quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Inventários de perguntas de crianças


  Todos nós sabemos o quanto as crianças são curiosas. Essa curiosidade faz parte do crescimento delas, do seu aprendizado. E quando temos criança por perto sabemos que quando menos esperar pode vir uma pergunta, que sem dúvida elas querem uma resposta imediata.
O importante é tentar responder a elas fazendo outro questionamento sobre o mesmo assunto perguntado, assim fazendo com que elas pensem a respeito do que buscam saber. O mais engraçado é quando elas escutam a resposta e logo vem o danado do por quê?  
Por vezes, nós adultos ficamos sem paciência e nem damos a atenção merecida, e a criança acaba ficando frustrada com a nossa reação e aos poucos começa a perder a vontade de questionar sobre as suas dúvidas. Ou começam a buscar as respostas com outras pessoas que no seu intuito podem saber as respostas, e muitas vezes acaba chegando esses questionamentos a os nossos ouvidos. E assim somos nós até hoje, seres perguntantes. 
A o respondermos seu questionamento, se elas não gostarem da resposta, ou a resposta não é convincente, ela vai em busca de outras respostas para o mesmo assunto. Chega ser engraçado na maioria das vezes.
Então na semana três, nos trouxe essa atividade que deveríamos prestar atenção nos questionamentos dos nossos alunos, onde faríamos um "inventário de perguntas de crianças". Teríamos que escutar os questionamentos anotar, e responder com outra pergunta pertinente a questão. 
Então foi que surgiu uma pergunta um tanto engraçadinha, pois estava eu explicado sobre como as pessoas se comunicavam que era através de cartas, e sobre a primeira carta escrita aqui no Brasil por Pero Vaz de Caminha, e que  naquela época não existiam e-mails, nem telefones, nem telegramas, e que  para poder se comunicar com o resto do mundo somente através de cartas que então Portugual iria conhecer o que tinham encontrado no novo mundo. 
Então foi ai que surgiu a pergunta: Prof. Andreia, sabia que minha bizavó vai ficar lá em casa hoje? Eu lá queria saber da biza da minha aluna. Mas ela levantou a mão de novo e disse; Prof. será que minha bizavó estava aqui no dia em que esse Pero escreveu a carta? Deu uma vontade enorme de rir,  mas me contive, e logo toda turma começou a discutir uns achavam que ela sim estava por aqui, porque as bizavós são muito velhas. Uns ficaram em dúvida, outros disseram que não. E o assunto foi bem discutido. Então lhes perguntei já qual era a idade de seus bizavós? Eles não souberam responder. Pedi de tema de casa, onde teriam que trazer no outro dia a resposta. No outro dia continuou a discussão, mas a aluna não trouxe a idade de sua bizavó, foi então que tomei a idade da bizavó dos meus filhos, ou seja minha avó, que se fosse viva teria 92 em 2016. 
Coloquei a data da "A célebre "Carta do Achamento do Brasil""foi escrita por Pero Vaz de Caminha em Porto Seguro, entre 26 de abril e 2 de maio de 1500. E começamos a fazer o cálculo. Foi muito engraçado quando perceberam que os números passavam de 1000. Eles também achavam que os números somente iam até 1000. 
Então ao fazer 2016-1500= 516 anos aproximadamente a carta foi escrita. E se a bizavó dos meus filhos viveu ate 85 anos. Daí coloquei de novo os cálculos no quadro 516-85= 431 anos. Perguntei se um ser humano poderia viver tanto tempo, ou se eles achavam que alguém pode viver 516 anos. Eles ficaram um pouco perdidos e logo começou vir a resposta. Prof. é muito tempo, ninguém consegue viver tanto assim, outro disse que o corpo não resistiria.
E assim todos concordaram que a biza da minha aluna não poderia estar presente naquele evento. 
E se a gente escutar eles vão surgir muitas outras perguntas como esta e outras mais provocantes. E quando o aluno faz perguntas em algum lugar ele quer chegar, por isso sempre que não sabemos responder, temos que ser verdadeiros para nossos alunos e filhos, simplesmente diga que no momento não sabe, ms que vai procurar para poder responder coerentemente para esse aluno.



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