A postagem
realizada fala sobre as memórias, minha
história de ontem, e a de hoje muitas acontecimentos mudaram meu modo de ver
quase tudo, a chegada da Anna Luíza, minha neta fez eu querer mais que nunca
estudar para ter um bom emprego para dar algumas coisas boas para ela, como uma
boa educação, matricular ela numa escola onde valorize o conhecimento prévio do
aluno e faça ele construir o seu aprendizado, esse é o melhor presente que os
pais devem dar aos filhos, e isso vou ficar devendo para meus filhos. Do relato
das minhas memórias fica evidente que hoje estou com mais idade, uns cabelos
brancos, estou mais cansada, mais peso, e muitas vezes pega o desânimo.
E falando de PPP a
escola onde atuei em 2014 esse documento não foi elaborado por todos os
seguimentos, pelo que observei a comunidade escolar tinha seu representante,
mas esse era pouco chamado, pois ouvindo uma pessoa do corpo docente dizer que
esse participante não entendia de nada e chamavam somente para assinar os
documentos, atas etc.
Sei que a verba é
pouca para o tamanho da escola, mas valeria a pena se a gestão pudesse angariar
algum projeto para conseguir ir arrumando a escola aos poucos. A merenda também
era sempre as mesmas coisas, as vezes era so lanche direto, e outras vezes
somente comida, sendo que a comunidade era umbandista e muitos não comiam arroz
com galinha, e ficavam com fome.
E muito importante
a instituição de ensino conhecer a comunidade onde esta inserida, e fazer com
que essa participe de tudo dentro da escola. Essas pessoas são importantes e
tem força de conseguir buscar junto com a gestão alguns meios de melhorar esse
espaço onde as crianças ficam quatro horas diárias durante 200 dias letivos.
Havia na escola uma
sala com muitos materiais que poderia fazer um mini museu dentro da escola,
junto da biblioteca, onde os alunos pudessem ver como era antes, e os
professores mostrar como eram as aulas, tem até arquivos com fotografias. Daria
um bom fim para todo o material que esta se deteriorando com o tempo.
Em 2016 tive a oportunidade de ir lecionar em
Novo Hamburgo no bairro Canudos numa escola que tinha somente até o quinto ano.
Uma escola onde a pedagogia era tradicional, mas a gestão era perfeitamente
boa, com integrantes participativos de todos os seguimentos, com reuniões
mensais onde a direção dava satisfação de tudo que gastava as verbas dessa
escola. O espaço físico era amplo, higienizado, pintado, com salas de aula com
ar condicionado e todo material que a gente precisasse para fazer as atividades
com os alunos. A merenda escolar era maravilhosa e variada, a cozinha limpa
como nunca vi em outras escolas estaduais que passei.
Logo que cheguei na
escola a supervisora pedagógica me mostrou o PPP, onde li por cima, mas percebi
que foi elaborado pela escola como dever ser feito, pensando em sua comunidade
escolar. E no fim do ano voltaram a mexer no PPP, para mudar o modo de
avaliação que era bimestre e passou para trimestre. Daí nesse momento eu
participei, e expliquei como faziam nas escolas que já havia esse tipo de
avaliação. Complicado foi ver a dificuldade que as colegas sentiram em somar
até chegar a 100, e verificar qual era a média por cada trimestre, mas
conseguiram.
Nessa escola
aprendi que temos que ter um posicionamento e uma boa fundamentação teórica
para apoiar o modo que estamos ensinando. A única coisa que não gostei que lá
os alunos não decidiam nada, muito menos refletir, fui muito criticada quanto a
isso, mas sempre que dava fazia eles pensar sobre o assunto e falar sobre suas
concepções prévias sobre os conceitos estudados. E isso me doía muito mesmo, mas sempre que podia fazia eles
pensar, principalmente na área das ciências e matemática. para cada aula que
formos dar, pois ali muitos pais participam direto da educação dos alunos,
diferente da outra escola onde trabalhei. Os pais nessa escola tinham que
agendar horário para falar com os professores, e no interior, muitos pais
queriam saber quem eu era de onde vim etc. Por um momento quase mudei de vez
para a cidade que me acolheu tão bem, somente para continuar trabalhando por
lá.
A educação dos
alunos era muito boa, onde a gente podia deixar a bolsa em cima da cadeira sem
se preocupar que alguém pudesse mexer ou subtrair algo nosso. Atuei lá somente
por quatro meses, quando chegou o fim de ano a despedida foi muito triste.
Muitos pais na festa de Natal quiseram saber por qual motivo seus filhos foram
chorando para casa.
Foi nessa escola
que obtive a certeza que uma gestão democrática com todos os seguimentos sendo
respeitados e participantes, tudo funciona muito bem, o único problema é que
isso dá muito trabalho, mas quando a comunidade se sente parte integrante da
instituição fazendo de tudo para ajudar a escola melhorar para ver seus filhos
bem atendidos e com uma escola equipada com tudo funcionando. Percebi o
respeito e o prestígio que a comunidade escolar tem pela equipe diretiva,
principalmente pela diretora.
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