sexta-feira, 1 de junho de 2018

Aprendendo com a crítica e saber ser auto crítica

Tenho ainda muita dificuldade para escrever, e percebo que meu vocabulário ainda é tosco, escrevendo com uma linguagem coloquial, mas estou aprendendo, e apesar dessa minha autoavaliação, hoje consigo escrever com mais facilidade, pois logo que iniciei o curso não conseguia postar no Blog, acreditava que meus pensamentos e escrita eram muito ruins e todos iriam se questionar como uma professora pode escrever tão feio assim, mas aos poucos esse pensamento foi passando tudo pelo incentivo do nossos tutores e dos professores do PEAD. Meu sonho é escrever melhor, com objetividade, com um vocabulário mais acadêmico, usando teóricos para conseguir fundamentar o que penso. Sendo assim, acredito que ao longo do curso os nossos mestres pensaram em atividades meio maçantes, mas com certeza com um propósito pontual, pois ao terminar de realizá-las consegui compreender o seu objetivo.
Realizando as atividades podemos refletir como esta sendo nosso processo de leitura, compreensão do texto e escrita referente a tudo que estamos estudando juntando com as práticas no nosso cotidiano. Verificando se os teóricos na época que defenderam suas ideias e hoje junto aos nossos alunos realizando muitas observações podem verificar se o que defenderam e descobriram esta coerente ou não, pois sabemos que muitas descobertas faz muito tempo que aconteceu, mas muito faz sentido.
Pensando dessa maneira tenho aprendido muito fazendo as atividades de análise e verificação sobre os textos das colegas, o difícil é retomar o texto base para ter certeza se fizeram corretamente, pois como estou sempre atrasada vou colocar a culpa dessa minha falha na falta de tempo para fazer a atividade como deveria ter sido realizada. Ao mesmo tempo fazer a leitura dos textos das colegas foi muito prazeroso, pois consegui perceber o quanto eu tinha aprendido sobre os autores dos textos base, e percebi o quanto falhei ao redigir o meu texto. Naquele dia dessa atividade cheguei atrasada, estava muito nervosa, e não havia feito o resumo como deveria ter feito, ou seja, reler os textos, pois todos eles foram estudados em algum momento em alguma interdisciplina, se fizesse o tema de casa como deveria, conseguiria realizar a atividade sem muitos problemas.  
Quanto a analise solicitada para verificação dos textos das colegas, senti muita dificuldade, pois ainda tenho alguma complicação quanto a avaliação, e não consegui achar palavras para defender a minha resposta. E coloco essa minha dificuldade, pois ao mesmo tempo estava fazendo a analise e pensando que em muitas respostas quem iria analisar o meu texto ia marcar a opção “Não”, pois deixei muitas falhas nessa atividade, a tarefa não estava difícil, eu que estava num dia ruim.
Fazer atividade essas atividades vejo como é importante saber o conteúdo, interpretar os textos lidos, fazer os resumos pontuais em um caderno organizado para quando precisar ter em mãos para referenciar nossos textos, entender os conceitos sabendo colocá-los em prática no nosso cotidiano principalmente em sala de aula. Para ser um bom professor, educador devo me preocupar a forma que estou lecionanda, como meus alunos estão construindo seu conhecimento a partir dos novos conceitos. Saber que a avaliação é precisa, mas não necessariamente deva ser uma prova com dia marcado, e sim avaliar no cotidiano. Claro que o currículo muitas vezes dependendo da escola pede avaliações mensais, e uma entrega trimestral, mas nós podemos avaliar nossos alunos todos os dias em tudo que ele produza, e no caso ter uma avaliação oficial para entregar se caso a coordenação e a política da escola exija. Vejo hoje a avaliação muito mais para eu me avaliar, do que avaliar o meu aluno, pois com ela poderei verificar se consegui explicar direito os conteúdos e conceitos, e se meus alunos conseguiram compreender. E ainda tenho que aprender e estudar muito sobre avaliação, pois muitas coisas ainda me perturbam bastante.
Para finalizar meus pensamentos trago algo que o mestre nos deixou escrito sobre o ensinar exige crítica sobre a prática, segundo FREIRE:
O pensar certo sabe, por exemplo, que não é partir dele como um dado dado, que se conforma a prática docente crítica, mas também que sem ele não se funda aquela. A prática docente crítica, implicante do pensar certo, envolve o movimento dinâmico, dialético, entre o fazer e o pensar sobre o fazer. O saber que a prática docente espontânea ou quase espontânea, "desarmada", indiscutivelmente produz é um saber ingênuo, um saber de experiência feito, a que falta a rigorosidade metódica que caracteriza a curiosidade epistemológica do sujeito. Este não é o saber que a rigorosidade do pensar certo procura. Por isso, é fundamental que, na prática da formação docente, o aprendiz de educador assuma que o indispensável pensar certo não é presente dos deuses nem se acha nos guias de professores que iluminados intelectuais escrevem desde o centro do poder, mas, pelo contrário, o pensar certo que supera o ingênuo tem que ser produzido pelo próprio aprendiz em comunhão com o professor formador. [...] (FREIRE, 1996, p. 22)

Deixo para reflexão essas palavras acima do mestre e sempre que possível retorna a esse pequeno livro que li pela primeira vez quando fiz o magistério, claro eu totalmente leiga no assunto, quase nem entendi o que ele diz nesse livro. Mas sempre que preciso volto e releio e cada vez que o faço, percebo nuances que antes não havia percebido. Principalmente nesse capitulo no subitem 1.8, que fala muito da criticidade diante da nossa prática, e sempre é bom para mudar para melhor, isso todos os dias.

Fonte:
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia, Saberes Necessários à Prática Educativa. Editora Paz e Terra, 1996

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