Como
eu já havia percebido há anos atrás LIBRAS é uma linguagem importante para
podermos ter uma comunicação direta e entender a pessoa surda. E para o surdo
ser alfabetizado em LIBRAS, sendo sua língua materna é essencial para o seu
desenvolvimento.
Estudando os artigos “2. Surdos Movimento
e Cultura” de “Bianca Ribeiro Pontin e Emiliana Faria Rosa”, disponível no
link a seguir: Surdos_movimento_cultura.pdf, com a leitura percebi que o
“surdo” faz parte de uma comunidade e que eles desde pequenos aprendem mais
entre seus pares, por isso, a importância de se ter escolas bilíngues, onde
serão recebidos por pessoas que entendem o que estão sentindo, aprendem com a
linguagem dos sinais e visualmente. Já nas escolas regulares junto de alunos
ouvintes podem se sentir inferiores, pois a comunicação é mínima ou nenhum uma,
pois poucos ouvintes sabem a linguagem dos sinais, e outros por ignorância debocham
e fazem chacota deles. Todo ser humano precisa construir seu espaço, uma
identidade, e a pessoa só consegue isso quando esta junto dos seus pares,
surdo-surdo. E nas escolas bilíngues eles vão ver que existe muitas pessoas
surdas iguais a eles, e professores, isso quando o surdo nasce em família de
ouvintes e que são leigos no assunto e quando descobre a falta de audição nos
filhos eles basicamente ficam sem saber o que fazer.
A história do movimento dos surdos vem sendo
abordada desde o Séc. XVI com pequenos avanços de algumas pessoas preocupadas
em ensinar aos surdos com gestos ‘sinais’. Em 1880 no Congresso Internacional de
Milão, Jacob Valade Gabel, professor do Instituto de Paris, apresenta um método
de educação visando a eliminar os gestos e as Línguas de Sinais. Com isso houve
um verdadeiro retardo no aprendizado das crianças. Encontrado na página 7 do
artigo citado acima.
Com isso, usaram vários métodos para
alfabetizar as crianças e adultos, um deles era a oralidade e a repetição, onde
esses não faziam sentido nenhum para as crianças. Eles não entendiam o que saia
da sua boca, mas ficavam repetindo. Muitas pessoas pensavam, ou ainda pensam
que ter nascido surdo vai ter alguma solução e acabam sacrificando seus filhos,
sendo a o mais simples é buscar por uma educação para a criança e também para
os pais ou responsáveis por ela.
A comunidade surda lutou e continua lutando
para terem uma escola bilíngue onde todos os surdos poderão aprender a sua língua
materna, hoje encontramos poucas, mas se o ministério da educação entender o
diferencial existente vai abrir mais escola bilíngue e também vai incluir
LIBRAS para os ouvintes. Com isso todos nós poderemos nos comunicar, sem ter
distinção, sem preconceito. Hoje entendo a dificuldade que essa comunidade
passou e muitas vezes ainda passa, por isso, temos que nos conscientizar de que
somos iguais com nossas especificidades, e temos que sim dar as mãos pelos
direitos de todos de ter uma educação pública e de qualidade. Com educadores
qualificados e que tenham sempre cursos de aperfeiçoamento, que tenham suporte
para poderem atuar em todas as áreas que forem buscar um emprego. Valorizando a
educação, os educadores e os alunos teriam uma gama menor de indivíduos marginalizados
no submundo das drogas e outras vias.
Concordo contigo Andreia, acredito que nós, enquanto educadoras devemos sempre acreditar que as coisas vão melhorar.
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