Atividade Realizada em outubro, postando hoje...
Participantes do grupo:
Ana Paula Brasil GimenezAndreia Antonia Manoel Godinho
Gimena Barbosa Gimenez
Géssica Daiana Sielichow de Oliveira
Vanessa da Silva Rocha de Quadros
Como você avalia
a institucionalização propriamente dita da escola: “a imposição da
obrigatoriedade escolar decretada pelos poderes públicos e sancionada pelas
leis”?
Acreditamos que foi positiva, pois antes não
existia a distinção entre criança e adultos, com o passar do tempo às pessoas
foram se preocupando com isso. A falta de um lugar para deixar essas “crianças”
até ter a idade que pudessem frequentar a sociedade, fez com que procurassem
lugar para deixar elas onde pudessem ser educadas, ensinadas e preparadas para
vida adulta. As igrejas, os mosteiros e os conventos foram às primeiras
instituições para dar essa educação, claro que era uma educação bem rígida onde
eles usavam vários castigos para quem era desobediente. E com isso os filhos da
rua, de mães solteiras, dos pobres essa igreja também resolveu fazer uma “boa”
ação dando um pouco de ensinamento em troca de trabalho.
Com a imposição e obrigatoriedade, aos poucos foram
formando as escolas, claro que aqui no Brasil as coisas foram mudando muito
lentamente, mas acreditamos que foi para melhor, mas ainda tem que melhorar
muito
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Síntese do texto Maquinaria Escolar
Conforme a leitura realizada do texto “A maquinaria
escolar”, pudemos fazer alguns apontamentos acerca da institucionalização da
escola obrigatória e o controle social, propriamente dito. A escola primária,
enquanto forma de socialização privilegiada e lugar de passagem obrigatório
para as crianças das classes populares. Sendo uma instituição recente cujas
bases administrativas e legislativas contam com pouco mais do que um século de
existência.
Uma série de medidas destinadas ao controle das
classes populares, assim especialmente a partir da restauração, como completo à
ação da escola como tais: sociedade mútua, cooperativas, fundação de berçários,
asilos, consultórios e nascimentos de assistência social, dentre outras formas
tomadas.
Que a escola emerge como um espaço novo de
tratamento moral no interior dos antagonismos de classe. Onde a imagem da
infância que os reformadores sociais do século XIX tentaram impor a tais
classes apresentará traços específicos e será, pois diferente da cunhada e
assimilada antes pelas classes altas. Não se produz uma relação de igualdade
entre todos, de entendimento e reforço entre famílias e escola, mas, ao invés
disso, a escola põe-se em ação para suplantar essas ações socializadoras destas
necessidades classes consideradas de um ponto de vista negativo.
Com isso a educação passa a ocupar um papel
primordial na sociedade. Os programas políticos, com uma falsa preocupação com
o proletariado, vêm munidos de ideologias a resolver a questão social, a luta
de classes. Com o surgimento da Escola Nacional destinada a classe operária,
visando teoricamente integrá-las, na verdade foi apenas uma forma de manter a
ordem social.
Esboça as condições sociais de aparecimento de uma
série de instâncias no nosso entender fundamentais que, ao se amalgamar em
princípios deste século, permitiram o aparecimento da chamada escola nacional:
1) A definição de um estatuto da infância
2) A emergência de um espaço específico destinado à
educação das crianças.
3) O aparecimento de um corpo de especialistas da
infância dotados de tecnologias específicas e de “elaborados” códigos teóricos.
4) A destruição de outros modos de educação.
5) A institucionalização propriamente dita da
escola; a imposição da obrigatoriedade escolar decretada pelos poderes públicos
e sancionada pelas leis.
A definição de um estatuto da infância
Assim como a
escola, a criança tal como a percebemos atualmente, não é eterna nem natural; é
uma instituição social de aparição recente ligada a práticas familiares, modos
de educação, consequentemente, a classes sociais.
A emergência de um espaço específico destinado à
educação das crianças
A criança
foi separada dos adultos e mantida à distância numa espécie de quarentena,
antes de ser solta no mundo. Essa quarentena foi à escola, ou seja, o colégio.
Começou então um longo processo de enclausuramento, de isolamento das crianças
que se estenderia até nossos dias, e ao qual se dá o nome de escolarização.
Formação de um corpo de especialistas.
O
aparecimento de um corpo de especialistas da infância dotados de tecnologias
específicas e de “elaborados” códigos teórico
Será nos colégios que se ensaiarão formas concretas
de transmissão de conhecimentos e de modelação de comportamentos que, mediante
ajustes, transformações e modificações ao longo de pelo menos dois séculos,
suporão a aquisição de todo um acúmulo de saberes codificado acerca de como
pode resultar mais eficaz a ação educativa. Somente assim poderá fazer seu
aparecimento a pedagogia e seus especialistas.
A destruição de outros modos de educação.
A escola,
além de ser um local de isolamento, é também uma instituição social que emerge
enfrentando outras formas de socialização e de transmissão de saberes, as quais
se verão relegadas e desqualificadas por sua instauração.
A
institucionalização propriamente dita da escola; a imposição da obrigatoriedade
escolar decretada pelos poderes públicos e sancionada pelas leis.
Uma série multiforme de medidas destinadas ao
controle das classes populares começa a se aplicar, especialmente a partir da
Restauração, como complemento à ação da escola:
- Regulamentação do trabalho de mulheres e
crianças.
- Criação de caixas econômicas, sociedades mútuas,
cooperativas.
- Fundação de berçários, asilos, lactários e
consultórios.
- Inauguração de dispensários contra a tuberculose,
antialcoólicos.
- Remodelação de bairros e ampliação da vigilância
e da política
- Construção de cárceres e manicômios.
- Nascimento da assistência social.
- Criação de escolas dominicais e para adultos.
Todos estes
dispositivos têm por finalidade tutelar ao operário, moralizá-lo, convertê-lo
em “honrado produtor”, procuram igualmente neutralizar e impedir que a luta
social transborde, pondo em perigo a estabilidade política.
A escola
emerge como um espaço novo de tratamento moral no interior dos antagonismos de
classe. Nessa perspectiva, a criança era vista como um capital em potencial,
devendo ser protegido, educado e cuidado para que no futuro trouxesse
benefícios econômicos e sociais. Essa escola institucionalizada e obrigatória,
pouco levava em consideração as culturas e saberes do proletariado, trabalhando
de maneira desconectada com a realidade daqueles que a frequentavam.
Reproduziam relações capitalistas de produção, hierarquização e divisão das
classes populares. Ofereciam uma amostra de saber e poder, de modo que classe
trabalhadora dificilmente chegaria aos postos de decisão política. Atualmente,
muitas escolas ainda trabalham nessa lógica de domesticação de corpos e mentes,
perpetuando uma lógica reprodutora de saberes da cultura dominante. Poucos
dizem ou falam sobre seus alunos e suas vivências, criando um distanciamento do
saber. O resultado disso é uma geração de sujeitos estagnados, desinteressados
pelo saber, pouco participativos e autores de seu próprio
pensamento.
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