Tenho ainda muita
dificuldade para escrever, e percebo que meu vocabulário ainda é tosco,
escrevendo com uma linguagem coloquial, mas estou aprendendo, e apesar dessa
minha autoavaliação, hoje consigo escrever com mais facilidade, pois logo que
iniciei o curso não conseguia postar no Blog, acreditava que meus pensamentos e
escrita eram muito ruins e todos iriam se questionar como uma professora pode
escrever tão feio assim, mas aos poucos esse pensamento foi passando tudo pelo incentivo
do nossos tutores e dos professores do PEAD. Meu sonho é escrever melhor, com objetividade,
com um vocabulário mais acadêmico, usando teóricos para conseguir fundamentar o
que penso. Sendo assim, acredito que ao longo do curso os nossos mestres pensaram
em atividades meio maçantes, mas com certeza com um propósito pontual, pois ao
terminar de realizá-las consegui compreender o seu objetivo.
Realizando as atividades
podemos refletir como esta sendo nosso processo de leitura, compreensão do
texto e escrita referente a tudo que estamos estudando juntando com as práticas
no nosso cotidiano. Verificando se os teóricos na época que defenderam suas
ideias e hoje junto aos nossos alunos realizando muitas observações podem
verificar se o que defenderam e descobriram esta coerente ou não, pois sabemos
que muitas descobertas faz muito tempo que aconteceu, mas muito faz sentido.
Pensando dessa maneira
tenho aprendido muito fazendo as atividades de análise e verificação sobre os
textos das colegas, o difícil é retomar o texto base para ter certeza se
fizeram corretamente, pois como estou sempre atrasada vou colocar a culpa dessa
minha falha na falta de tempo para fazer a atividade como deveria ter sido
realizada. Ao mesmo tempo fazer a leitura dos textos das colegas foi muito
prazeroso, pois consegui perceber o quanto eu tinha aprendido sobre os autores
dos textos base, e percebi o quanto falhei ao redigir o meu texto. Naquele dia dessa
atividade cheguei atrasada, estava muito nervosa, e não havia feito o resumo
como deveria ter feito, ou seja, reler os textos, pois todos eles foram
estudados em algum momento em alguma interdisciplina, se fizesse o tema de casa
como deveria, conseguiria realizar a atividade sem muitos problemas.
Quanto a analise
solicitada para verificação dos textos das colegas, senti muita dificuldade,
pois ainda tenho alguma complicação quanto a avaliação, e não consegui achar
palavras para defender a minha resposta. E coloco essa minha dificuldade, pois
ao mesmo tempo estava fazendo a analise e pensando que em muitas respostas quem
iria analisar o meu texto ia marcar a opção “Não”, pois deixei muitas falhas
nessa atividade, a tarefa não estava difícil, eu que estava num dia ruim.
Fazer atividade essas
atividades vejo como é importante saber o conteúdo, interpretar os textos
lidos, fazer os resumos pontuais em um caderno organizado para quando precisar
ter em mãos para referenciar nossos textos, entender os conceitos sabendo colocá-los
em prática no nosso cotidiano principalmente em sala de aula. Para ser um bom professor,
educador devo me preocupar a forma que estou lecionanda, como meus alunos estão
construindo seu conhecimento a partir dos novos conceitos. Saber que a
avaliação é precisa, mas não necessariamente deva ser uma prova com dia
marcado, e sim avaliar no cotidiano. Claro que o currículo muitas vezes
dependendo da escola pede avaliações mensais, e uma entrega trimestral, mas nós
podemos avaliar nossos alunos todos os dias em tudo que ele produza, e no caso
ter uma avaliação oficial para entregar se caso a coordenação e a política da
escola exija. Vejo hoje a avaliação muito mais para eu me avaliar, do que
avaliar o meu aluno, pois com ela poderei verificar se consegui explicar
direito os conteúdos e conceitos, e se meus alunos conseguiram compreender. E
ainda tenho que aprender e estudar muito sobre avaliação, pois muitas coisas
ainda me perturbam bastante.
Para finalizar meus
pensamentos trago algo que o mestre nos deixou escrito sobre o ensinar exige crítica
sobre a prática, segundo FREIRE:
O pensar certo
sabe, por exemplo, que não é partir dele como um dado dado, que se conforma a prática
docente crítica, mas também que sem ele não se funda aquela. A prática docente
crítica, implicante do pensar certo, envolve o movimento dinâmico, dialético,
entre o fazer e o pensar sobre o fazer. O saber que a prática docente
espontânea ou quase espontânea, "desarmada", indiscutivelmente produz
é um saber ingênuo, um saber de experiência feito, a que falta a rigorosidade
metódica que caracteriza a curiosidade epistemológica do sujeito. Este não é o
saber que a rigorosidade do pensar certo procura. Por isso, é fundamental que,
na prática da formação docente, o aprendiz de educador assuma que o
indispensável pensar certo não é presente dos deuses nem se acha nos guias de
professores que iluminados intelectuais escrevem desde o centro do poder, mas,
pelo contrário, o pensar certo que supera o ingênuo tem que ser produzido pelo
próprio aprendiz em comunhão com o professor formador. [...] (FREIRE, 1996, p. 22)
Deixo para reflexão
essas palavras acima do mestre e sempre que possível retorna a esse pequeno
livro que li pela primeira vez quando fiz o magistério, claro eu totalmente
leiga no assunto, quase nem entendi o que ele diz nesse livro. Mas sempre que
preciso volto e releio e cada vez que o faço, percebo nuances que antes não
havia percebido. Principalmente nesse capitulo no subitem 1.8, que fala muito
da criticidade diante da nossa prática, e sempre é bom para mudar para melhor,
isso todos os dias.
Fonte:
FREIRE, Paulo. Pedagogia
da Autonomia, Saberes Necessários à Prática Educativa. Editora Paz e
Terra, 1996
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