada com objetivo de organizar em nível nacional encontro.
1980 - 1º Encontro Nacional de Entidades com Deficientes no Brasil. Foi um encontro épico, pois se comunicaram através de cartas, telefonemas onde muitas vezes no meio da conversa a ligação caia. Mesmo assim foram muitas pessoas, muitos representantes de todo Brasil. Na época não existia rampas de acesso e nenhuma acessibilidade muitos não tinham como ficar em hotéis então ficaram em quarteis e qualquer lugar que lhes oferecessem hospedagem.
Nesse encontro poderam perceber que mesmo não se comunicando, as pessoas dos quatro cantos do país defendiam pelos mesmo direitos, os discursos eram muito parecidos, e poderam perceber o quanto tinham que se juntar para conseguir atingir o objetivo proposto.
1981 – 1º Congresso Brasileiro de Pessoas Deficientes.
2º Encontro Nacional de Entidades de Pessoas com Deficiencia em Recife.
A ONU diz que esse é o  Ano Internacional das Pessoas Deficientes, foi a primeira vez que deram visibilidade a essas pessoas, e que a “ONU” inclui o termo “pessoas” no mundo todo esse ano foi um marco importante deixando de serem visco com um olhar assistencialista. Esse encontro aconteceu em Brasilia. As “pessoas com deficiencias” eram chamadas de invalidos, incapacitados.
Formou-se a Comissão Internacional dasPessoas com Defieciencia tendo José Gome Branco como representante.
1983 – 3º Encontro Nacional das Pessoas Deficientes em São Bernardo do Campo.
AMA – Associação dos Amigos do Autismo.
1987/1988 – Assembléia Constituinte abriram uma brexa para sociedade montar a inclusão dos interpretes.
1986 – Criação do CORDE – Coordenadoria Nacional para Integração de Pessoa Portadora de Deficiencia.
OBS.: Filosofia importante que todos os ministérios tivessem uma capacidade interna, saúde, educação e trabalho.
1990 –
1999 – Criação do CONADE (Conselho Nacional dos Direitos das Pessoas Portadora de Deficiencia. Criado pensando numa representatividade legitimada da sociedade, e participação da sociedade cívil para representação. Haver um conselho entre os deficientes para lidar com suas partcularidsades.
2006/2008 – 1ª e 2ª Conferencia Nacioanis dos diretos das pessoas deficientes foi um marco.
Conquistas e Desafios do Século XXI
Equiparação de oportunidades e querem os direitos, não previlégios:
Mercado de trabalho – inclusão ele tem prazer em ser útil e trabalhar. As empresas devem se preparar para receber e fazer a inclusão.
Inclusão: Alcançar o patamar, onde a sociedade deve mudar, derrubando barreiras e preconceitos, mudar os obstáculos, mudar o sistemas, para qualquer pessoa e não somente para fazer o deficiente. Mudar os conceitos.
Inclusão começa na família segue na escola, trabalho, naõ podemos regeitá-los muito menos discriminar.
Acessibilidade em todos os ambientes da cidade.
LIBRAS – linguagem oficial do surdo.
BRAILE – saber ler e usar corretamente a linguagem culta.
Vida independente, por mais que eles necessitam de apoio é importante que tenham independencia para fazer suas atividades, é um direito de todo ser humano.
Perspectivas – mudança da sociedade olhar as pessoas com deficiencias. Ainda não esta bom tem que melhorar muito. A evolução cultural deverá ser desenvolvida para romper com a maioria dos preconceitos.

Fontes:

Texto retirado de:
Rodrigues, Olga Maria Piazentin Rolim. Educação especial: história, etiologia, conceitos e legislação vigente / Olga Maria Piazentim Rolim Rodrigues, Elisandra André Maranhe. In: Práticas em educação especial e inclusiva na área da deficiência mental / Vera Lúcia Messias Fialho Capellini (org.). – Bauru: MEC/FC/SEE, 2008.

