terça-feira, 21 de junho de 2016

Entendendo um pouco mais sobre LIBRAS

Como eu já havia percebido há anos atrás LIBRAS é uma linguagem importante para podermos ter uma comunicação direta e entender a pessoa surda. E para o surdo ser alfabetizado em LIBRAS, sendo sua língua materna é essencial para o seu desenvolvimento.
Estudando os artigos “2. Surdos Movimento e Cultura” de “Bianca Ribeiro Pontin e Emiliana Faria Rosa”, disponível no link a seguir: Surdos_movimento_cultura.pdf com a leitura percebi que o “surdo” faz parte de uma comunidade e que eles desde pequenos aprendem mais entre seus pares, por isso, a importância de se ter escolas bilíngues, onde serão recebidos por pessoas que entendem o que estão sentindo, aprendem com a linguagem dos sinais e visualmente. Já nas escolas regulares junto de alunos ouvintes podem se sentir inferiores, pois a comunicação é mínima ou nenhum uma, pois poucos ouvintes sabem a linguagem dos sinais, e outros por ignorância debocham e fazem chacota deles. Todo ser humano precisa construir seu espaço, uma identidade, e a pessoa só consegue isso quando esta junto dos seus pares, surdo-surdo. E nas escolas bilíngues eles vão ver que existe muitas pessoas surdas iguais a eles, e professores, isso quando o surdo nasce em família de ouvintes e que são leigos no assunto e quando descobre a falta de audição nos filhos eles basicamente ficam sem saber o que fazer.
A história do movimento dos surdos vem sendo abordada desde o Séc. XVI com pequenos avanços de algumas pessoas preocupadas em ensinar aos surdos com gestos ‘sinais’. Em 1880 no Congresso Internacional de Milão, Jacob Valade Gabel, professor do Instituto de Paris, apresenta um método de educação visando a eliminar os gestos e as Línguas de Sinais. Com isso houve um verdadeiro retardo no aprendizado das crianças. Encontrado na página 7 do artigo citado acima.
Com isso, usaram vários métodos para alfabetizar as crianças e adultos, um deles era a oralidade e a repetição, onde esses não faziam sentido nenhum para as crianças. Eles não entendiam o que saia da sua boca, mas ficavam repetindo. Muitas pessoas pensavam, ou ainda pensam que ter nascido surdo vai ter alguma solução e acabam sacrificando seus filhos, sendo a o mais simples é buscar por uma educação para a criança e também para os pais ou responsáveis por ela.
A comunidade surda lutou e continua lutando para terem uma escola bilíngue onde todos os surdos poderão aprender a sua língua materna, hoje encontramos poucas, mas se o ministério da educação entender o diferencial existente vai abrir mais escola bilíngue e também vai incluir LIBRAS para os ouvintes. Com isso todos nós poderemos nos comunicar, sem ter distinção, sem preconceito. Hoje entendo a dificuldade que essa comunidade passou e muitas vezes ainda passa, por isso, temos que nos conscientizar de que somos iguais com nossas especificidades, e temos que sim dar as mãos pelos direitos de todos de ter uma educação pública e de qualidade. Com educadores qualificados e que tenham sempre cursos de aperfeiçoamento, que tenham suporte para poderem atuar em todas as áreas que forem buscar um emprego. Valorizando a educação, os educadores e os alunos teriam uma gama menor de indivíduos marginalizados no submundo das drogas e outras vias.

Um comentário:

  1. Concordo contigo Andreia, acredito que nós, enquanto educadoras devemos sempre acreditar que as coisas vão melhorar.

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