Após
ler e refletir sobre minha postagem e perceber que minha prática em relação às Questões
étnico-raciais na educação: Sociologia e História, aos poucos vêm sendo trabalhada
durante o ano letivo, mesmo que fica ainda ficou somente na aula dispositiva
dialogada a partir de alguns livros que trabalhamos no programa integrado da
editora Alfa e Beto. Atuei em 2019 com um terceiro ano, e aos poucos que fui
conhecendo a turma percebi que alguns alunos discriminavam outros pela cor da
pele. Percebendo isso sempre que podia conversava com eles e lhes fazia
questionamentos a cerca dos temas que temos que trabalhar com os alunos e que
deveriam de estar inserido dentro do currículo, e infelizmente não observei
isso dentro da escola onde atuo. Eu converso, falo, chamo atenção, insiro o
assunto sempre que necessário.
A
turma começou a mudar seu modo de agir e pensar. Ao entregar a primeira
avaliação para os responsáveis dos alunos, e fazer meu segundo contato com
esses pais e responsáveis, descobri que tinham alunos naquela turma que desde o
primeiro ano vem acontecendo Bullying com algumas crianças, e partindo de
outras cinco em especifico. E por isso consegui entender o motivo que tenho uma
aluna que não conseguir se desenvolver cognitivamente, e muito menos
socialmente. E esses gestos e pequenas falas dos outros vem agredindo outros três
alunos quase que diariamente durante o primeiro semestre tive que em muitos
momentos parar com a aula e conversar com eles fazendo cada um refletir sobre o
comportamento que estavam tendo uns com os outros.
E quando comecei trabalhar com eles dessa forma
percebi o quanto foram melhorando a forma de uns tratarem os outros. Falei com eles
sobre os africanos que foram trazidos à força para o Brasil e para outros
lugares do mundo muitos eram reis, rainhas e pessoas importantes em suas tribos,
que separavam as crianças de sua família, e nunca mais esses iam poder se
reencontrar. Refletiram e falaram que isso é muito triste separar as famílias. Dentro
das minhas falas trazia a religião e os costumes que cada povo tem. No caso fiz
analogia com os costumes de comida aqui do Sul e com a comida do Nordeste, e
eles conseguiram entender e fazer reflexões em cima das nossas aulas dialogadas.
Essa forma foi a única maneira de abordar essas
temáticas dentro das minhas aulas, pois não esta escrito como devemos fazer. Na
semana da consciência negra levei um amigo meu para dar uma palestra sobre
identidade negra, e capoeira, pois ele é professor de capoeira e a partir da
capoeira ele trabalha a identidade e ancestralidade africana. Foi muito
interessante assistir a aula desse professor de história, pois ele foi fazer
licenciatura em história para poder ter fundamentação e poder trabalhar melhor
essas questões que temos que trazer para os alunos. Gostaria de ter feito mais
atividades com meus alunos sobre essa temática e outras, mas como disse não
temos muito tempo para trabalhar outras atividades com eles.
E aos poucos vou melhorando minha maneira de
ministrar as aulas, mas sempre trazendo a reflexão, dando o espaço para que os
alunos consigam se colocar diante dos assuntos, escutarem os colegas, respeitar
o outro, e tudo que falam, pois um dos nossos papéis na educação é fazer com
que os alunos consigam aprender de várias maneiras. E além dos conteúdos
conseguirem ter um bom relacionamento entre eles de respeito e de
comprometimento, conseguindo se ajudar e crescer como um grupo.
Iniciando o semestre com muitas perspectivas em
30/08/2017. Disponível em: https://andreiamanoelgodinho.blogspot.com/2017/09/iniciando-o-semestre-com-muitas.html
Acesso em: 28/12/2019 Marcadores: Questões étnico-raciais na educação: Sociologia e História. Eixo VI
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