Documentário: História do Movimento Político das Pessoas com Deficiência no Brasil. Disponível em:

Para quem tem acesso no moodle segue o link: https://moodle.ufrgs.br/course/view.php?id=46344



sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Uma aula diferente... Cheia de ideias...

Segunda aula presencial com a interdisciplina Seminário Integrador VI que em seus questionamentos consegue me deixar com muitas reflexões. A aula foi uma “Oficina de redação” com a professora Ivany. Realizamos várias atividades durante esse pequeno tempo que ficamos no polo e pelo incrível que pareça podemos escrever muito, ou como diz soltar a mente e simplesmente escrever, acreditem saiu até poesia, indo contra o conceito de que eu não sei fazer poesia. Refletindo sobre o que fizemos fica claro que é muito mais fácil dizer que não sabe e colocar mil obstáculos e não tentar, do que seguir e buscar no imaginário e exercitar. Acredito muito que isso que está faltando em nós todos, ter vontade de aprender, e colocar a caneta na mão, e escrever, depois de algum tempo não deixando a preguiça tomar partido ler o que escrevemos, nos questionar, ver se conseguimos entender e passar a mensagem desejada, e se preciso for refazer.
Depois dessa aula escrevendo esse texto lembrei-me de uma fala do nosso ilustre Paulo Freire onde ele dizia mais ou menos assim, se não me engano no livro Pedagogia da Autonomia, em um dos seus textos que ninguém nasce professor, e acredito que também ninguém nasce um escritor, para isso é necessário um pouco de treino, não ter vergonha dos equívocos que iram surgir, e assim, depois dessa aula fiquei muito entusiasmada, e com vontade de voltar escrever. Houve um tempo bem longínquo que eu adorava ler e escrever sobre tudo, principalmente sobre meus sentimentos, porque sobre isso não tinha com quem falar, então às vezes passava noites escrevendo. Quando me cansei de escrever, e achando tudo aquilo uma enorme bobagem isso lá pelos quinze anos resolvi que tinha que me desfazer de tudo e fiz uma enorme fogueira. Que pena imagina eu lendo hoje o que eu pensava naquele tempo, vejo que não fiz um bom negocio quando resolvi eliminar meus escritos.
Mas a cobrança da escrita no meu momento atual não é somente uma redação, e sim tem que ter fundamento teórico, inserir nos textos posicionamento, analise critica, ter coerência e coesão, saber colocar a fala com uma linguagem culta e acadêmica, saber distribuir os parágrafos, vírgulas, pontuação, e tudo que aprendemos ou que deveríamos aprender no ensino básico, e muitas vezes por parte do aluno mesmo a gente não se aprofunda no assunto, e vai passando. E hoje tudo que ficou solto, tenho que resgatar e começar a fazer o certo, tendo um vocabulário mais rebuscado, variado podendo usar sinônimos e antônimos, os plurais, em fim tudo para que um texto fique com uma redação boa de se ler, prazerosa e que o leitor consiga entender o que estou querendo expressar com o texto, é com isso tudo que estou angustiada, porque sei que meus textos estão longe de serem tudo isso.
Então vejo nessa oficina sinto que vou conseguir inserir adequadamente os referenciais teóricos, para que consiga ter alguma propriedade sobre o que escrevo, estou tentando verificar minha escrita coloquial e trazer a linguagem acadêmica, e isso é bem difícil. Estou procurando ler mais, e buscar palavras estranhas buscando seu significado e fazendo pequenas frases inserindo elas no contexto, e quando lembro tento colocar na minha fala também, mas isso esta sendo muito difícil.
Avaliando a aula/oficina com um olhar crítico confirmo que foi ótima, gostei muito, e mesmo agora depois de algum tempo estudando em EAD, e acostumada continuo afirmando que ainda necessito do olhar do professor, a troca direta com colegas e professores, a resposta imediata que somente na aula presencial tem. Mas não quero que pensem que as aulas em EAD os professores e tutores são omissos, pelo contrário sempre que precisei deles ou dos tutores a resposta foi imediata no máximo algumas horas depois. Fazendo a comparação com outros cursos em EAD que pude observar o PEAD falta pouco para ser presencial, e nas outras universidades em EAD não existe isso, muitas vezes não conhecemos o professor nem pelos vídeos aula. Meu E não somente pelo moodle que a gente se comunica, eu pelo menos tenho varias maneiras de conversar com eles, e-mail, telefone, watts, facebook. A comunicação com os tutores, ou com quase todos tem várias formas e meios tecnológicos possíveis onde alguns deles sofreram comigo no início, e não tinha dia da semana, nem horário, para com esse tutor em especial terei que agradecer muito pela paciência que teve comigo. Finalizando afirmo que estou ansiosa pelas próximas aulas que virão, pois preciso muito aprender e dominar esse conteúdo, aprimorar, colocando sempre em prática, pois quero com certeza fazer um mestrado, portanto tenho que aprender escrever com objetividade, sintetizando quando necessário e sabendo me posicionar dentro da escrita. 

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Iniciando o semestre com muitas perspectivas em 30/08/2017

Essa interdisciplina trará muitos questionamentos e novas maneiras de como trabalhar com essas questões tão discutidas ultimamente no meio acadêmico e para muitos sabendo das leis que foram criadas para dar um embasamento legal para esse trabalho, pois encontramos muitas situações equivocadas diante desse tema. As “Questões étnico-raciais na educação” vêm de uma vertente cheia de significados, pois quem já não presenciou alguma cena de preconceito, discriminação quanto à etnia de alguns alunos/professores/servidores dentro do âmbito escolar e até mesmo dentro de Universidades renomadas.

Na primeira aula da interdisciplina as professoras fizeram uma dinâmica de leitura, um sarau literário, onde consegui imaginar fazer com meus alunos, trazendo alguns autores negros e indígenas, para mostrar que a questão de ser de outra etnia/raça as pessoas sempre irão contribuir para nossa cultura.

Sei que ainda não consigo trabalhar direito com as crianças sobre esses assuntos, mas na minha falta de saberes busco sempre conversar com meus alunos, e fazer atividades onde eles consigam perceber que todos nós somos iguais, e que a vida e o mundo tem diversidade para tudo não se tornar uma grande monotonia, e que mostro que chato seria se todos fossem iguais, com os mesmo pensamentos, fazendo as mesmas coisas, e que para o mundo e os seres humanos progredirem todos nós devemos em primeiro devemos nos respeitar, logo ter respeito pelos nossos semelhantes que mesmo tendo aparência distinta, raça, religião, gênero, estilo de vida e de cultura devemos respeitar, pois não somos melhores que ninguém.  

Sou totalmente intolerante nas questões de preconceito e discriminação não importando de quem parta a atitude.

Sentindo discriminação na pele quanto à ser professora - 30/08/2017

Dia 30/08 nossa primeira aula presencial do Eixo VI  iniciou com as interdisciplinas de Seminário Integrador VI e Questões étnico-raciais na educação: Sociologia e História.

E já na primeira aula com SI-VI fizemos uma atividade onde o grupo teria que lembrar sobre alguma situação de diversidade ou preconceito que sofreu ou presenciou. O grupo colocou várias situações que ocorreram em seu cotidiano com os alunos, professores e colegas de escola e recordando meu tempo de escola como professora também me lembrei de vários momentos, mas hoje nessa aula relatei algo que aconteceu comigo em uma agencia bancária de Viamão.

Fui verificar se havia meu abono salarial PIS/PASEP como não tenho meu cartão cidadão fui diretamente ao caixa da agência, e ali fiquei nada menos que três horas esperando, e isso é típico dessa agencia deixar as pessoas muito tempo para serem atendidas. Quando vi que chamaram uma numeração depois da minha levantei e fui ao balcão e falei com o atendente e reclamei que eu não havia sido chamada ainda, e ele foi grosso e disse que me chamaria depois com um tom de arrogância na voz, e ainda disse que já havia sido chamada sim, foi ai que pedi para verificar no painel e mostrar quando foi, como é um registro eletrônico poderia muito bem voltar, mas não e me disse algo que não consegui entender e pedi para repetir e o rapaz que estava sendo atendido no momento e ele riram. Foi ai que fiquei indignada e resolvi ligar para ouvidoria e reclamar dele na mesma hora, em menos de um minuto me chamou para ser atendida.

Um atendimento muito de má vontade, onde lhe expliquei o que gostaria de saber e ele me pediu a carteira de trabalho, lhe disse que não tinham solicitado da outra vez que tinha ido ao banco, e ele questionou como vou ver seu número do PIS, foi ai que passei minha identidade para ele, mas mesmo assim queria o cartão cidadão, disse novamente que ainda não tinha conseguido pelo site o raio do cartão. Claro o cidadão estava trazendo mil pretextos para não me atender, e lhe perguntei: - Você não quer me atender me passa teu nome completo e o numero dessa agencia que vou reclamar, pois é meu direito de ser bem atendida, pois o pagamento dos meus impostos uma parte vai para teu salário, não preciso ser destratada dessa forma.

Então ele me pergunta qual era minha profissão, lhe disse professora. Ele deu uma risada debochada e disse de qual nível, disciplina. Eu disse CAT. Ele não entendeu. Retornei e disse Currículo por Atividade, de educação infantil ao quinto ano do ensino fundamental. Daí ele riu e disse que agora sabia o motivo que eu estava tão triste e pelo motivo que estava sendo grossa e disse que entendia a minha revolta pelo motivo que era destratada pelos meus alunos, pelos pais, e que sabia o que um professor passa dentro de uma escola, com baixo salário. Ai eu me senti discriminada e por eu ter escolhido uma profissão que os governantes não respeitam e a sociedade em geral assim com ele não valorizam nós como deveriam. Não me contive dei uma resposta à altura e disse que amo o que faço, escolhi não fui forçada a ser professora, e que todo tempo que tenho de magistério, nunca fui insultada por nenhum aluno ou responsável até aquele momento assim como estava sendo por ele naquele momento. E que por causa de pessoas como ele que o Brasil se encontra assim num nível tão baixo de desenvolvimento. Eu ao contrário de você dele meus alunos/clientes me abraçam quando chegam à sala de aula, e no fim da aula me desejam bom retorno para casa. Meus alunos e seus pais sempre são bem atendidos, com todo respeito que merecem, pois ao contrário do senhor sei bem quem me paga e qual meu papel diante da sociedade.

E que se acontece tanta violência dentro das escolas essa violência vem de casa, de onde os alunos deveriam ser educados e amados, e não da escola. E digo mais pra você nessa agencia não abrirei minha conta poupança nem se fosse a última agencia da face do Planeta Terra. E deverias parar para refletir que todo cidadão que chega aqui deveria ser atendido com todo respeito que merece, independentemente de sua condição social e profissão, isso porque o senhor tem muito estudo para estar ocupando o cargo que está e se essa função não lhe agrada, sugiro que procure algo que goste de fazer,     pois isso faz mal a sua saúde e a saúde dos clientes que aqui chegam para busca dos seus direitos como trabalhador, e você não esta fazendo nenhum favor e sim seu trabalho para o ganho do seu salário no fim do mês igual a mim.

Fiquei triste, pois nunca tinha sofrido discriminação por ter escolhido ser professora, mas aquele homem fez com que minha decisão e escolha pela educação tenha sido a melhor, pois se as crianças não tiverem uma boa educação, se não aprenderem a respeitar seu próximo, como vai ser no futuro? Complicada a situação e se eu fui assim tão destratada imaginei no momento as pessoas que não sabem dos seus direitos, aquela que se sentem menos pelo motivo que não são alfabetizadas, ou os velhinhos que passam por constrangimentos e ficam calados, pois o cara atrás do balcão se torna um gigante diante dessas situações, e pelo motivo que não tem nenhuma Lei que protege o cidadão contra essas pessoas mal amadas.